Devido a riscos de desabamento, o estádio Aluízio Ferreira foi
interditado pelo Corpo de Bombeiros. A licitação para o novo Aluizão foi
adiada, no ano passado, porque uma das empresas que concorriam ao
edital, ingressou com um pedido de vista do processo.
Interditado em maio de 2013, pelo Corpo de
Bombeiros, sob a alegação de que o mesmo oferecia risco de desabamento, o
Estádio Aluízio Ferreira deverá ser reconstruído, mas as obras se
arrastam há mais de um ano.
A licitação da obra do Aluizão foi adiada,
no ano passado, porque uma das empresas que concorriam ao edital,
ingressou com um pedido de vista do processo. A data marcada para o novo
lançamento do edital, 26 de dezembro de 2013, foi novamente suspensa,
desta vez porque o Tribunal de Contas do Estado (TCE) solicitou uma
revisão.
Na última terça-feira (7), o processo foi
devolvido ao TCE. A superintendente Eluane Martins Silva informa que
conversou com o relator do processo, que garantiu que o mesmo será
liberado nos próximos dias. “Se tudo der certo e não houver nenhuma
contestação na Justiça, 90 dias depois da liberação do certame, pelo
TCE, finalmente as obras serão iniciadas”, disse o coordenador de
Planejamento do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), José Eduardo
Guidi.
Centro Olímpico
Depois de reformado, o Estádio Aluízio
Ferreira terá um centro olímpico, com pista de atletismo oficial e campo
de futebol, sala de musculação, salas de planejamento e cursos,
gerência de esportes, quadra poliesportiva, camarotes e arquibancada com
cobertura. A pista de atletismo medirá 400 metros. Também está prevista
a construção de estrutura para salto com varas, arremesso de dardos e
martelo, além de salto em altura e a distância. Na área externa será
construído um estacionamento.
Prejuízos
Com o Aluizão fechado para reforma, as
agremiações de Porto Velho utilizaram o estádio de Ariquemes para a
realização dos jogos do campeonato estadual, em 2013, mas o número de
torcedores das partidas foi muito pequeno, afirma o presidente interino
do Gênus, Edney Lucas Lima. “Se compareceram 50 pessoas foi muito,
enquanto nas partidas com os times locais, o número de torcedores que
vai ao campo chega a 2 mil”, reclama.
A falta de estádio também desanima os
patrocinadores. “Eles querem jogos na própria cidade”, afirma. “A massa
dos nossos torcedores está em Porto Velho e não nas cidades vizinhas”,
considera o presidente do Moto Esporte Clube, João Lima Gonçalves.
O dirigente do Moto critica o projeto de
reconstrução do Aluízio Ferreira, que vai reduzir a capacidade de
público que antes era de 7 mil, para 3.500. Segundo ele, com a redução,
fica inviabilizada a possibilidade de realização de partidas da segunda
fase da Copa do Brasil em Porto Velho, porque o regulamento da
competição exige estádios com no mínimo sete mil lugares.
João Lima Gonçalves cita que no interior de
Rondônia, as prefeituras apoiam as agremiações, o que não ocorre na
capital. Ele também reclama da falta de apoio da Federação de Futebol de
Rondônia, cujo presidente, Heitor Costa, foi reeleito e deverá ficar no
cargo até 2019. “É o Fidel Castro do nosso futebol”, compara ele.
O Diário tentou entrar em contato com o presidente da FFER, Heitor Costa, mas a assessoria alegou que ele está viajando.
Biancão interditado em Ji-Paraná
O governo é responsável pelos estádios dos
dois maiores municípios de Rondônia: o Aluizão, em Porto Velho, e o
Gerivaldão, em Ji-Paraná, ambos interditados. No caso de Ji-Paraná, a
secretária Eluane Martins Silva disse que teve uma reunião, na semana
passada, com o Departamento de Obras Civis e Serviços Públicos (Deosp),
onde ficou acertado que o governo vai providenciar projetos de
acessibilidade de combate a incêndio, entre outras obras paliativas,
para atender às exigências do Corpo de Bombeiros e liberar o uso do
complexo esportivo.
Fonte: Diário da Amazônia
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