Mais do que isso, ele deu um drible no "grupo de golpistas" que seria liderado pelos paulistas Marco Polo del Nero, presidente da Federação Paulista, e pelo vice José Maria Marin, que ocupou uma vice-presidência há três anos após a morte de Nabi Abi Chedid, que tinha livre trânsito e respeito entre os cariocas.
Para evitar o que alguns partidários chamavam de "avanpço dos abutres" Ricardo Teixeira decidiu, inicialmente, não pedir a sua renúncia do cargo e, muito menos, pedir o seu afastamento mesmo que de forma temporário, com uma possível alegação de problema médico ou familiar. Ele aproveitou a assembleia geral para sentir o seu eleitorado, ficando claro as federações que estavam ao seu lado e contra ele.
Regras bem claras
Tanto que Teixeira deixou bem transparente aos presentes a sua delicada situação à frente da entidade. Ele tem sido alvo de uma série de acusações de corrupção, tanto em termos nacionais como também em envolvimento na Fifa. E também fez questão de explicitar tudo que prevê o estatuto da entidade.
Sobre a sua possível saída do cargo, me princípio, descartada, ficou definido que se ele renunciar o cargo será mesmo ocupado pelo vice-presidente mais velho. Caso o dirigente renunciasse, assumiria, de acordo com o estatuto, o vice-presidente mais velho: José Maria Marin, de 79 anos, ex-governador de São Paulo e apadrinhado por Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF).
Se o presidente da CBF pedisse licença, no entanto, poderia escolher qualquer um dos cinco vices. O de maior confiança é Fernando Sarney, filho do Presidente do Senado, José Sarney, ex-presidente do Brasil.
Quem entra
E Ricaro Teixeira fez questão de comunicar aos presidentes das federações o seu desejo caso aconteceça algum fato que o obrigue a deixar o cargo no futuro, antes ou durante a Copa do Mundo do Brasil, de 2014. Ele quer Fernando Sarney no cargo.
Tanto que cogitou que Marin deve ocupar o seu cargo como presidente do Comitê Organizador Local da Copa em caso do afastamento de Teixeira. Com isso, Marin não sentaria na "poltrona do poder" e muito menos governaria como marionete de Marco Polo del Nero.
No poder desde 1989, Ricardo Teixeira tem mandato na CBF até 2015. Mas ao longo dos anos acumulou inimigos e desafetos. Um deles é a presidenta do Brasil, Dilma Rouseuf, que teria mágoas antigas de Teixeira por situações vividas ainda no governo Lula.A presidenta, inclusive, teria feito cargo na Fifa para a destituição de Teixeira ou mesmo sinalizado uma possível intervenção na CBF. Mas foi alertada pela Fifa de que isso causaria "danos irreparáveis para a realização da Copa em 2014".
Fonte/FutebolInterior
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