sexta-feira, 5 de março de 2010

Rose, a primeira treinadora de futebol


Depois de atuar 20 anos como jogadora (de 1970 à 1990), Rose do Rio foi a primeira mulher técnica de futebol, a primeira que se formou na Associação Brasileira de Treinadores de Futebol e Sindicato dos Treinadores de Futebol.Apesar de treinadora, não deixa também de jogar a sua “bolinha” quando tem oportunidade, principalmente na Praia de Copacabana. Se formou como treinadora de futebol na Universidade Do Rio de Janeiro.

Com Casagrande e Sócrates, dois ícones da Democracia Corinthiana
Rose bateu bola com Sócrates e Casagrande, e nos contou como foi essa experiência: “Quanto a bater uma bolinha com esses homens maravilhosos, foi gratificante, porque só mesmo os conhecendo de perto, como foi o meu caso, pra saber o quanto foram grandes craques dentro de campo e grandes homens fora de campo, com uma sensibilidade muito grande em relação à mulher jogar futebol.”
Rose do Rio é formada também em Direito, pela Universidade SUAM do Rio de Janeiro, Treinadora de futebol pela Universidade do Rio de Janeiro, técnica de futebol – FOOTECON, técnica esportiva, workshop de marketing esportivo e pertence ao Sindicato dos Treinadores.
“Ser a primeira mulher técnica de futebol nesse Brasil onde o futebol é masculino, imagine, eu no meio desse mundo de preconceito e discriminação, mesmo com algumas mudanças nas leis sobre discriminação, é só você ver as próprias seleções brasileiras de futebol feminino, veja as fotos e procure mulheres na comissão técnica.”
Presidente e Fundadora da Associação de Futebol Feminino do Rio de Janeiro – AFFERJ – desde 1987. A frente também da Liga Brasileira de Futebol Feminino. Em 1982, começou a sua liderança à frente do futebol feminino no Brasil para o reconhecimento da categoria. A luta de Rose do Rio não acabou, e ela continua liderando e organizando as meninas para reconhecimento da categoria, o que significa lutar pela profissionalização das jogadoras de futebol.
“Vou continuar lutando para que as futuras gerações do futebol feminino possam entrar em campo profissionais e respeitadas. Projetos sempre tenho, é só os senhores feudais deixarem de lado o machismo e a discriminação que chegaremos lá. A minha expectativa é de sempre acreditar nos meus sonhos de menina, adolescente, adulta, de que um dia nesse mundo, as mulheres vão mandar e o futebol feminino vai ultrapassar o masculino. O que poderia ser feito é simples, nos deixar trabalhar, fazer parcerias com as mulheres pra ver se a coisa acontece ou não.”

Com a capitã da seleção Aline Pelegrino no último encontro para o futebol feminino e na labuta, como sempre
Rose tornou possível ás mulheres da década de 80, bater sua bolinha e se organizar para disputar seus campeonatos. No próximo texto vamos saber como foram os anos 80 para o futebol feminino e conhecer outro ícone do futebol feminino daquele tempo. Até lá!

Fonte/Lancenet

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