Vereadores e a sociedade discutiram ontem a possibilidade de permuta do estádio Leonardo Nogueira em audiência pública na Câmara Municipal. Uma comissão foi criada para analisar as minúcias da proposta que objetiva a troca do terreno onde está situado o velho Nogueirão para a construção de um estádio novo em outro local. A maioria dos participantes também mencionou a questão da municipalização como solução para os problemas estruturais do estádio, mas isso ficou apenas na observação como em outras ocasiões.A comissão ficou composta por três vereadores - Genivan Vale (PR), Chico da Prefeitura (DEM) e Ricardo de Dodoca (PDT) -, representantes de Potiguar, Baraúnas e Liga Desportiva Mossoroense (LDM), e o promotor do Patrimônio Público, Fábio de Weimar Thé.
O grupo vai analisar o que tem de concreto sobre a proposta de permuta, condições contratuais que garantam a execução do novo estádio sem trazer prejuízos e toda a questão em que envolve a mobilidade urbana do novo campo, a fim de proporcionar ao torcedor o acesso amplo e seguro."O debate foi muito bom porque avivou a possibilidade de se ter um novo estádio. A comissão foi criada para analisar o processo através de estudo amplo.
Na próxima semana, deveremos já nos reunir", informou o vereador Genivan Vale.Mas, para realizar a permuta ou venda do estádio, será preciso renovar uma lei antiga do Município. O promotor Fábio de Weimar lembrou que existe uma cláusula que impede a transferência de terreno público para qualquer tipo de negociação."Será preciso renovar a lei que, salvo engano, é de 1961, para tornar possível a alienação do terreno. Mas isso não será problema", disse Genivan.
A palavra municipalização foi bastante citada no debate. Vários vereadores e muitos convidados tocaram no assunto como solução para acabar com os problemas do estádio Leonardo Nogueira. Representante da Prefeitura, o gerente de Esporte, Lupércio Luiz, afirmou que o Poder Executivo é favorável, mas fez ressalvas."A Prefeitura é favorável, mas se trata de um tema complexo e que depende de um estudo amplo para a viabilização. A municipalização não se executa de um dia para a noite", comentou.
Entre os presentes, também se ouviu a preocupação de o futebol mossoroense ter um estádio que atenda as novas normas de segurança, que viraram lei depois que o Brasil virou sede de uma Copa do Mundo. O advogado José Carlos de Brito condicionou o futuro do futebol local à permuta ou revitalização do Nogueirão."Se não salvar o nosso estádio, o futebol mossoroense vai se acabar. É só verificar a situação de momento. O Potiguar já decidiu não participar do Estadual de 2011 se o Nogueirão não for liberado, vistos os seus problemas de ordem estrutural, e o Baraúnas pretende mandar seus jogos para Areia Branca, o que seria uma vergonha", frisou.
Fonte/Defato
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