sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Atletas rechaçam proposta da CBF e já ameaçam protestos




O Bom Senso F.C. rechaça a proposta de calendário da CBF para 2015, como revelou anteontem a Folha, e pretende fazer protestos. O tom que será adotado, porém, divide as opiniões do grupo.
É consenso no movimento --com mais de mil atletas-- que o projeto não atende as solicitações. O projeto concede férias de 30 dias e um mês de pré-temporada, mas mantém número alto de jogos.
 Para expor a insatisfação, os jogadores não encontraram ainda a maneira exata para se manifestar. O abraço coletivo antes das partidas feito há três semanas repercutiu e demonstrou força, mas alguns defendem um protesto mais forte contra a CBF, a ser realizado durante as partidas do Brasileiro.
Outros entendem que, como ainda há espaço para negociação com a confederação e com a Globo, detentora dos direitos de TV do futebol, é mais sensato tentar rediscutir ideias ou propor novas antes de bater de frente.
COMO FUNCIONA - Para a rodada do Brasileiro do fim de semana passado, uma proposta na linha "bater forte" foi discutida entre os líderes, cerca de 20 jogadores que se comunicam pelo "WhatsApp", aplicativo de mensagens por celular.
O resultado da discussão mostra um pouco como é o gerenciamento das decisões. 
Dida, goleiro do Grêmio, argumentou que não era o momento de se indispor principalmente com a Globo e os clubes --a ideia apresentada incomodaria essas duas partes. Todos acataram a sugestão de Dida e o assunto foi encerrado naquele momento.
O Bom Senso evita caracterizar líderes, mas um jogador acabou se tornando a "cara" do movimento. Paulo André trabalhava há dez meses no projeto. Se o Bom Senso tem um pai, este é o zagueiro do Corinthians.
Os cinco pontos que norteiam o grupo foram pensados por Paulo André, mas aprimorados com ajuda de jogadores mais atuantes no projeto, como Alex, meia do Coritiba, e Dida.
O goleiro é a principal surpresa para membros do grupo, já que é conhecido por ser introspectivo. Hoje Dida é sempre um dos primeiros com quem Paulo André conversa quando quer posicionar o grupo sobre o próximo movimento a ser dado.
 
Fonte/Piauí

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