quinta-feira, 29 de outubro de 2009

ANA PAULA PARTICIPA DE "A FAZENDA"


Ana Paula Oliveira.
A primeira árbitra brasileira a ter destaque.
Foi assistente Fifa.
A comissão de arbitragem da Federação Paulista de Futebol tinha o maior empenho para que ela se transformasse em árbitra central.
E apitasse jogos importantes como Campeonato Brasileiro, Libertadores, Mundiais.
Tinha.
Tudo mudou depois que ela posou nua na Playboy.
O machismo atrapalhou.
As portas se fecharam.
Ela percebeu, ficou deprimida.
Passou a não se preparar como deveria.
E foi reprovada várias vezes nos testes físicos.
Teve uma doença séria.
Se recuperou.
Mas não teve mais a gana de trabalhar como árbitra.
Fez os dois últimos testes físicos para os juízes de futebol no ano.
Foi reprovada nos dois.
“Ela veio na Federação Paulista de Futebol.
Conversou comigo e com o presidente Marco Polo del Nero.
Disse que perdeu o foco.
Não sabe se quer seguir a carreira.
Veio na Federação para dizer que vai participar do programa A Fazenda 2.
Ela precisa ter muita responsabilidade.
Mesmo que ela não queira, não estará representando só ela”, diz o presidente da comissão de arbitragem de São Paulo, tenente coronel Marcos Marinho.
Procurada pela reportagem, a Rede Record não confirmou a participação da Ana Paula no programa.
O que o senhor acha da participação da Ana Paula na Fazenda?
Sinceramente?
Mostra que ela está muito determinada a mudar os rumos da sua vida.
A Ana me parece querendo trabalhar como jornalista na televisão e não mais como árbitra.
Ela está no direito dela.
Faz o que quiser da vida.
Nós da Federação não temos o direito de nos interferir.
Até porque como ela não passou nos testes físicos, não pode trabalhar como assistente em 2009.
Ela não passou em dois testes seguidos.
Então, está liberada.
O senhor foi uma pessoa que sempre defendeu a Ana.
Está frustrado com o rumo que a carreira dela seguiu?
Não. Ela sempre foi e é uma grande assistente.
Mas eu entendo o que aconteceu.
A arbitragem é só um ‘mundinho’.
Há muitas outras coisas na vida que são atraentes.
A Ana é uma pessoa inteligente.
E quis seguir os seus caminhos.
Não tenho nada a falar.
As escolhas foram delas.
Foi sempre sincera.
Veio nos comunicar antes tudo o que ia fazer.
Desde as fotos na Playboy até agora a participação na Fazenda.
Ela seguiu o caminho que escolheu.
Torço para ser feliz.
O senhor acha que ela prejudicou a imagem da mulher na arbitragem?
Não.
Ela foi uma das primeiras bandeiras de elite no Brasil.
Isso traz uma carga de responsabilidades, de pressões.
Agora, quero que as pessoas entendam que quando ela optou por fazer as fotos para a Playboy, não foi a árbitra.
Foi a pessoa Ana Paula.
Sei que é difícil separar as coisas.
Mas eu separo.
Há caminho para a volta de Ana Paula aos gramados?
Não sei.
Não há problema para nós.
A Federação Paulista de Futebol sempre a apoiou.
Mas eu não senti grande motivação por parte dela para voltar a trabalhar como assistente.
Ela está querendo mudar o rumo da sua vida.
Eu sou amigo e sei a pessoa de caráter que ela é.
Ela tem todo o direito de voltar a fazer os testes físicos no ano que vem e seguir a vida.
Agora se ela não voltar, vou entender.
O que eu, presidente da Federação, e todos que a conhecemos bem queremos é uma coisa só: que ela seja muito feliz.

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