O ex-atacante Robbie Rogers explicou a
razão pela qual decidiu abandonar o futebol após ter se declarado gay.
Em entrevista ao “The Guardian”, publicada na edição de ontem, o
americano disse que seria impossível conviver com a pressão da imprensa
e da torcida.
- No futebol, é obviamente impossível se assumir. Imagine ir treinar
todo dia e estar no centro das atenções? Fariam um circo em cima disso.
Seria uma loucura – disse Rogers.A reação dos companheiros de equipe também era um temor, acrescenta Rogers, que parou de jogar aos 25 anos.
- Estava com muito medo de como meus companheiros de equipe iriam reagir. Isso (a revelação) os mudaria? Mesmo que eu continuasse sendo a mesma pessoa, eles mudariam o modo de se relacionar comigo no vestiário ou no ônibus?
O jogador publicou, em fevereiro, um comunicado em seu site oficial assumindo que era gay e, em seguida, anunciou que estava pendurando as chuteiras. Agora, ele espera que as coisas mudem no meio.
- Eu sei que as coisas vão mudar. Haverá mais jogadores gays. Eu só não sei quando e quanto tempo vai demorar para que isso ocorra.
Somando 18 partidas pela seleção americana, o meia disputou as Olimpíadas em 2008 e a Copa Ouro em 2009 e 2011. Apesar do currículo considerável, ele optou ainda assim por parar de jogar.
- Adicionando o aspecto gay não faz uma grande mistura. Não gostaria de lidar com esse circo. As pessoas só assistiriam você por que é gay? Eu só gostaria de ser um jogador de futebol.
Revelado pelo Orange County Blue Star, Rogers chegou à Europa com apenas 19 anos para jogar no Heerenveen. Um ano depois regressou ao seu país para atuar pelo Columbus Crew(2007-2011), clube pelo qual foi bicampeão da Major League Soccer e eleito para a seleção do torneio em 2008. Em 2012, voltou ao Velho Continente contratado pelo Leeds.
Fonte/ArivaldoMaia
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