Desde que deixou o Tigre, treinador não teve nenhuma proposta de trabalho concreta
"O mercado de Santa Catarina é muito interessante". Estas foram algumas das palavras do treinador Márcio Goiano, em entrevista ao Diário Catarinense, na tarde desta terça-feira. Fortemente ligado ao futebol de Santa Catarina, Márcio Goiano está disponível no mercado.
Diante das inseguranças dos treinadores em seus clubes do Campeonato Catarinense — cinco técnicos dispensados no primeiro turno — Goiano, que também está nesta lista após deixar o Criciúma no dia 14 de fevereiro, já começa a ser sombra daqueles que balançam na gangorra do Estadual 2012.
Depois de aproveitar um curto período de férias com a família, Márcio Goiano está a procura de um clube. Desempregado desde que saiu do Tigre, por divergências internas com a diretoria e o clube, ele está à espera de um contato para retornar ao trabalho. Por enquanto, nada chegou até Goiano. Márcio Goiano está em Goiânia.
Desde que deixou o Figueirense no início de 2011, Goiano alternou bons e maus momentos. Esteve no Grêmio Prudente, São Caetano, Goiás e Criciúma. E, com a intenção de se manter ativo, Goiano não pode dizer não para nenhum clube. Principalmente de Santa Catarina.
Em entrevista, por telefone, Goiano explicou o que aconteceu na sua saída do Criciúma e também o motivo de não ter acertado com o Avaí no ano passado. O treinador também comentou sobre a possibilidade de acertar com outros clubes do Estado.
Diário Catarinense: Depois de sair do Criciúma, teve alguma proposta?
Márcio Goiano: Até o momento estou sem clube. Tive alguns contatos de clubes de São Paulo, mas nada concreto. Tudo pelo empresário. Estou disponível no mercado. Não dá para ficar fora. Se eu deixar alguma coisa passar, algum outro irá pegar. Eu tenho que me movimentar. Se tiver uma oportunidade boa estou disponível.
DC: A saída do Criciúma, o que aconteceu ali?
Márcio Goiano: No Criciúma eu fui para montar uma equipe para 2012. Não posso reclamar em nenhum momento da diretoria. Estava tudo ocorrendo bem, mas aconteceram certas coisas que estavam sendo muito direcionadas para mim. Houve um desgaste. Lá, se falou muito em salário. Chegou um momento em que o meu salário era mais importante do que o time. A preocupação era fora totalmente do jogo. Eu não achei isso legal e sai.
DC: Está disponível para voltar a Santa Catarina?
Márcio Goiano: Em relação ao trabalho, não dá para dizer não. A vida de um treinador é diferente de um jogador. O treinador vive de resultado. Se por acaso ele não consegue, a diretoria pensa em tirá-lo. Se os resultados aparecerem o trabalho segue.
DC: Você iria para o Avaí?
Márcio Goiano: Para mim é indiferente. É um lugar (Santa Catarina) em que sou muito bem recebido. Tem uma realidade muito boa. Eu estou aberto para qualquer clube, desde que seja apresentado um projeto. Santa Catarina é um lugar muito interessante para trabalhar.
DC: O que houve no ano passado que você e o Avaí não chegaram a um acordo?
Márcio Goiano: Quando eu estava no Goiás, e isso eu nunca neguei, houve um contato de um possível acerto. O que ocorreu foi que nós não chegamos a um acerto financeiro. É a primeira vez que falo isso. Eles queriam que eu rescindisse com o Goiás para depois ir lá e negociar. Não achei isso correto. Na reunião, para um acerto, era eu o Zunino e mais um integrante da diretoria da época. Estava tudo certo, mas eles acharam melhor não me pagarem aquilo que eu estava pedindo. Eu abri mão de tudo e falei que estava disposto a acertar com o Avaí. Mas, é uma situação normal. Foi uma escolha do clube. Eu fiquei lá e a vida seguiu. Hoje se tiver uma oportunidade boa, claro que poderia ser. Nunca tive problema com o Zunino. Tudo que falaram é história. O que houve foi que não teve esse acerto financeiro.
DC: Além da Capital, você iria para algum outro clube?
Márcio Goiano: Hoje você tem quatro equipes espalhadas entre a Série A e a Série C. No Figueirense você tem uma estrutura muito boa. No Avaí, no Criciúma, no JEC e na Chapecoense eu conheço e sei que é bom de trabalhar. Na Chapecoense, pelo que venho acompanhando, existe uma construção de uma nova estrutura de estádio e eles estão sempre disputando com força os estaduais. Como falei, se a oportunidade for boa, não tem por que negar.
Fonte/DIÁRIO CATARINENSE
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