Fred (duas vezes), Dante e Neymar marcaram os gols da Seleção Brasileira, que garantiu o primeiro lugar no Grupo A.
Foto:
Lauro Alves / Agencia RBS
Diogo Olivier, em Salvador
De longe, o melhor jogo desta Copa das Confederações. E desta vez foi
um show coletivo da Seleção Brasileira, apesar de Neymar, outra vez,
ter sido escolhido o melhor em campo pela Fifa. Com a vitória por 4 a 2
sobre a Itália (dois gols de Fred, um de Dante e outro do camisa 10),
que teve olé da torcida na Arena Fonte Nova, o time treinado por Felipão
vai à semifinal com uma campanha de luxo na primeira fase: três
vitórias em três jogos, com nove gols marcados, dois sofridos e saldo
sete.
O jogo começou com duas marcas brasileiras nesta Copa das Confederações. Uma delas é o hino cantado à capela pelo público, o que é emocionante. A outra é a blitz da Seleção nos 10 minutos iniciais.
Assim como aconteceu diante de Japão e México, o time de Luiz Felipe poderia ter aberto o placar mal o árbitro uzbeque Irmatov Rashvan apitou. Com menos de um minuto, Oscar e Hulk já tinham perdido chances claríssimas de gol.
Na primeira oportunidade, Fred trocou de posição com Oscar e o serviu pelo meio, mas ele demorou a concluir e o zagueiro chegou antes por baixo. Logo a seguir Hulk entrou pela esquerda e chutou para fora. A posse de bola mostra bem o que foi o primeiro tempo. O Brasil teve 63% de posse de bola, contra 37% da Itália.
Só um lado quis jogar. Os italianos se defendiam com uma linha de quatro quatro jogadores e outra de cinco à frente. Sacrificado, Balotelli nada pode fazer, mas ao menos deu o único chute contra Julio Cesar.
Na hora de atacar, Montolivo se posicionava entre as linhas, para buscar puxar um contra-ataque em uma roubada de bola. A saída do meia do Milan, por lesão, deixou a Itália ainda mais sem qualidade no passe. Giaccherini entrou em seu lugar a 25 minutos, e o meio-campo italiano caiu ainda mais de produção, praticamente encolhido em sua área.
O Brasil teve paciência. Soube tocar a bola e administrar eventuais erros de passe, já que a Itália tentava impedir os atacantes brasileiros de ficar de frente para o lance, encurtando o espaço. Fred, desta vez, se movimentou mais pelos lados, ajudando a tentar abrir o ferrolho italiano.
O trio de meias Neymar, Oscar e Hulk mostrou disciplina na recomposição defensiva, o que já virou característica do time de Felipão. Marcelo e Daniel Alvez tiveram dificuldade para apoiar, pois a Itália fechou os corredores.
Neymar, muito bem marcado, não brilhou como diante de Japão e México, mas a estrela apareceu de outra maneira. Foi dele a cobrança de falta da esquerda que, após rebatida da zaga, sobrou para Dante do outro lado: 1 a 0, resultado justo pelo que se viu nos 45 minutos iniciais. David Luiz, que entrou em campo com fratura na cartilagem do nariz, levou uma pancada na coxa e foi substituído pelo baiano do Bayern a 33 minutos do primeiro tempo.
No segundo tempo, o trio de meias marcou menos, talvez por cansaço da intensidade da primeira etapa, e a Itália teve mais espaços, para além do recuo natural em razão da dianteira no placar. E também do regulamento: vitória e empate classificavam o Brasil. Mas a marcação afrouxada pagou seu preço rapidamente. A 7 minutos, Dante saiu na intermediária para pular com Balotelli, mas ele deu de calcanhar na direita para Giaccherini. Marcelo estava fora do lugar, e Hernanes não se posicionou bem na cobertura. Marccherini chutou cruzado, decretando o empate.
Pois não deu nem tempo de os italianos comemorarem. A estrela de Neymar, apagada no primeiro tempo, brilhou. Ele entrou a drible, sofreu falta e cobrou com maestria: 2 a 1, a 10 minutos. Quando Fred fez o terceiro a 20 minutos, após receber lançamento em profundidade de Marcelo, livrar-se de Chiellini no corpo e deslocar Buffon, fazendo 3 a 1, parecia que a Seleção iria emplacar uma goleada histórica. Mas a Itália não é Japão ou México.
