O ABC entra em campo nesta terça-feira (31) diante do Goiás, pela 14ª
rodada da Série B. Já nesta quarta (1) quem entra em campo é o jurídico
do clube para se defender de denúncias no STJD. Em pauta está o volante
Guto, o preparador de goleiros Wlamyr, além do próprio clube, que
responderá pelo arremesso de uma lata de refrigerante em campo. A sessão
de julgamentos começa às 18h, na Terceira Comissão Disciplinar.
A partida entre ABC e Vitória, realizada no dia 7 passado foi bem
agitada. Guto, volante do alvinegro, foi expulso aos 43 minutos do
segundo temponuma jogada em que o atleta calçou o adversário em uma
jogada de contra-ataque. Ainda segundo o árbitro, antes de deixar o
gramado, Guto foi até ele e disse: "Você é um covarde". Não satisfeito,
ao término da partida, o jogador entrou em campo e foi na direção do
árbitro para questionar a expulsão, o que rendeu denúncia com base nos
artigos 250 (ato desleal) e 243-F (ofender alguém em sua honra), ambos
do CBJD. Pelo primeiro ato, o volante pode receber suspensão de até três
jogos. Já no segundo, a punição é mais severa e o atleta pode receber
multa de até R$ 100 mil, além de suspensão de um a seis jogos.
Além do volante, o gandula Fábio Romero Damião e o preparador de
goleiros do ABC, Wlamyr Ney Machado serão julgados. Sobre o gandula, o
árbitro Wagner Reway relatou que "o mesmo jogou a bola nas costas do
jogador adversário... percebi que o ato foi intencional e podendo causar
possíveis problemas e o expulsei". Fábio responde por "conduta
contrária à disciplina", descrita no artigo 258 do CBJD, e pode receber
gancho de 15 a 180 dias.
Já o preparador de goleiros do ABC, Wlamyr Ney Machado, foi até a equipe
de arbitragem ao final da partida dizendo: "vocês são safados", e em
seguida se dirigiu ao quarto árbitro: "você é aquele safado que fica lá
fora". Ainda na súmula consta que o preparador de goleiros fez gestos na
tentativa de incitar a torcida a protestar contra a arbitragem. O
preparador de goleiros responderá a três artigos: 213-II (invadir o
campo) e 243-F (ofender a honra) e 243-D (incitar publicamente a
violência). Pela invasão, o preparador pode ter que desembolsar até R$
100 mil. Já pelos demais, a punição é de multa de até R$ 100 mil, além
de suspensão por até 720 dias pela segunda infração, e mais seis jogos
pela ofensa.
O clube também não se livrou de denúncia. O árbitro relatou o arremesso
de uma lata de refrigerante no gramado, o que gerou denúncia por
infração ao artigo 213-III do CBJD, por "deixar de prevenir o lançamento
de objetos em campo". Além disso, de acordo com o Regulamento Geral da
Competição, só podem permanecer no banco de reservas o técnico,
preparador físico, massagista e o médico da equipe, porém, o preparador
de goleiros estava no banco. Por isso, o clube foi enquadrado também no
artigo 191 III (deixar de cumprir o regulamento da competição) do CBJD. A
punição para ambas as denúncias é de multa de R$ 100 a R$ 100 mil.
Fonte:
Justiça Desportiva
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