Motorista muda versão e diz que saiu para beber

O motorista do ónibus do Formosa, veículo que ficou desaparecido por mais de 24 horas, voltou atrás em seu depoimento e admitiu o uso de drogas na noite anterior ao jogo da primeira rodada do Campeonato Brasiliense. O Brasília faturou a partida por W.O, já que os jogadores adversários ficaram de pés descalços.
Moisés Martins, delegado responsável por investigar o caso, explicou que Charles Amâncio Vieira, de 34 anos, admitiu ter saído para beber e tido uma recaída em um vício antigo, o crack. O motorista afirma estar lutando há um ano para se libertar do problema.
“Encontramos algumas contradições na primeira versão passada por ele. Quando o confrontamos, ele confessou ser usuário de drogas. Disse que encontrou outro usuário no centro de Taguatinga e teve uma recaída. Uma prostituta também teria sido levada para o interior do ônibus. Quando os dois elementos saíram do veículo, ele começou a rodar pela cidade e foi abordado por mais dois indivíduos, que é a parte que ele fala que houve o roubo”, esclareceu Moisés.
Como na primeira versão, Charles ainda afirma que foi levado por esses dois homens até a cidade goiana de Águas Lindas, perto do Distrito Federal. Lá, as chuteiras teriam sido vendidas pelos meliantes. A suspeita é de que esta parte da história não seja verídica.
Uma das hipóteses levantada pelos policiais é a de que Charles pode ter participado da venda dos materiais esportivos para comprar mais drogas. Parte dos produtos foi recuperada pela policia militar de Águas Lindas, no último domingo. Uma moradora da cidade fez a denuncia, afirmando que as chuteiras foram deixadas por um parente em sua casa. O homem foi identificado como Sícero Aparecido de Alencar, que está sendo procurado. Ele já teve passagem pela Justiça por porte ilegal de arma.
“Caso fique provado que o Charles inventou a história e que esteja imputando ao Sícero essa acusação de roubo com restrição de liberdade, sabendo que ele não é autor desse crime, ele vai responder por denunciação caluniosa. No caso dos objetos, caso ele tenha ficado com eles e dado um destino diverso, será acusado de apropriação indébita”, finalizou.

Fonte/GazetaEsportiva