Sem salários, jogadores do Baraúnas cruzam os braços
Baraúnas registra sua terceira greve em um ano. Isaías
vive o segundo movimento grevista na mesma temporada.
Os indícios de uma greve no Baraúnas já
haviam aparecido na tarde da quarta-feira (27), quando o goleiro Érico,
em entrevista ao programa 95 Esportes, alertou para a situação que
estava chegando ao seu limite. Na oportunidade, Érico revelava que
parte do grupo já atingira dois meses de salários atrasados e que uma
interrupção nos trabalhos não estava descartada. Na tarde desta quinta-feira (28), a
previsão se concretizou. Quem foi à Toca do Leão viu poucos jogadores.
Alguns apenas se divertiam praticando um futvolei no mini-campo em
frente à sede. Outros batiam papo na varanda da casa do atleta. A
maioria nem compareceu. Treino mesmo não houve. “Ninguém tá querendo isso não (greve).
Estamos trabalhando desde o início. Já passou dos dois meses e a gente
quer trabalhar, como sempre fizemos aqui. Não queremos fazer greve. A
gente sabe que a situação no Baraúnas é complicada. Quem entrou aqui
entrou sabendo que ia ser complicado, mas também não esperávamos que
seria tanto assim. Já são dois meses de atraso. A gente espera que
alguém venha para concretizar pelo menos um mês para que a gente possa
dar sequência ao nosso trabalho”, desabafou o capitão Nildo, enquanto
aguardava a chegada do gerente Zezinho Mossoró com alguma resposta. Por telefone, o técnico Isaías
confirmou que o grupo havia tomado a decisão de cruzar os braços e que o
retorno nesta sexta-feria (29) depende, exclusivamente, do pagamento. “Depende do pagamento. Completamente.
Foi um acerto entre os jogadores e foi passado para nós da comissão e a
gente passou para a direção. A gente tá aguardando a solução do problema
para que a gente venha retornar (treinos). A princípio está marcado
treino em dois expedientes amanhã (sexta), mas tudo vai depender do
desenrolar dos acontecimentos agora à noite”, informou o treinador. Esta é a segunda vez que Isaías, como
treinador, enfrenta uma greve no clube. A primeira ocorreu no primeiro
semestre deste ano, durante a disputa do Campeonato Estadual (relembre).
Ano passado, pelos mesmos motivos, o clube já havia se deparado com
outra greve dos atletas, só que em condições piores. Foi durante a
disputa da Série C, quando o time era dirigido pelo carioca Samuel
Cândido. Na oportunidade, o atraso no pagamento já beirava os três
meses. Fonte/Fábio Oliveira
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