O responsável pelo Comitê de Ética da Fifa, Michel Garcia, ordenou que todos dirigentes da entidade devolvam o presente
CBF
garante que recolheu todos os relógios que foram dados pela entidade
como presentes para os cartolas da Fifa, durante a realização da Copa do
Mundo, em junho, no Brasil. A decisão de devolver os presentes veio
depois que um dos dirigentes denunciou o "incidente". Para a CBF, porém,
o caso já está "encerrado".
Neste fim de semana, a Fifa
anunciou que está investigando os presentes que a CBF deu a cartolas
durante a Copa do Mundo, principalmente um relógio de luxo que cada
dirigente encontrou em seu quarto de hotel quando chegou ao Rio. A
entidade brasileira teria gasto quase R$ 1 milhão nesses agrados.
A
informação é de que o responsável pelo Comitê de Ética da Fifa, Michael
Garcia, ordenará nesta semana que os cartolas devolvam os presentes,
avaliados em milhares de euros. A CBF pode ainda ser multada ou
penalizada por ter enviado os relógios aos 25 membros do Comitê
Executivo da Fifa.
Os produtos eram da empresa Parmigiani,
patrocinadora da CBF e desenhados com exclusividade para a Copa. Fontes
próximas à CBF na Suíça confirmaram que a entidade deu os presentes,
antes mesmo de o início da Copa. Os modelos foram fabricados com
exclusividade pela companhia, em comemoração aos 100 anos da CBF.
Mas
um dos beneficiados pelo agrado denunciou o gesto que, de fato, está
proibido pelo código de ética da Fifa. A CBF, então, decidiu recolher os
relógios, alguns de mais de R$ 50 mil. Para a entidade brasileira,
presidida por José Maria Marin, a devolução dos produtos deve ser
considerada e o caso está "encerrado".
Na Fifa, a entidade
insiste que uma decisão será tomada nesta semana. Mas o momento do
anúncio do constrangimento sobre a CBF não é por acaso. Na sexta-feira, o
presidente da entidade, Joseph Blatter, promove um seminário sobre
ética, num esforço de mostrar ao mundo de que é uma pessoa que combate a
corrupção às vésperas da eleição para a presidência da Fifa, em 2015,
quando tentará ser reeleito.
Fonte/DiáriodoPovo
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