Uma quadrilha que enganava adolescentes com sonho de serem jogadores de futebol foi presa no final da tarde de quarta-feira (23) em Campo Mourão (a 92 km de Maringá). Os golpistas agiam em todo o Brasil, com promessas de contratações de meninos de 14 a 18 anos por grandes clubes de futebol do país.
Este é o segundo caso de prisão envolvendo golpes que exploravam os sonhos de jovens jogadores. Na segunda-feira (21), um falso empresário, Eder Carlos Silva, 42 anos, foi preso em Curitiba, acusado de cobrar de R$200 a R$2 mil para fazer contratos que nunca se estabeleceram.
A Polícia Civil chegou aos golpistas após ser procurada por seis famílias que já haviam caído no golpe. "Uma mulher chegou a pedir demissão do emprego para receber o acerto e pagar pelo teste. Outra chegou a pegar dinheiro emprestado com um agiota para realizar o sonho do filho", diz o delegado chefe da 16ª Subdivisão Policial (SDP), José Aparecido Jacovós.
De acordo com o delegado, os estelionatários viajavam pelo Brasil, escolhendo cidades com mais de 100 mil habitantes. Após hospedarem-se em hotéis, os criminosos procuravam uma entidade beneficente da cidade, com o discurso de que seriam olheiros de grandes clubes de futebol, com Flamengo, Atlético Mineiro e Cruzeiro.
O objetivo era firmar parceria com a entidade para realizar uma "peneirada" de futuros talentos, em que a ficha de inscrição seria a doação de um quilo de alimento. Com ajuda da entidade beneficente, a quadrilha ia a programas de rádio, televisão e jornais, marcando data para as inscrições.
Depois das inscrições, os golpistas forneciam ao candidato um talonário, exigindo a venda de uma rifa, que seria necessária para a segunda etapa da seleção de craques. Por fim, ainda segundo a polícia, os golpistas marcavam a realização de uma fase seletiva, em outra cidade. Para tanto, os inscritos deveriam pagar determinado valor para cobir despesas com hospedagem, viagem, etc. "O valor era pago, mas a seleção dos atletas não ocorria, deixando as famílias dos garotos no prejuízo", afirma o dr. Jacovós. Em média, o custo de todo o processo era de R$1.500.
Ainda de acordo com o delegado, a polícia entrou em contato com os clubes que os golpistas afirmavam representar, e recebeu documentos desses clubes, informando que as referidas pessoas não estão autorizadas a representar os times de futebol. A polícia apreendeu ainda o contrato social da suposta empresa que estava encarregada do evento, com sede em Guarapuava (a 255 km de Maringá) e trata-se de uma razão social de empresa de modelos.
Três integrantes da quadrilha foram presos por volta das 18 horas, após terem retornado a Campo Mourão para aplicar novo golpe. Diego Ricardo Ianesko, Robson Barbosa de Lima e Junior Vaz de Goes foram presos e autuados pelos artigos 288 - formação de quadrilha e 171 - estelionato. A Polícia Civil de Campo Mourão segue investigando a quadrilha, já que há informações de que haveria mais pessoas envolvidas.
Fonte: O Diário de Maringá
Este é o segundo caso de prisão envolvendo golpes que exploravam os sonhos de jovens jogadores. Na segunda-feira (21), um falso empresário, Eder Carlos Silva, 42 anos, foi preso em Curitiba, acusado de cobrar de R$200 a R$2 mil para fazer contratos que nunca se estabeleceram.
A Polícia Civil chegou aos golpistas após ser procurada por seis famílias que já haviam caído no golpe. "Uma mulher chegou a pedir demissão do emprego para receber o acerto e pagar pelo teste. Outra chegou a pegar dinheiro emprestado com um agiota para realizar o sonho do filho", diz o delegado chefe da 16ª Subdivisão Policial (SDP), José Aparecido Jacovós.
De acordo com o delegado, os estelionatários viajavam pelo Brasil, escolhendo cidades com mais de 100 mil habitantes. Após hospedarem-se em hotéis, os criminosos procuravam uma entidade beneficente da cidade, com o discurso de que seriam olheiros de grandes clubes de futebol, com Flamengo, Atlético Mineiro e Cruzeiro.
O objetivo era firmar parceria com a entidade para realizar uma "peneirada" de futuros talentos, em que a ficha de inscrição seria a doação de um quilo de alimento. Com ajuda da entidade beneficente, a quadrilha ia a programas de rádio, televisão e jornais, marcando data para as inscrições.
Depois das inscrições, os golpistas forneciam ao candidato um talonário, exigindo a venda de uma rifa, que seria necessária para a segunda etapa da seleção de craques. Por fim, ainda segundo a polícia, os golpistas marcavam a realização de uma fase seletiva, em outra cidade. Para tanto, os inscritos deveriam pagar determinado valor para cobir despesas com hospedagem, viagem, etc. "O valor era pago, mas a seleção dos atletas não ocorria, deixando as famílias dos garotos no prejuízo", afirma o dr. Jacovós. Em média, o custo de todo o processo era de R$1.500.
Ainda de acordo com o delegado, a polícia entrou em contato com os clubes que os golpistas afirmavam representar, e recebeu documentos desses clubes, informando que as referidas pessoas não estão autorizadas a representar os times de futebol. A polícia apreendeu ainda o contrato social da suposta empresa que estava encarregada do evento, com sede em Guarapuava (a 255 km de Maringá) e trata-se de uma razão social de empresa de modelos.
Três integrantes da quadrilha foram presos por volta das 18 horas, após terem retornado a Campo Mourão para aplicar novo golpe. Diego Ricardo Ianesko, Robson Barbosa de Lima e Junior Vaz de Goes foram presos e autuados pelos artigos 288 - formação de quadrilha e 171 - estelionato. A Polícia Civil de Campo Mourão segue investigando a quadrilha, já que há informações de que haveria mais pessoas envolvidas.
Fonte: O Diário de Maringá
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