terça-feira, 18 de maio de 2010

Scala, um dos maiores jogadores do Rio Grande do Norte


Luiz Carlos Scala é um dos maiores jogadores da história do Rio Grande do Norte, onde fez história defendendo a camisa do América. Mas ele é gaúcho e também teve uma passagem marcante pelo Internacional. O zagueiro começou a carreira no Riograndense, da sua cidade natal, Rio Grande.

Depois disso, o jogador começou a atuar pelo Internacional em 1966, quando tinha 25 anos, e chegou ao Colorado para se tornar um dos maiores zagueiros da história colorada. A trajetória vitoriosa de Scala, com a camisa vermelha começou ainda no velho Estádio dos Eucaliptos, onde o jogador participou das campanhas que levaram o Inter ao vice-campeonato do Torneio Roberto o Gomes Pedrosa, o Robertão, competição nacional que antecedeu o Campeonato Brasileiro, em 1967 e 1968.

As atuações destacadas do defensor o levaram à seleção Brasileira. Scala chegou a ser pré-convocado para a copa do Mundo de 1970, mas seu sonho de disputar a maior competição do futebol mundial foi interrompido devido uma lesão no tornozelo. No total, o jogador disputou dois amistosos com a camiseta amarela, em 1968 e 1969.

A melhor fase da carreira do jogador veio com a inauguração da nova casa colorada. A partir da abertura do Beira-Rio, o Inter passou a colecionar títulos regionais. Scala foi campeão gaúcho em 1969, 1970, 1971 e 1972. Seu estilo aguerrido e a eficiência na bola aérea garantiram segurança à defesa colorada. A dupla que formava ao lado de Pontes é até hoje considerada uma das melhores da história do clube. Em 1972, Scala se transferiu para o Botafogo, onde disputou a Copa Libertadores da América. No Fogão, jogou em 72/73, sendo vice-campeão brasileiro neste último ano pelo "Glorioso".

Em 1974, o zagueiro foi trazido ao América de Natal pelo ex-presidente rubro(também falecido) Dilermando Machado, atuando ainda na administração seguinte, entregue a José de Vasconcelos Rocha. Formou nos anos 74/75 uma das maiores equipes que o América conseguiu armar nos últimos 50 anos, sendo esta a formação base: Ubirajara (Otávio), Ivan Silva, Scala, Djalma e Cosme, Edinho, Garcia e Hélcio, Jangada, Santa Cruz (Pedrada ou João Daniel) e Reinaldo.

Quando chegou para o América, foi recebido com enorme carinho pela inflamada torcida americana, já que o clube estava na Série "A" com a punição imposta ao ABC pela CBF, em 72. Apesar de estar na época com 33 anos, ele sabia se cuidar, era um zagueiro clássico, jogava com incrível elegância. Para muitos, parou cedo. O que abreviou sua carreira foi uma antiga contusão no joelho.

Treinador

Ligado ao futebol desde garoto no Rio Grande, Scala tentou enveredar na difícil profissão de treinador, tendo como maior obstáculo sua personalidade forte, jamais admitindo a interferência de cartolas no seu trabalho. Passou por América, ABC e Alecrim, mas sem ganhar qualquer título estadual, embora tivesse o bom trabalho sempre reconhecido. Reconhecia que em alguns clubes faltavam craques. Tentou o rádio esportivo na antiga Rádio Cabugi, e depois Poti e Tropical, como analista sóbrio e de poucas palavras.



Imobiliária

Já fora do futebol, tentou um ramo de atividade totalmente distante da bola. Foi quando criou a Imobiliária "Costa Azul", funcionando muito tempo na rua Mossoró. Sem poder enfrentar concorrentes mais fortes e com a vantagem de serem da terra, Scala fechoiu sua firma.

Embora não fosse de muita conversa, aos amigos gostava de falar sobre sua rápida passagem pela Seleção Brasileira, inicialmente em 68 e 69 para dois jogos amistosos contra iugoslavos e os colombianos dos Milionários.

Chegou a ser lembrado por João Saldanha para as eliminatórias do Mundial de 70, porém a velha contusão do joelho atrapalhou seus planos. Se não, teria sido tricampeão Mundial no México.

Morte

Luiz Carlos Scala faleceu no dia 10 de outubro de 2007, vítima de complicações pulmonares, oriundos do Mal de Alzheimer. O ex-jogador tinha 66 anos e recebeu merecida homenagem em vida por parte do Inter, quando a equipe colorada estava em Natal para enfrentar o América, pelo Campeonato Brasileiro.

O ex-presidente Arthur Dallegrave e o cônsul do Inter em Natal, Celso Gollo, o visitaram e presentearam Scala com uma camisa autografada do clube. Além disso, a diretoria americana presta eterna homenagem ao jogador, tendo-o como um dos seus ídolos na galeria do seu site oficial.

Fonte/Metropolitano

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