quinta-feira, 20 de junho de 2013

Forlán decide em jogo 100 pela seleção e põe Uruguai no caminho do Brasil


Forlán atingiu mais uma façanha. Voltou a ser o maior goleador da seleção uruguaia em uma briga particular no time ao ultrapassar Luis Suárez. São 34 gols para o Colorado, contra 33.


Diego Forlán não escondia o incômodo tabu de mais de um ano sem gols pela seleção do Uruguai. Mas o dia foi especial para o atacante do Internacional. Ele voltou a balançar as redes em seu jogo número 100 com a camisa da seleção, voltou a ser o maior artilheiro da história de seu país e decidiu a vitória por 2 a 1 sobre a Nigéria, pela Copa das Confederações.

O feito de Forlán colocou o Uruguai bem próximo do caminho do Brasil nas semifinais, caso Neymar e companhia cumpram seu papel garantam ao menos um empate com a Itália, sábado, em Salvador. Com o Brasil confirmado em primeiro lugar no grupo A, o confronto estaria praticamente definido.

O Uruguai chega a três pontos e não deve ter trabalho para aplicar uma goleada sobre o Taiti, que amarga derrotas vexatórias (6 a 1 para Nigéria e 10 a 0 para Espanha) até agora na competição. Só dependerá de um triunfo da Fúria, campeã do mundo, sobre a Nigéria.

Além de dar alívio à sua equipe, que sofreu com problemas extracampo no Brasil e fez um jogo ruim contra a Espanha, Forlán atingiu mais uma façanha. Voltou a ser o maior goleador da seleção uruguaia em uma briga particular no time ao ultrapassar Luis Suárez. São 34 gols para o Colorado, contra 33.

O Uruguai que entrou em campo nesta quinta-feira pouco se assemelhava ao time que levou um ‘sufoco’ da Espanha. Com bom posicionamento tático, a equipe pressionou e encurralou a Nigéria em seu campo de defesa, obrigando os rivais a dar chutões para frente nos minutos iniciais.

A Nigéria conseguiu equilibrar o jogo, mas foram os uruguaios presentes em Salvador quem sorriram primeiro em jogada dos pés de um ídolo são-paulino.  O zagueiro Diego Lugano recebeu cruzamento de Forlán, contou com o erro de Cavani que furou o chute e empurrou para o gol vazio aos 18 minutos.

Mas o domínio Celeste durou pouco. O Uruguai voltou a apresentar a falhas vistas diante da Espanha.  Suárez e Cavani ficaram isolados no ataque em um time com laterais que pouco apoiavam e três volantes. Após o gol, eles recuaram e não conseguiam armar contra-ataques.

A Nigéria conseguiu se organizar e se lançou ao ataque. Os laterais ganharam liberdade para chegar à frente, ajudados pelos atacantes que exerciam bem o papel da marcação. Tiveram a seu favor ainda o pequeno poder defensivo dos atacantes rivais.

A Nigéria teve paciência, tocou bola, esperou o momento certo e parecia saber que o gol era questão de tempo.  Mikel encontrou espaço pelo meio e contou com uma grande bobeira da zaga. Lugano permitiu um drible bobo que resultou no gol aos 36 minutos. O jogo esfriou nos minutos finais com os dois times à espera do intervalo.

A bronca do técnico Óscar Tabárez surtiu efeito no intervalo. Logo com cinco minutos, o ‘trio sensação’ mostrou sua eficiência e marcou um golaço. Suárez roubou a bola e tocou para Cavani. De primeira, ele rolou para Forlán, que chegou batendo de primeira no ângulo de Enyeama.

O Uruguai provou que voltou com outra postura em campo e corrigiu os erros de posicionamento. O time acertou a marcação dos adversários e, vencendo o jogo, esperava uma boa oportunidade de contra-ataque.

A Nigéria tentava pressionar, mas passou a errar muito. Uma de suas principais armas ofensivas, o volante Mike ficou afastado dos atacantes e não conseguia mais jogar tão solto. Os africanos já sentiam o cansaço, enquanto o Uruguai se fechava todo em sua defesa e dava chutões até concretizar o resultado.

Fonte/MiltoNeves

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