Ao seu jeito, com bola alçada na área, num bate-rebate, Chiellini descontou, a 26 minutos: 3 a 2. Aí o Brasil, pela primeira vez nesta Copa das Confederações, resolveu se defender mesmo e apostar no contra-ataque. Fernando entrou no lugar de Hulk (Hernanes foi adiantado para a linha de três) para reforçar a marcação no meio-campo. A Itália quase empatou, com um cabeceio no travessão, de novo em cobrança de escanteio. O lado esquerdo, com Dante, Marcelo e Hernanes, era envolvido. A entrada de El Shaaravy deu mais agressividade a Itália. Balotelli passou a ter parceria, e a pressão foi grande. Foi aí que a estrela de Fred, antes ofuscada pela de Jô, surgiu com tudo. Ele carimbou o placar final, de 4 a 2, com oportunismo, se aproveitando da bola rebatida por Buffon.
Um jogaço inesquecível, de alto nível, marcando a retomada do orgulho da Seleção nesta Copa das Confederações. Emplacar quatrilho na Itália não é todo dia.
Copa das Confederações - 3ª rodada - 22/06/2013
Brasil (4): Julio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz (Dante, 33'/1t), Marcelo; Luiz Gustavo, Hernanes; Oscar, Neymar (20 Bernard, 23'/2t),Hulk (5 Fernando, 31'/2t); Fred. Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Itália (2):Buffon; Abate (2 Maggio, 30/1ºt), Chiellini, Bonucci, De Sciglio; Marchisio, Montolivo (22 Giaccherini, 18'/1t), Aquilani, Candreva; Diamanti (14 El Shaarawy, 27'/2ºt), Balotelli. Técnico: Cesare Prandelli.
Gols: Dante (B), a 46 minutos do primeiro tempo. Na segunda etapa, Giaccherini (I), a 7, Neymar (B), a 8, Fred (B), a 20, Chiellini (I), a 26 minutos e Fred (B), a 43 minutos.
Cartões amarelos: David Luiz, Luiz Gustavo e Neymar (B); Marchisio (I).
Público: 48.874.
Arbitragem: Ravshan Irmatov (UZB), auxiliado por Abdukhamidullo Rasulov (UZB) e Bakhadyr Kochkarov (QUI). Local: Arena Fonte Nova, em Salvador.
Fonte/ZeroHora
O jogo começou com duas marcas brasileiras nesta Copa das Confederações. Uma delas é o hino cantado à capela pelo público, o que é emocionante. A outra é a blitz da Seleção nos 10 minutos iniciais.
Assim como aconteceu diante de Japão e México, o time de Luiz Felipe poderia ter aberto o placar mal o árbitro uzbeque Irmatov Rashvan apitou. Com menos de um minuto, Oscar e Hulk já tinham perdido chances claríssimas de gol.
Na primeira oportunidade, Fred trocou de posição com Oscar e o serviu pelo meio, mas ele demorou a concluir e o zagueiro chegou antes por baixo. Logo a seguir Hulk entrou pela esquerda e chutou para fora. A posse de bola mostra bem o que foi o primeiro tempo. O Brasil teve 63% de posse de bola, contra 37% da Itália.
Só um lado quis jogar. Os italianos se defendiam com uma linha de quatro quatro jogadores e outra de cinco à frente. Sacrificado, Balotelli nada pode fazer, mas ao menos deu o único chute contra Julio Cesar.
Na hora de atacar, Montolivo se posicionava entre as linhas, para buscar puxar um contra-ataque em uma roubada de bola. A saída do meia do Milan, por lesão, deixou a Itália ainda mais sem qualidade no passe. Giaccherini entrou em seu lugar a 25 minutos, e o meio-campo italiano caiu ainda mais de produção, praticamente encolhido em sua área.
O Brasil teve paciência. Soube tocar a bola e administrar eventuais erros de passe, já que a Itália tentava impedir os atacantes brasileiros de ficar de frente para o lance, encurtando o espaço. Fred, desta vez, se movimentou mais pelos lados, ajudando a tentar abrir o ferrolho italiano.
