terça-feira, 3 de abril de 2012

Pai e filho formam dupla de zaga no Rio Negro

Ney Junior, de 35 anos, divide a responsabilidade de segurar o ataque adversário com Bianor Neto, 17. Na estreia, vitória sobre o São Raimundo.




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ANDERSON SILVA | GLOBOESPORTE.COM - A brincadeira com a bola entre pai e filho virou coisa séria em Manaus. Sábado, no jogo entre Rio Negro e São Raimundo, pela quarta rodada do Campeonato Amazonense, além de o Rio Negro reassumir a liderança do returno, ao vencer por 1 a 0, um fato incomum ocorreu com a dupla de zaga do time. Ney Junior, de 35 anos, teve a oportunidade de jogar lado a lado com o filho, Bianor Neto, de 17.

Com pouca idade e sem estar profissionalizado, Bianor apareceu no Galo da Praça da Saudade depois de um pedido do pai a diretoria e comissão técnica do time, para que Bianor pudesse manter a forma física.

- Ele (Bianor) veio do Rio de Janeiro, onde jogou a temporada 2011 pelo time de futsal infantil do Vasco. Como iria voltar para realizar testes no futebol de campo, pedi aos dirigentes, em fevereiro, para que ele mantivesse a forma física aqui. Devido ao falecimento de um jogador da base do Vasco, os testes foram cancelados. Como o Rio Negro havia dispensado vários atletas, ele acabou sendo inscrito às pressas na competição, se tornando profissional - disse Ney Junior.

- O sentimento de pai é de nervosismo, pois fico torcendo para ele fazer uma boa partida. No campo, o nervosismo acaba e as coisas acontecem naturalmente - declarou o pai.

No gramado, o tratamento ao filho é igual ao dos demais jogadores.

- Dentro de campo, não o trato como filho. Tem que ter respeito, mas o trato como profissional, assim como os todos os colegas de clube. Mas desde que ele passou a atuar como titular, o time venceu as três e virou líder do segundo turno. É um garoto jovem tem cabeça boa e vai ter um futuro promissor. Agradeço a Deus por ter a oportunidade de jogar ao lado do meu filho - diz o jogador, vivendo o momento de pai coruja.
Elogiado pelo colega, Bianor Neto não esconde a emoção de jogar ao lado do pai.

- É uma emoção muito grande, pois ele é meu ídolo. Estar ao seu lado, tendo ele passando informações e dando confiança para jogar, é muito gratificante. Ele nunca me dá bronca, mas sim apoio, às vezes uns puxõezinhos de orelha. Como foi a primeira vez que jogamos juntos, essa partida vai ficar marcada na minha vida - disse Bianor, que apesar dos salários atrasados não se preocupa, pois ainda depende de Ney Junior.

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