Sócrates já fazia parte dos 100 jogadores homenageados pela Calçada da Fama do Maracanã. Mas, só nesta quarta-feira, o ex-jogador do Corinthians, Flamengo, Santos e Seleção Brasileira eternizou seus pés ao lado de outros ídolos do futebol nacional e mundial. Em uma cerimônia rápida diante de um estádio parcialmente destruído pelas obras para a Copa do Mundo de 2014, o doutor fugiu do clichê da emoção pelo momento único. Ao analisar a homenagem, disse que nada sentia de especial. Para ele, estar ali era um compromisso como todos em sua carreira. Destacando que o importante não são os feitos e sim a felicidade, Sócrates só lamentou a qualidade do futebol exibida hoje em dia. - Não sinto nada especial. O importante é ser feliz. Só sinto saudade do bom futebol. Hoje não se joga mais futebol. Os atletas só correm. O que vence o jogo não é a qualidade e sim o estado atlético das equipes - disse o ex-jogador, sugerindo ainda uma solução para o problema. - Tenho uma tese: 9 contra 9, no mesmo espaço que se joga hoje. Assim não daria para se esconder atrás de uma linha de três volantes. Até o zagueiro central teria de saber jogar. Apesar de ter defendido o Flamengo entre 1985 e 1987, Sócrates lembrou de sua estreia pela Seleção Brasileira ao falar da melhor recordação que tem do Maracanã. - Não lembro nem contra quem foi. Mas o que importa é a camisa amarela. E acho o Maracanã lindo do jeito que está. Vai mudar muita coisa. Vamos mostrar a força de nosso país nessa reconstrução do estádio - disse ele, que fez sua primeira partida pelo Brasil em uma goleada por 6 a 0 sobre o Paraguai, no dia 17 de maio de 1979. Com 57 anos e um dos maiores ídolos da história do Corinthians, ele analisou a recente contratação de Adriano. E aprovou, mas o mesmo otimismo não apareceu na hora de comentar o projeto do futuro estádio do Timão.
Fonte/ LUÍZ JURANDIR
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