| | | | Alfredo trava batalha com Ricardo Teixeira | |
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Em meio a problemas na organização da Copa do Mundo de 2014, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, se vê meio a outro imbróglio. Após determinar uma intervenção na Federação de Futebol do Piauí (FFP) e a anulação do pleito na entidade em novembro, Ricardo Teixeira vê agora o vice-presidente da entidade, Alfredo Ferreira Neto, entrar nesta última segunda-feira com um pedido de prisão na Justiça do Piauí ao mandatário do futebol nacional.
O dirigente piauiense alega que Teixeira deve ser enquadrado por desobediência ao invalidar o pleito, cuja realização foi uma determinação da Justiça piauiense. “O ato administrativo não pode superar o ato judicial. Se a Justiça determinou que a eleição ocorresse, inclusive já tendo homologado o resultado dela, a CBF não pode vir aqui e anular o pleito”, afirmou Alfredo Neto
Segundo o cartola piauiense, que também advogado, caso a Justiça acate o pedido e Teixeira seja preso, o presidente da CBF só seria solto depois que revogasse a decisão de anular a eleição. “É igual pagamento de pensão. Ele vai ter que retroceder e validar a eleição”, completou Alfredo.
Mas assim como a própria entidade que comanda o futebol nacional, o Judiciário está em recesso e só volta à ativa no dia 6 de janeiro. A CBF determinou a anulação do pleito com base em denúncias do Tribunal de Justiça Desportiva do Piauí (TJD/PI), através de parecer enviado pelo procurador Paulo Aragão, no qual estão apontadas irregularidades no processo eleitoral.
O candidato eleito na ocasião, Cesarino Oliveira, reclamou da ausência pessoal da CBF no estado. “Se for constatado que houve coisa errada, eu renuncio”.
Comissão interventora na FFP
Com a determinação da anulação da eleição no Piauí, a CBF instituiu uma Comissão Especial para gerir a entidade. O presidente da Federação Baiana, Ednaldo Rodrigues Gomes, e da Federação paraense, Antonio Carlos Nunes Lima, são os responsáveis pela intervenção até que novas eleições aconteçam em até 45 dias, a contar do dia 12 de dezembro.
Candidato derrotado por Cesarino Oliveira no pleito anulado, Franklin Kalume apoia a intervenção da CBF. “Era o mínimo que poderia acontecer. A eleição foi conduzida de forma errada com relação aos estatutos da Federação e da CBF. Cada dia era uma exigência nova, como se as regras do futebol mudassem a cada jogo”, afirmou Kalume ao LANCENET!, que preside a Federação Piauiense de Futebol (FPF), entidade criada pelos clubes que se desfiliaram na FFP, mas que não tem reconhecimento da CBF.
Fonte/JustiçaDesportiva
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