O trio de meias Neymar, Oscar e Hulk mostrou disciplina na recomposição defensiva, o que já virou característica do time de Felipão. Marcelo e Daniel Alvez tiveram dificuldade para apoiar, pois a Itália fechou os corredores.
Neymar, muito bem marcado, não brilhou como diante de Japão e México, mas a estrela apareceu de outra maneira. Foi dele a cobrança de falta da esquerda que, após rebatida da zaga, sobrou para Dante do outro lado: 1 a 0, resultado justo pelo que se viu nos 45 minutos iniciais. David Luiz, que entrou em campo com fratura na cartilagem do nariz, levou uma pancada na coxa e foi substituído pelo baiano do Bayern a 33 minutos do primeiro tempo.
No segundo tempo, o trio de meias marcou menos, talvez por cansaço da intensidade da primeira etapa, e a Itália teve mais espaços, para além do recuo natural em razão da dianteira no placar. E também do regulamento: vitória e empate classificavam o Brasil. Mas a marcação afrouxada pagou seu preço rapidamente. A 7 minutos, Dante saiu na intermediária para pular com Balotelli, mas ele deu de calcanhar na direita para Giaccherini. Marcelo estava fora do lugar, e Hernanes não se posicionou bem na cobertura. Marccherini chutou cruzado, decretando o empate.
Pois não deu nem tempo de os italianos comemorarem. A estrela de Neymar, apagada no primeiro tempo, brilhou. Ele entrou a drible, sofreu falta e cobrou com maestria: 2 a 1, a 10 minutos. Quando Fred fez o terceiro a 20 minutos, após receber lançamento em profundidade de Marcelo, livrar-se de Chiellini no corpo e deslocar Buffon, fazendo 3 a 1, parecia que a Seleção iria emplacar uma goleada histórica. Mas a Itália não é Japão ou México.
Ao seu jeito, com bola alçada na área, num bate-rebate, Chiellini descontou, a 26 minutos: 3 a 2. Aí o Brasil, pela primeira vez nesta Copa das Confederações, resolveu se defender mesmo e apostar no contra-ataque. Fernando entrou no lugar de Hulk (Hernanes foi adiantado para a linha de três) para reforçar a marcação no meio-campo. A Itália quase empatou, com um cabeceio no travessão, de novo em cobrança de escanteio. O lado esquerdo, com Dante, Marcelo e Hernanes, era envolvido. A entrada de El Shaaravy deu mais agressividade a Itália. Balotelli passou a ter parceria, e a pressão foi grande. Foi aí que a estrela de Fred, antes ofuscada pela de Jô, surgiu com tudo. Ele carimbou o placar final, de 4 a 2, com oportunismo, se aproveitando da bola rebatida por Buffon.
Um jogaço inesquecível, de alto nível, marcando a retomada do orgulho da Seleção nesta Copa das Confederações. Emplacar quatrilho na Itália não é todo dia.
Copa das Confederações - 3ª rodada - 22/06/2013
Brasil (4): Julio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz (Dante, 33'/1t), Marcelo; Luiz Gustavo, Hernanes; Oscar, Neymar (20 Bernard, 23'/2t),Hulk (5 Fernando, 31'/2t); Fred. Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Itália (2):Buffon; Abate (2 Maggio, 30/1ºt), Chiellini, Bonucci, De Sciglio; Marchisio, Montolivo (22 Giaccherini, 18'/1t), Aquilani, Candreva; Diamanti (14 El Shaarawy, 27'/2ºt), Balotelli. Técnico: Cesare Prandelli.
Gols: Dante (B), a 46 minutos do primeiro tempo. Na segunda etapa, Giaccherini (I), a 7, Neymar (B), a 8, Fred (B), a 20, Chiellini (I), a 26 minutos e Fred (B), a 43 minutos.
Cartões amarelos: David Luiz, Luiz Gustavo e Neymar (B); Marchisio (I).
Público: 48.874.
Arbitragem: Ravshan Irmatov (UZB), auxiliado por Abdukhamidullo Rasulov (UZB) e Bakhadyr Kochkarov (QUI). Local: Arena Fonte Nova, em Salvador.
Fonte/ZeroHora
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