Depois de dias de crise, uma
reviravolta e a emocionante partida contra a Rússia, a seleção feminina
está na final do torneio olímpico, e sem repetir o sufoco de dois dias
atrás. Com 3 sets a 0 (25-18, 25-18 e 25-18), as brasileiras despacharam
o Japão, garantiram ao menos a medalha de prata e podem sonhar com o bi
olímpico, feito inédito para o vôlei do país.
Antes desta equipe, os homens
desperdiçaram a chance de defender o título em 1996 e 2008. O vôlei
feminino, aliás, pode empatar em número de títulos com o masculino, em
uma virtual disputa interna. Fabiana, Thaisa, Fabi, Sheilla, Jaqueline e
Paula Pequeno, por sua vez, garantem também a segunda medalha de suas
carreiras, já que estiveram em Pequim na conquista do primeiro ouro.
A trajetória é surpreendente para um
time que estava, há menos de uma semana, tomado pelo desânimo e abatido
com duas derrotas seguidas. Agora, Jaqueline e companhia estão a um jogo
de defenderem o título justamente contra as norte-americanas,
derrotadas na final em Pequim, que nesta quinta venceram sem sustos a
Coreia do Sul.
A disputa deve ser bem mais acirrada do
que foi em 2008. As norte-americanas mostraram muita força no último
ciclo olímpico, mantêm uma freguesia recente sobre a seleção e são, nas
palavras de José Roberto Guimarães, técnico do Brasil, o time a ser
batido em Londres.
Só que o crescimento do time
verde-amarelo durante a competição é inegável. Nesta quinta, mais uma
vez a equipe foi liderada tecnicamente por Thaisa e Sheilla, grande
destaques individuais da seleção neste torneio. Jaqueline, Fabiana e
Fernanda Garay, no entanto, acompanharam as colegas de time, em um jogo
em que os pontos foram muito bem divididos entre todas elas.
Diante do jogo de paciência do Japão, o
Brasil venceu sem sustos justamente por ter mantido a calma durante todo
o tempo, especialmente no primeiro set, o mais disputado de todos.
As duas equipes começaram acertando
bastante no ataque e um pouco frágeis na contenção das rivais. Neste
cenário, foram trocando pontos até o 16 a 15 para o Brasil, quando uma
invasão tirou um ponto de graça do Japão e desestabilizou as asiáticas.
Com a vantagem, o bloqueio cresceu e garantiu oito pontos só nesta
parcial.
O Brasil levou o placar a 20 a 16,
depois a 24 a 17, não deu chance para a reação das rivais e fechou em 25
a 18. José Roberto Guimarães vibrava muito no banco de reservas e
sentiu o clima em quadra ficar mais tranquilo. Com sorrisos e sem as
cobranças excessivas pelos erros que marcaram o início da campanha, o
Brasil sobrou.
No segundo set, não tardou a abrir
vantagem e controlar o placar com um ataque preciso. Só nesta parcial
foram 18 bolas no chão de 31 tentativas, com índice de acerto superior a
50%. A defesa do Japão não aguentou e parou de receber tão bem. O
resultado foi parar no placar: sem dificuldades, o Brasil fez 25 a 15 e
encaminhou a vitória.
As japonesas, que não chegavam à
semifinal das Olimpíadas desde 1988, pareciam satisfeitas com sua
campanha e a chance de brigar pelo bronze. Ao som de “O campeão voltou”,
coro que embalou o 3 a 2 emocionante contra a Rússia nas quartas, o
Brasil fechou rapidamente o terceiro set por 25 a 18 e está na briga
pelo bi.
Fonte/AlagoasemTempoReal
Nenhum comentário:
Postar um comentário