Autoridades da Fifa desembarcam no Brasil na próxima semana para fiscalizar de perto a organização da Copa que pode se tornar a mais lucrativa da história da entidade. Em Zurique, as cotas de patrocínio para o segundo Mundial brasileiro já estão sendo vendidas a valores superiores às das últimas edições do evento.
A Fifa espera receita de U$ 3,8 bilhões no Brasil, U$ 600 milhões a mais que na África do Sul e quase o triplo do gerado em 2006, na Alemanha, segundo informação da Agência Estado. Responsável por garantir que o lucro da entidade não seja ameaçado por deslizes na organização, o secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, comandará uma equipe no Rio de Janeiro que fará marcação serrada no cronograma das principais obras da Copa, principalmente estádios e aeroportos.
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A primeira missão de Valcke será definir a participação de São Paulo na competição. Depois de vetado o Morumbi, a capital paulista apresentou o novo estádio do Corinthians para a abertura do Mundial, mas a Fifa não conhece os detalhes do projeto.
O secretário-geral também vai cobrar da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) um calendário minucioso para as obras. Isso porque os principias dirigentes da entidade não mostraram muita confiança na capacidade de organização brasileira, que estoutou ao menos três prazos para o início da construção ou reforma dos estádios.
Após o Mundial da África do Sul, até mesmo o presidente da Fifa, Joseph Blatter, abandonou o tom conciliador para criticar os atrasos na organização. Valcke fez alerta mais incisivo: "Temos alguns problemas sim. Precisamos construir estádios, estradas, o sistema de telecomunicações, aeroportos e ver se há mesmo a capacidade suficiente em hotéis."
A veemência do secretário-geral desencadeou uma resposta irritada do presidente Luis Inácio Lula da Silva: "Terminou uma Copa do Mundo na África do Sul agora e já começam a dizer: 'cadê os aeroportos brasileiros, os estádios, cadê os corredores de trem brasileiros, cadê os metrôs brasileiros', como se nós fossemos um bando de idiotas que não sabem fazer as coisas e definir as nossas prioridades."
Fonte/DIARIODENATAL
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