quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Vilões ou anti-heróis: cursos no Rio e São Paulo formam juízes de futebol


Esporte Espetacular acompanhou a rotina nos centros de treinamento das principais escolas do país para descobrir novos talentos da arbitragem


Criticada por muitos durante o ano, a arbitragem foi uma das maiores polêmicas durante a edição de 2012 do Campeonato Brasileiro: gols anulados, faltas mal marcadas, lances duvidosos. Para evitar esses tipos de situações, duas das principais escolas formadoras de juízes do país já estão se antecipando, e o Esporte Espetacular foi acompanhar os últimos dias de cursos no Rio de Janeiro e em São Paulo para lançar novos árbitros no cenário nacional.
A concentração e o nervosismo dos candidatos tomam conta da rotina nos centros de treinamento. As provas finais, realizadas em dezembro, envolvem testes teóricos e práticos que medem a sabedoria e a resistência dos alunos.
- O que a gente aprende lá na teoria, coloca em prática no campo. Algumas situações para vivenciar o que acontece no jogo, qual vai ser a reação, tem que ter um tempo rápido de reação para tomar a decisão – explicou Renato Serôa, aluno de arbitragem.
professor sala de aula arbitragem (Foto: Reprodução / TV Globo)Na sala de aula, os alunos aprendem conhecimentos teóricos da arbitragem (Foto: Reprodução / TV Globo)
Entretanto, o ensino varia de estado para estado, e isso pode dar margem para múltiplas interpretações das diferentes regras. Por isso, as federações atualmente vêm se posicionando a favor de uma unificação do aprendizado. Uma única decisão errada, feita a partir de um critério pessoal, pode fazer com que o juiz seja muito contestado.
- De acordo com a Fifa, o árbitro toma de 150 a 180 decisões em uma partida. Se pegar um só erro, ele já é crucificado. Às outras 149, ninguém dá ênfase – revelou o estudante Adriano Valim.
padre missa fechada arbitragem (Foto: Reprodução / TV Globo)Desde criança, padre Ramires sonha ser árbitro
de futebol
O sonho de entrar em campo para apitar um jogo de futebol persegue pessoas de diferentes estilos, gêneros e ocupações ao redor do Brasil. O padre Ramires Henrique de Andrade, de São Paulo, já sabe que a relação com os torcedores não vai ser mais a mesma.
- Desde criança, sinto essa relação e esse dom, que preciso desenvolver cada vez mais. Como padre, tenho mais tranquilidade, mas tenho certeza que, com empenho e amor, poderei desenvolver a arbitragem até melhor - disse o pároco.
Mesmo com todas as dificuldades que esperam ter na profissão, todos eles têm algo em comum: a coragem e a vontade. E, após conhecerem as técnicas, eles serão desafiados na vida real na qual saberão se têm, de fato, o talento para entrar em campo.

Fonte/GloboEsporte 

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