O presidente do Potiguar, Benjamim Machado(Foto), assumiu a culpa pelo fracasso do alvirrubro no Campeonato Estadual deste ano. Ele admitiu que errou por apostar no técnico Carlos Gutemberg, cuja indicação de jogadores não foi salutar e que findou com mudança que acabou trazendo um prejuízo técnico ao clube durante as disputas. "A gente teve que iniciar um processo de demissão e contratação de outros atletas, o que comprometeu todo um trabalho de planejamento de pré-temporada", revelou Benjamim Machado.Na entrevista concedida à reportagem do JORNAL DE FATO e Tevê Cabo Mossoró (TCM), o dirigente falou do "motim" provocado pelos jogadores nas vésperas da partida contra o Assu devido ao atraso salarial e do erro por ter poucos jogadores do clube no elenco por falta de um trabalho consistente com as categorias de base. JORNAL DE FATO - O Potiguar apresentou um futebol muito irregular e entrou na última rodada precisando vencer para escapar da ameaça do rebaixamento. O que levou o time a fazer uma campanha ruim no Campeonato Estadual?BENJAMIM MACHADO - Assumo todo o débito de culpa por atribuir a campanha ruim à escolha do primeiro técnico (Carlos Gutemberg). Acreditava e apostava que ele pudesse trazer nomes que, somado com os do clube, pudessem formar um elenco competitivo para as disputas, mas infelizmente não surtiu o efeito desejado. Com isso, a gente teve que iniciar um processo de demissão e contratação de outros atletas, em um período difícil por conta do mercado fechado para se obter jogadores de qualidade, o que comprometeu todo um trabalho de planejamento de pré-temporada. JF - Os jogadores teriam protestado contra o atraso salarial e o presidente tomado dinheiro emprestado para garantir o time em campo. O que, de fato, aconteceu nas vésperas do último jogo com o Assu?BM -Isso realmente aconteceu e nós atribuímos ao atleta Paulinho Guerreiro. Ele conseguiu mobilizar o time convencendo inclusive atletas como Canindezinho e Márcio Silva que, até então, respeitavam o clube, e somente dois jogadores se recusaram, no caso Leydson e o Rafael (goleiro), que são atletas da casa e pertencem ao Potiguar. O movimento era só entrar em campo se o salário de março fosse atualizado. Como não poderíamos deixar o clube correndo esse risco, conseguimos fazer um empréstimo, haja vista termos a última parcela do patrocínio da Prefeitura para entrar, e colocamos o salário do mês em dia para que eles (atletas) pudessem ir a campo. Houve um desgaste e nós repudiamos o ato por ter sido uma falta de respeito ao clube e ao torcedor.JF - Ter somente dois atletas do clube fazendo parte do elenco demonstra a falta de trabalho com as categorias de base. Você reconhece isso como uma falha?BM - Com certeza. Todo clube profissional tem que ter um trabalho de base. Ocorre que, no ano passado não tivemos a felicidade de colher bons frutos. Nosso departamento amador é muito desfalcado; apenas quem se dedica é Soares (dirigente e colaborador) e ajudo na medida do possível. Inclusive, arrisquei colocar o time na Copa Oeste e na Série D do Brasileiro para manter a equipe da casa em atividade e que essa garotada se envolvesse com os profissionais, mas infelizmente a colheita não foi boa e chegamos a atual temporada com poucos atletas. Mas, pretendemos retomar o trabalho com os garotos nesse segundo semestre.
Fonte: Jornal de Fato
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