Réveillon, bebedeira, gulodice e confraternização. Convenhamos que
neste clima não dá pra falar mal de ninguém. Que aproveitemos, então,
estas últimas horas deste 2012 pra recapitularmos só coisas boas coisas.
Gente, não podemos nos restringir ao futebol. O vôlei feminino deu uma
aula de superação. A viola estava literalmente em cacos quando as
meninas acharam forças no além e trouxeram o ouro dos Jogos Olímpicos de
Londres.
Aí tem-se que necessariamente atribuir o grande mérito ao técnico José
Roberto Guimarães. Ele trabalha com todas as frentes imagináveis em
busca da vitória. É uma sumidade nos aspectos psicológico, técnico e
tático.
TITE
No futebol, todas as honras para o treinador Tite, do Corinthians, que
conseguiu extrair o máximo possível de um grupo que nas mãos de alguns
comandantes de ponta provavelmente não conseguiriam.
Ascendência absoluta sobre comandados, em grupos tradicionalmente
heterogêneos, é uma grande virtude. Tite concilia isso ao estudo
aprofundado de conceituação técnica e tática, para colocar em prática
aquilo que é melhor ao Corinthians na atual conjuntura.
O trabalho regularíssimo do treinador Abel Braga, do Fluminense, tem
que ser ressaltado. Ele sabe temperar, como poucos, atletas carregadores
de piano com talentosos.
Também consegue fazer o time jogar em função do atacante Fred, mesmo
com o jogador limitando-se a um espaço nas proximidades da área
adversária pra jogar.
Impressionou também a capacidade do treinador Ney Franco ajustar o time
do São Paulo. Ele fez o atacante Osvaldo atingir o ápice da forma
técnica. Consolidou o futebol do meia Jadson, exigiu responsabilidade do
lateral-esquerdo Cortês na marcação, e com sabedoria arrumou a defesa
são-paulina.
Dos artistas da bola, três registros se fazem necessário. Quem poderia
supor que o goleiro Rogério Ceni fosse reeditar grandes performances no
São Paulo neste 2012?
Excelente. E se mantiver esta regularidade, fará jus a uma vaguinha
entre os três goleiros comumentemente convocados à Seleção Brasileira,
independente de ser titular.
Tive a humildade de reconhecer que me precipitei quando ‘desci a ripa’
no meia-atacante Ronaldinho Gaúcho, no último ano de Flamengo, ao
considerá-lo um ex-jogador de futebol em atividade.
A troca do Rio de Janeiro por Belo Horizonte, para defender o Atlético
Mineiro, o transformou radicalmente. Surpreendentemente ‘reprisou’
aquelas arrancadas quase do meio-de-campo entortando a ‘becaiada’ e
marcando gols geniais. Ótimo.
NEYMAR
Por fim, que colírio pros olhos ver em campo o inspirado Neymar, quer no Santos, quer na Seleção Brasileira!
Atrevo-me a projetar que se ele mantiver esta regularidade por mais
alguns anos será o segundo melhor jogador de todos os tempos do futebol
brasileiro.
Arrancar com bola dominada em alta velocidade, driblar indistintamente
com quaisquer das pernas e igualmente finalizar com boa pontaria é
tarefa para poucos.
Pra se completar, Neymar precisa descobrir um posicionamento mais
centralizado, com proximidade da área adversária, e se habituar a
receber a bola mesmo de costas, apesar da compleição física inadequada
pra isso.
Assim, sofrendo faltas mais perto do gol adversário, ele mesmo poderá
se encarregar das cobranças e passar a ter maior aproveitamento.
Outra coisa: ele deveria se posicionar na área adversária nas cobranças
de falta em dois lances. Numa bola espirrada, ele terá chances de
aumentar seu histórico de goleador.
Fonte/BlogdoAri
Nenhum comentário:
Postar um comentário