Livro sobre a carreira de Cícero Ramalho é lançado

Hoje é dia de reverenciar Cícero Ramalho. O ex-craque mossoroense recebe o reconhecimento de uma carreira vitoriosa narrada em um livro, que será lançado nesta quarta-feira, num local bem sugestivo para a ocasião: o Memorial da Resistência. Afinal, o artilheiro resistiu ao passado ao chegar aos 40 anos fazendo o que mais gosta: gols. O lançamento começa às 18h.A obra "Cícero Ramalho, o artilheiro de Mossoró" é assinada pelo escritor e pesquisador Marcelo Migueres e conta em 130 páginas os principais momentos da carreira de Ramalho.Muitas histórias são conhecidas e outras inéditas, como a passagem do atacante no futebol espanhol no final da década de 80. Jogando pelo Levante, até então clube da divisão de acesso daquele país, Ramalho recebeu uma proposta inusitada do dirigente Miguel Sarlion.

Se marcasse 12 gols na metade restante da temporada, o atacante receberia o prêmio de três mil dólares. Objetivo cumprido. Os seus gols atingiram a meta estabelecida e ajudaram a livrar o time do rebaixamento.Antes de jogar na Espanha, Ramalho brilhou no futebol cearense, após ser revelado pelo Potiguar. Aliás, o Potiguar foi uma sugestão do seu pai, seu Dalzinho, porque por Ramalho o time para iniciar os primeiros passos era o Baraúnas.O retorno aos gramados mesmo com uma idade considerada avançada e o inesquecível jogo contra o Vasco/RJ defendendo a camisa do Baraúnas também são destaques nas páginas do livro, confeccionado pela Santos Editora de Jornais.

No duelo com Romário, deu Ramalho num jogo que acabou custando o emprego do técnico Joel Santana, que ainda hoje relembra o episódio."Rapaz, o tal de Cícero Romário não era mole mesmo. Mesmo quarentão e barrigudo, marcou lá em Mossoró e aqui no Rio. Aquela derrota por 3 x 0 me custou o emprego. Aliás, custaria o emprego de qualquer um. Naquele dia, ele foi o cara", conta o atual técnico do Botafogo/RJ no livro."A história de Cícero é incomum. Não se tem notícia de outro jogador brasileiro que alcançou o ápice do sucesso aos 40 anos de idade, com a mesma luminosidade", diz parte do trecho do prefácio assinado pelo jornalista César Santos sobre a característica duradoura de Ramalho no ofício de fazer gols.

Fonte/futeboldaparaíba