segunda-feira, 1 de abril de 2013

Desprestígio no exterior faz juízes brasileiros sofrerem em rankings


Listas recentes de referências internacionais ratificaram pouco sucesso dos árbitros do Brasil. Eles apontam razões para a situação

Wilson Luiz Seneme deve representar o Brasil na Copa 2014 Foto: Mauro Pimentel / Terra
Wilson Luiz Seneme deve representar o Brasil na Copa 2014
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Referência mundial na elaboração de rankings, a Federação Internacional de História e Estatística (IFFHS) publicou duas classificações sobre a arbitragem internacional nos últimos dias. Ambas as listas, elaboradas com votos de aproximadamente 100 colaboradores de diferentes países, apontaram para o desprestígio da arbitragem brasileiro no exterior.

Em um dos rankings que diz respeito ao século atual, o mais bem colocado foi Marcio Rezende de Freitas, apenas na 38ª posição. Na lista seguinte, referente à temporada 2012, não havia qualquer brasileiro entre os 15 melhores do mundo. Nessa classificação, por sinal, o País só foi representado em duas vezes nos últimos 13 anos. O cenário é idêntico no site World Referee, especializado na análise da arbitragem e que elabora classificações anuais: de 2008 até hoje, só houve uma menção a brasileiros.

Para compreender a situação, o Terra ouviu os dois brasileiros de melhor reputação desde a aposentadoria de Carlos Eugênio Símon. Sálvio Spínola, que deixou o apito no último ano, teve seu ápice internacional ao comandar a decisão da Copa América 2011, entre outras competições no exterior. Ao saber que perderia a chancela de árbitro Fifa, resolveu parar de apitar. Só ele e o próprio Márcio Rezende de Freitas, entre os brasileiros, foram lembrados pela IFFHS neste século.

"Não considero crítico esse fato", explica Sálvio. "Fiquei bem cotado porque apitei da Copa América e muitos jogos das Eliminatórias. Se o Brasil tivesse ido para a final, não apitaria e não ficaria bem posicionado. Há um equatoriano bem posicionado porque esteve no Mundial de Clubes. Não poderia estar um brasileiro porque o Corinthians disputava", recorda. Segundo ele, a falta de escalas em muitos momentos internacionais, justamente por esse motivo, prejudica. Na Copa Libertadores, desde Márcio Rezende em 2001, não há juiz brasileiro na final.

Fonte/SóEsporte

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