De acordo com testemunhas na época, Esposito foi baleado pelo torcedor da Roma Daniele De Santis, que teria atirado bombas na direção de um ônibus com torcedores do Napoli. Entre os quais, Esposito, que se juntou a um grupo e decidiu tirar satisfação com De Santis, mas foi surpreendido com a ação do romano, que sacou uma arma e disparou contra as pessoas.
Esposito acabou atingido no peito e foi imediatamente encaminhado a um hospital, mas após uma longa batalha não resistiu e morreu nesta quarta. A confirmação foi dada por comunicados oficiais do próprio hospital e da família. De Santis, que disparou quatro tiros no total, acabou preso e seria julgado por tentativa de assassinato.
A família de Esposito garantiu que o torcedor reagiu contra De Santis para salvar as outras pessoas que estavam no ônibus. "Nosso Ciro ouviu o choro de crianças que, com suas famílias, queriam ver um jogo de futebol. O Ciro morreu para salvar os outros", afirmava em comunicado.
Os familiares do napolitano morto ainda pediram ações das autoridades. "Pedimos às instituições que façam a parte delas. Daniele De Santis não estava sozinho. Queremos que seus cúmplices sejam identificados e julgados. Pedimos ao primeiro ministro que determine os políticos que poderiam ter responsabilidade pelo que aconteceu. Ninguém vai trazer nosso Ciro de volta, mas queremos justiça em seu nome, e não vingança."
Ciro Esposito foi vítima da histórica rivalidade regional entre romanos e napolitanos. Naquele 3 de maio, momentos antes da decisão, uma confusão generalizada tomou conta das ruas de Roma e ameaçou o cancelamento da partida no Estádio Olímpico. Ela só foi realizada depois que Hamsik, eslovaco ídolo da torcida do Napoli, subiu sozinho ao campo e, acompanhado de policiais, se dirigiu ao líder de uma torcida do seu time. Após uma breve conversa, conseguiu acalmar o clima nas arquibancadas
Fonte/Estadão
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