Famosa por fazer um gol com as nádegas há 12 anos, pelo Sport Clube do Recife, a ex-jogadora de futebol feminino profissional Joseni Martins da Silva, 28 anos, foi brutalmente assassinada na noite de ontem. O crime aconteceu em frente à loja de jogos eletrônicos que ela tinha, na Rua Carlos Maringuela, no Alto do Buriti, na Macaxeira, por volta das 19h.A família de Jô, como ela era conhecida, ainda está em estado de choque com o assassinato, pois, segundo o pai da vítima, o motorista Josias Martins da Silva, 58 anos, a filha tinha uma vida tranquila e era muito querida na localidade. "Ela nunca me disse se estava sendo ameaçada. Não sabemos. Mas era muito bem quista aqui. Todo mundo a conhecia e, de vez em quando, ela ainda jogava com os moradores do bairro no campo de várzea União, aqui mesmo", contou o pai ainda abalado.
Sumariamente executada e sem chances de defesa, Jô estava sentada numa cadeira na porta do playtime conversando com uma amiga, quando chegou um homem moreno, a pé, vestindo calça e uma camisa azul, e a puxou pelos cabelos efetuando o primeiro disparo. Ao cair no chão, o assassino disparou mais duas vezes contra a vítima. Josias Martins disse que ela tinha um celular caro, que sumiu após o crime. No entanto, a polícia não acredita que se trate de um latrocínio, pela violência do crime com características de execução.
De acordo com o soldado Humberto Galdêncio, do 11º Batalhão da Polícia Militar (BPM), ao chegar no local foi informado da testemunha que estava com Jô no momento em que ela foi morta. "A moça estava com ela na hora, mas ao ver chegar o homem a pé com a arma na mão e disparar a primeira vez, ela correu e se escondeu no banheiro. Ela só saiu do esconderijo depois que outras pessoas viram ele fugir, também a pé, ainda com o revólver em punho", contou o policial.O pai da jogadora disse que não chegou a conversar com a testemunha, pois soube que ela está em estado de choque e não consegue falar muita coisa. "Eu também não tive como sair daqui, de perto do corpo da minha filha. É muitotriste para nós. Só Deus toma conta de mim neste momento, para que eu continue de pé. Não sei por que fizeram isso com ela", lamentou Josias.
Ele contou que ela não tinha envolvimento com nada de errado. "Pelo contrário, levava a vida com muita honestidade e trabalho. Fiz essa reforma de deixar um ponto comercial embaixo para morarmos em cima e ela montou essa loja para ajudar na renda e criar o filho dela, meu neto, de cinco anos, junto com seu companheiro", contou.A Força-Tarefa do Núcleo de Homicídios esteve no local sob o comando da delegada Sylvana Lélis, que realizou as primeiras investigações e saiu em diligências na tentativa de prender o assassino ainda em flagrante. O corpo foi periciado e encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML), em Santo Amaro.
Do Superesportes.com
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