segunda-feira, 5 de maio de 2014

Rosilene quebra o silêncio, fala sobre afastamento da FPF e se diz "amada"



Em 25 anos comandando a Federação Paraibana de Futebol (FPF), nunca o poder de Rosilene Gomes esteve tão ameçado. Há quase um mês fora da presidência da entidade, por determinação da juíza Renata da Câmara Belmont, da 8ª Vara Cível de João Pessoa, ela finalmente quebrou o silêncio (e a recomendação dos advogados) para falar com exclusividade à reportagem.
Demonstrando uma tranquilidade que não parece condizer com a sua situação, Rosilene  não quis fazer projeção de quando ou se vai voltar ao comando da FPF. Mas acredita que o momento turbulento já serviu para fazer vê-la o quanto é "querida pelos clubes".
- Depois de mais de vinte anos comandando a Federação posso dizer que me sinto honrada em ter o apoio de tantos clubes. Praticamente todos. E não são apenas os amadores. Os clubes profissionais, com exceção de Botafogo, Auto Esporte e Sousa, estão comigo e já deixaram isso claro. Me sinto amada pelo clubes - frisou Rosilene.
Na semana passada, Treze, Campinense e CSP entraram com um novo pedido para serem inclusos como "parte interessada" na ação que a retirou do poder. Na prática, eles querem apresentar provas e recursos que ajudem na recondução de Rosilene Gomes para o cargo. A decisão deste pedido está novamente nas mãos da juíza Renata da Câmara Belmont. Já o pedido de liminar contra a decisão inicial da magistrada ainda não foi apreciado pelo desembargador Abraham Lincoln.
 A presidente afastada não quis entrar no mérito da decisão da justiça, e deixou claro que tudo está sendo conduzido pelos advogados. Também se esquivou quando perguntada se houve alguma falha do departamento jurídico da FPF - ela só foi deposta porque não enviou a documentação pedida pela Justiça em relação à eleição de 2010, quando foi reeleita por aclamação.
- Não sei se houve falha ou não. Não sou jurista. Os advogados estão cuidando disso da melhor forma possível - constatou, sem querer se prolongar no assunto.
Em relação ao "exílio" de 27 dias longe da Federação, Rosilene diz que está aproveitando para ficar mais perto da família. E fez questão de dizer que está bem .
- Como não poderia ser feliz? Tenho saúde e uma família que me ama. Só não estaria feliz se tivesse algum problema de saúde, por exemplo. Não tenho do que reclamar - emendou.
Rosilene Gomes foi afastada da FPF no dia 3 de abril depois que a juíza Renata da Câmara Belmont viu indícios de irregularidade na sua última reeleição. Como ela não enviou no prazo estabelecido a relação dos votantes (com CNPJ e representantes legais), a magistrada decidiu pelo afastamento da presidente e a indicação de uma intervenção para se apurar as denúncias feitas numa ação do Auto Esporte. A Junta a princípio tem 120 dias para estudar a atual situação da entidade.
Fonte/Globoesporte

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