sexta-feira, 30 de março de 2012

Jogadores decidem não treinar em protesto ao não pagamento do salário


O atual elenco do Atlético de Paranavaí é outro comparado ao do primeiro turno do Campeonato Paranaense 2012. Nas últimas quatro rodadas, o time somou 7 pontos e encostou no Roma de Apucarana, na briga para fugir do rebaixamento.

Mas, esta campanha inicial do segundo turno do Estadual não evitou um conflito entre os jogadores e a diretoria por conta do atraso no pagamento do salário.

O atacante Edenilson informou que o grupo não vai treinar enquanto não receber o salário. O presidente Edson (Salomão) Felippe garante “resolver a situação” ainda hoje de manhã.

Houve a informação de que os jogadores poderiam não jogar em Cianorte, domingo, mas o diretor de Futebol, Lourival Furquin, afasta esta possibilidade. “Não existe isso de não jogar, reagiu.

O presidente Salomão reconhece os 19 dias de atraso, mas argumenta que parte do salário foi pago. “Realmente é muito tempo de atraso”, falou sobre os 19 dias, frisando que o pagamento poderá ser efetivado hoje. “É 90% de certeza”, falou Salomão. Hoje, a folha de pagamento do time gira em torno dos R$ 130 mil.

O atacante Edenilson diz que a situação é complicada, “tanto para nós como para o clube”. Ele diz que o elenco deu dois prazos para a diretoria pagar o salário, o que não aconteceu.

“Estamos fechando o mês de março e o salário de fevereiro ainda não foi pago. Resolvemos não treinar enquanto não houver o pagamento. Aqui ninguém recebe grande salário para poder suportar um atraso, cada um tem seu compromisso em casa e com os credores”, frisou Edenilson.

O atacante reconheceu o esforço da diretoria para sanar esse compromisso. Edenilson diz que metade do salário está em atraso, pelo menos para a maioria dos atletas, mas ele recebeu apenas 20%.

O diretor de Futebol Lourival Furquin diz que fez sua parte, melhorando a condição técnica dentro do campo, e não gostaria de se envolver nesta questão financeira. Entretanto, disse que os jogadores precisam receber e lembra que o Paranavaí sempre pagou seus compromissos, e a prova são os atletas que defenderam o clube em outras temporadas e fazem parte do grupo.

Furquin espera que este problema não tenha reflexo dentro do campo no momento em que o Vermelhinho luta para deixar a zona de rebaixamento. “Temos de reconhecer que os jogadores estão lutando, estão empenhados para tirar o clube do rebaixamento. Se a gente estivesse com essa equipe desde o início, estaríamos nas primeiras posições”, falou.

Falando em nome do grupo de atletas, Edenilson se disse chateado com a situação. “Isso é feio tanto para o clube como para nós atletas, eu, particularmente, fico muito chateado, em outras vezes, nunca passei por uma situação igual, aqui. Se todo o trabalhador tem direito ao salário, nós também temos, pois somos empregados do Atlético Clube Paranavaí”.

Fonte/Diário do Noroeste

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