É torcer para não acontecer algo de ruim. Em período de treinamentos intensivos no Ninho do Gavião, em Caruaru, o Santa Cruz viajou para a Capital do Agreste desfalcado. Se o torcedor tricolor está preocupado, desconfiado com a saída de alguns atletas do elenco coral, podem ficar tranquilo. Quem deve estar ressabiado são os jogadores. Enquanto eles realizam as atividades que o técnico Dado Cavalcanti programou, não existe um médico sequer na delegação. Quem sofreu na pele foi o meia Élvis. Por causa de uma virose, ele passou mal e não teve quem o atendesse, sendo obrigado a ser levado pelo supervisor de futebol do clube ao hospital.
O motivo alegado pela direção do clube para não haver um médico na delegação foi uma divergência entre os profissionais da área. Dois médicos deixaram o Santa Cruz. Usando como justificativa questões pessoais e também outros objetivos profissionais na carreira, Leonardo Gouveia preferiu sair. Wilton Bezerra colocou o cargo à disposição e desde então não apareceu mais no estádio José do Rego Maciel. “Houve divergência de opinião entre os membros lá dentro, e eu preferi me afastar”, afirmou. Quando questionado qual seria o assunto que causou polêmica entre os médicos, ele preferiu não comentar. “Fale com o doutor Ivo”, disse.
O Ivo em questão é Ivo Melo, diretor médico coral. A reportagem da Folha de Pernambuco tentou entrar em contato com o dirigente até o fechamento da edição, mas não obteve sucesso. Quem permanece ao lado dele trabalhando no Santa Cruz é Gilson Rezende. “Realmente aconteceu uma reunião entre os médicos do clube, onde tiveram algumas divergências, alguns problemas administrativos”, comentou.
Todos os médicos negaram que a divergência foi por causa da polêmica envolvendo o volante Léo. Lesionado, o atleta não participou das semifinais do Estadual. Durante a folga dada por Dado Cavalcanti, ele esteve no Rio do Janeiro e realizou exames com os médicos do Botafogo (clube que tem interesse em contratar o jogador). Os profissionais cariocas, na ocasião, declararam que Léo tinha uma lesão grave, o que deixou os médicos corais revoltados, voltando a dizer que o volante precisa é de repouso.
Responsável pelo Departamento de Futebol coral, Raimundo Queiroz disse que no mais tardar amanhã Gilson Rezende estará se juntando à delegação em Caruaru. Enquanto isso, o fisioterapeuta é quem cuidará dos atletas caso aconteça algo inesperado com eles. “Não tem um médico com a delegação porque tivemos algumas divergências, e dois deles deixaram o clube. Gilson Rezende deve estar chegando lá na quarta-feira (hoje) ou quinta-feira. Até lá, se acontecer algo, nós temos um fisioterapeuta e a comissão técnica, que podem procurar um médico na cidade”, disse Raimundo Queiroz.
Fonte: FolhaPe
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