Conquistar o título do Superclássico das Américas no confronto de hoje, contra a Argentina, às 21h50, em Belém, não vai acrescentar muita coisa à história do futebol brasileiro. Há pelo menos um aspecto mais importante do que uma eventual volta olímpica da equipe no estádio Mangueirão: que a seleção enfim consiga uma vitória contra um adversário tradicional, o que ainda não ocorreu com Mano Menezes no comando.
Até agora, houve cinco jogos com seleções rivais desde a saída de Dunga da equipe nacional, e o retrospecto é muito ruim - três derrotas (para Argentina, França e Alemanha) e dois empates (com Holanda e, de novo, com a Argentina, duas semanas atrás, em Córdoba, na primeira partida do Superclássico).
A utilização restrita de jogadores em atividade no país não diminui a pressão sobre Mano Menezes na noite de hoje, quando 42 mil pessoas devem lotar o Mangueirão. Embora a cúpula da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) reitere que ele vai ser o técnico da equipe no Mundial de 2014, a história do futebol prova que não existe remédio contra uma sequência de resultados ruins.
A vitória, portanto, valeria mais que o título. Mano Menezes sabe disso e seus jogadores também. Principalmente Neymar, o grande xodó do público paraense nos últimos dias.
Reverenciado por milhares de torcedores nos três dias de permanência em Belém, Neymar parece mais solto e dinâmico, em um indício de que pode ter hoje uma grande atuação.
O técnico Mano Menezes levou outro trunfo para Belém: Ronaldinho Gaúcho, convocado pela boa fase no Flamengo e para desviar o foco de jogadores mais jovens, como Lucas, Neymar e Oscar.
O torcedor brasileiro, no entanto, apostaria mais em Neymar. Foi o que se viu em Belém até ontem, com manifestações entusiasmadas de crianças e adolescentes a favor do santista.
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