O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse nesta sexta-feira que
nenhuma edição anterior da Copa do Mundo de futebol foi tão fiscalizada
pelo Poder Público quanto a que vai acontecer no Brasil,
em 2014. “Posso dizer que temos a Copa do Mundo com o maior controle
público já realizada em todo o mundo”, declarou, em bate-papo no portal
da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Rebelo
participou do bate-papo com internautas ao lado do técnico da seleção,
Luiz Felipe Scolari, em programação transmitida ao vivo essa manhã, cujo
vídeo pode ser assistido no site.
“Só
no estádio do Maracanã, há 13 órgãos de controle acompanhando as obras.
Temos o Portal da Transparência. O Tribunal de Contas da União [TCU]
tem um ministro exclusivamente para acompanhar [os preparativos] para a
Copa”, comentou Aldo Rebelo. Ele garantiu que o Ministério do Esporte e o
governo federal têm o compromisso de evitar desperdícios e de prestar
contas de todo o gasto em obras que recebem dinheiro público.
“Em
alguns eventos esportivos, os custos são ampliados porque a previsão
inicial é uma projeção feita no momento em que a proposta é apresentada.
Só que, no país, tudo é reajustado. E muitas vezes o tempo [para a
conclusão da obra] também encarece [o custo final]”, disse o ministro.
Rebelo também garantiu que não só as cidades-sede
da Copa do Mundo vão se beneficiar da realização do evento. Citando um
estudo de uma empresa de consultoria, ele assegurou que, junto com os
Jogos Olímpicos de 2016, o campeonato mundial de futebol vai motivar a
criação de 3,6 milhões de empregos.
“Temos um programa de nacionalização dos benefícios
da Copa do Mundo. A Fifa e o Comitê Organizador Local já selecionaram
mais de 50 centros de treinamento, que são as cidades onde as seleções
vão fazer a aclimatação. Essas cidades terão que ter uma infraestrutura
hoteleira básica, um equipamento esportivo apto a servir para as
seleções treinarem”, disse Rebelo, lembrando que os grandes eventos
esportivos vão exigir investimentos que resultarão em benefícios para
toda a população.
“A preocupação com as telecomunicações,
por exemplo, é algo importante. Estamos nos esforçando para termos
banda larga e tecnologia 4G de acesso à internet e para telefonia
celular, não só nas cidades sede dos eventos, mas em todo o país. Há
investimentos das empresas, do governo federal e esforços para evitar
que, havendo algum problema, as transmissões sejam prejudicadas”,
acrescentou o ministro.
Questionado sobre a elevada procura por
ingressos para a Copa do Mundo, Rebelo esclareceu que o governo federal
não tem qualquer ingerência sobre as vendas, que estão aos cuidados da
Fifa. E acrescentou que tudo o que fez foi sugerir à entidade que
garantisse que a diversidade da população brasileira estivesse
representada durante as partidas. “Disse à Fifa que é necessário que
nossa população como um todo esteja representada na Copa e nos
estádios”, explicou.
Rebelo deu como exemplo a participação a
população indígena no Amazonas. “Não seria oportuno olharmos para o
estádio de Manaus e não vermos essas comunidades representadas. Ou a
população beneficiária do Bolsa Família, que gosta muito de futebol e,
talvez, não tivesse condições de comprar nem mesmo os ingressos mais
baratos”, comentou.
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