domingo, 19 de junho de 2016

De saída do STJD, Schmitt pode ganhar abrigo no Governo Temer, fiscalizando clubes

O cargo mais importante da estrutura da Autoridade Pública do Futebol (APFut), do Ministério do Esporte, pode cair nas mãos do procurador do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt. A notícia circulou nos bastidores da justiça desportiva nesta sexta-feira e já provocou reação entre os principais clubes do país, que se mobilizam para enviar um ofício ao Ministério, repudiando a ideia.
A APFut é o órgão que vai fiscalizar os clubes quanto ao cumprimento das determinações do Profut, lei que refinanciou as dívidas dos clubes em troca de medidas de gestão responsável nas finanças. O descumprimento pode levar ao rebaixamento das agremiações. Schmitt é visto pelos clubes como pessoa de confiança da CBF e não teria a isenção necessária para denunciar e julgar os clubes, analisam. Ele seria conduzido ao cargo após o fim do seu mandato no STJD, em julho.
O cargo na APFut, no entanto, não está vago. O atual presidente é César Carrijo, advogado da União, nomeado dias antes do início do Governo Temer. Considerado de perfil mais técnico, Carrijo vem tendo o posto ameaçado desde o início da gestão. Em março, o blog publicou que o deputado Jovair Arantes (PTB /GO), integrante da bancada da bola, era um dos que estava atuando para encontrar um indicado para a vaga. O ministro negou.
No início da semana, o blog "De Prima", do Lancenet, publicou que o Ministério convidou Wladimyr de Moraes Camargos, relator da Comissão especial criada no Senado para discutir mudanças nas leis esportivas. Mas ele teria recusado. A função é remunerada (R$ 11,2 mil) e o ocupante deve evitar conflitos de interesse com os casos julgados.
Fonte/ESPN 

Nenhum comentário:

Postar um comentário