quinta-feira, 16 de junho de 2016

Pelé recebe do presidente do COI homenagem por serviços prestados


Maior jogador de futebol jamais participou de uma Olimpíada, mas foi reverenciado com comenda da Ordem Olímpica. Camisa 10 é cotado para acender pira na abertura

Pelé homenagem olímpica (Foto: João Paulo de Castro/G1)Pelé discursa após receber comenda da Ordem Olímpica (Foto: João Paulo de Castro/G1)
Considerado por muitos o melhor atleta do século passado, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, recebeu, nesta quinta-feira, em Santos, a comenda da Ordem Olímpica do Comitê Olímpico Internacional (COI). A iniciativa partiu do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Essa é a maior honraria que a entidade entrega aos desportistas. Entre os brasileiros, apenas a ex-nadadora Maria Lenk e o ex-atleta Adhemar Ferreira da Silva foram condecorados.
- Tudo que o Pelé fez dentro e fora do esporte foi para reforçar os valores do esporte. No caso do Pelé, a discussão sobre se ele merecia ou não a honraria durou alguns segundos - declarou Thomas Bach, em seu discurso.
Mesmo sem nunca ter participado do evento multiesportivo, o ex-jogador foi homenageado em cerimônia realizada no Museu Pelé, com as presenças do alemão Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional, e Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB e do Comitê Organizador do Rio 2016.
Pelé homenagem olímpica (Foto: João Paulo de Castro)Pelé posa ao lado de Nuzman e Bach (Foto: João Paulo de Castro)
- Foi de Santos que eu saí para o mundo, falei para o Nuzman que gostaria de receber a homenagem em Santos. Queria lembrar duas coisas. Por coincidência, em 58, quando tinha 17 anos, ninguém sabia quem era o Brasil, e eu tenho certeza que, com o futebol, nos tornamos conhecidos. A outra coincidência é que, por eu ter começado, não podia jogar profissional. O futebol nunca levou um título olímpico, pois nunca joguei. Vamos torcer para que o Brasil ganhe - brincou o Rei.
O alemão Thomaz Bach também demonstrou espírito esportivo e não poupou o tricampeão mundial, ao relembrar a vexatória derrota da seleção brasileira para a "sua" Alemanha, na Copa do Mundo do Brasil, em 2014, por 7 a 1.
- No tempo em que o Pelé estava no auge, o Brasil vencia a Alemanha sem nenhuma dificuldade (risos). Ninguém podia reclamar do Pelé, era um prazer vê-lo jogando. Mesmo para uma pessoa que foi campeã olímpica de esgrima (Bach é), o amor ao esporte veio do futebol. Entrego a honraria para um dos meus ídolos.
Pelé homenagem olímpica (Foto: João Paulo de Castro/G1)Bach entrega comenda a Pelé (Foto: João Paulo de Castro/G1)
O ex-jogador é um dos cotados para acender a pira olímpica no dia 5 de agosto, no Maracanã. Este é um dos maiores segredos da cerimônia de abertura, já que é um dos atos mais simbólicos do evento. Nos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio, quem acendeu foi o campeão olímpico de atletismo Joaquim Cruz. O Comitê Organizador dos Jogos do Rio, como acontece em todas as edições, manterá o sigilo até o dia da abertura.
Pelé jamais participou de uma edição dos Jogos Olímpicos. No ápice de sua carreira, entre o fim dos anos 1950 e início da década de 1970, somente jogadores amadores podiam atuar na Olimpíada, o que impediu que ele entrasse em campo pela seleção. No período, o time ficou em quinto lugar nos Jogos de 1960 (Roma, Itália), nono em 1964 (Tóquio, Japão) e 13º em 1968 (Cidade do México).
O Museu Pelé, em Santos, foi inaugurado durante a Copa do Mundo de 2014. O local foi construído nos antigos Casarões do Valongo, erguidos no século XIX e restaurados para receber o material de Pelé. Nos dois prédios, com 4.134 m² de área total, são distribuídas mais de 2,5 mil peças do acervo do Rei - dentre elas a Bola de Ouro especial recebida na festa de gala da Fifa, em janeiro.
Fonte/GloboEsporte

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