A guerra que envolve os grandes clubes de futebol e as principais emissoras de TV do país terá jogadas decisivas neste ínicio de semana. Nesta segunda-feira, Santos e Palmeiras devem anunciar sua intenção de negociar fora do Clube dos 13 as transmissões pela TV de seus jogos no Brasileiro a partir de 2012.
Os dois clubes vão se unir a Corinthians, Grêmio, Coritiba, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco. Todos estão alinhados com a Globo. Na noite de sexta-feira, a emissora anunciou que não pretende participar da concorrência do C13.
Record e RedeTV! são as outras emissoras que se mostraram interessadas em comprar os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro entre 2012 e 2014. A edição de 2011 não sofre alterações e será transmitida por Globo e Band.
Por enquanto, só o Corinthians pediu sua desfiliação e rompeu formalmente com a entidade. No sábado, o presidente do Cruzeiro desafiou a associação. "Posso ser expulso, não estou preocupado", afirmou Zezé Perrella. A declaração do cruzeirense contrariou o que havia dito Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG. O cartola contava com o apoio do Cruzeiro para fortalecer o C13.
No domingo, foi a vez de Paulo Odone, presidente do Grêmio, anunciar que negocia diretamente com a Globo. Odone e Perrella foram os últimos a ocupar o cargo de chefe da delegação em amistosos da seleção brasileira. O próximo será Arnaldo Tirone, presidente do Palmeiras. O contra-ataque do Clube dos 13 se dará na terça-feira.
O presidente da entidade, Fábio Koff, e o diretor-executivo Ataíde Gil Guerreiro, vão a Brasília para reunião com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Os cartolas vão mostrar a Fernando Furlan, presidente do Cade, e ao procurador-geral Givandro Araújo que o edital de concorrência segue o que foi determinado pela entidade no ano passado.
O edital extinguiu a "cláusula de preferência" para a TV Globo. Até a última negociação, a emissora tinha a vantagem de saber com antecedência as propostas das concorrentes. A cúpula do C13 espera que o Cade impeça negociações individuais entre clubes e emissoras.
Fonte/Uol
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