terça-feira, 9 de julho de 2013

Fluminense vai oferecer ajuda a lateral-esquerdo que foi ídolo nos anos 1960


Jair (ao centro) participa de evento que celebra Mundial de 1962 Foto: Jorge William / Agência O Globo
Jair (ao centro) participa de evento que celebra Mundial de 1962 Jorge William / Agência O Globo
RIO - Após pedido do Ministério do Esporte, o Fluminense se comprometeu ontem a oferecer ajuda ao bicampeão mundial e ex-lateral do clube Altair Gomes de Figueiredo, de 75 anos, que sofre do Mal de Alzheimer e, no último sábado, ficou perdido por dez horas em Brasília. Altair defendeu o tricolor nos anos 1960 e é o quarto jogador com mais partidas pelo time: 551. Em Brasília para receber uma homenagem da Embaixada da República Checa pelo título mundial de 1962, ele chegou a participar de um almoço de confraternização com colegas de seleção na sexta-feira. No dia seguinte, desapareceu do hotel onde estava hospedado pouco antes de o grupo seguir para o estádio Mané Garrincha para ver a estreia do Brasil na Copa das Confederações. Altair só foi encontrado no fim da noite, por jornalistas, andando desorientado na Avenida das Nações, uma das principais vias da capital. Segundo Peter Siemsen, presidente do Fluminense, a família do craque foi procurada em 2011, mas recusou ajuda.
Altair já está em casa, em São Gonçalo, onde é atendido por uma cuidadora. Colega de Altair dos tempos de Fluminense e seleção, Jair Marinho diz que o craque vem apresentando sinais da doença há dois anos, mas que não esquece dos tempos de glória:
- Ele lembra daquela época com detalhes, mas esquece de situações recentes, como o que lhe aconteceu enquanto esteve perdido em Brasília. Quando nos encontramos falamos muito de futebol.
Ainda segundo Jair Marinho, apesar da doença, Altair costuma se locomove sozinho, indo a sua casa visitá-lo, em Niterói, e também a outros pontos da cidade, como a Estação das Barcas e as praias de Icaraí e São Francisco.
- Como ele é muito conhecido, não tem problema. E se for durante o dia, não se perde. Só à noite é que ele se desorienta - diz Jair, que também costuma levá-lo para passear. - Sempre que posso o levo para ver jogos. Comigo ele não se perde, porque tomo conta dele. Se estiver bem, talvez o leve ao Maracanã na próxima quinta-feira para ver Espanha e Taiti.
O nome de Altair figura na Parede dos Ídolos do Futebol Tricolor, na sede do clube. No Fluminense, ele conquistou três títulos estaduais (1969, 1964 e 1969) e dois Torneios Rio-São Paulo (1957 e 1960), sendo um de seus laterais-esquerdos de maior destaque. Pela seleção, jogou 22 partidas. Altair foi considerado por muitos o melhor marcador que Garrincha já teve.

Fonte/CorreiodoPovo

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