- Brasileiras comemoram ponto contra a Rússia
A partida deste sábado valia mais pela rivalidade do que qualquer outra coisa. O Brasil já estava classificado e as russas sabiam que o jogo de domingo, contra a Sérvia, será o decisivo para suas pretensões na competição.
Neste domingo, o Brasil volta à quadra, agora o duelo é contra os Estados Unidos, a única seleção desta competição a conquistar todos os pontos que disputou. Quem vencer terminará a fase como líder e será cabeça-de-chave no sorteio que definirá os grupos da terceira fase.
Fases do jogo: O Brasil começou em um ritmo muito intenso disposto a não dar nenhuma chance para a equipe russa. E conseguiu isso durante boa parte do primeiro set até a entrada de Gamova em quadra. A algoz brasileira pareceu assustar a equipe e ajudou a Rússia a diminuir a diferença. Mas a reação parou por aí, o bloqueio brasileiro voltou a aparecer e definiu o set.
No primeiro set, quase todas as atletas que estiveram em quadra pelo Brasil pontuaram. A exceção foi a líbero Camila Brait, que não tem como atacar. Fabíola participou da jogava decisiva da parcial, mas não encostou na bola ao tentar virar a bola de segunda.
Nada melhor do que começar o segundo set colocando pressão nas russas e Dani Lins, nos dois primeiros saques mostrou isso. O primeiro dificultou a recepção, e o segundo acabou com um ace.
Com esse início promissor, a parcial se construiu exatamente da mesma forma da primeira. O Brasil abriu frente, quase cedeu o empate com a entrada de Gamova e voltou abrir frente. Mas, tudo mudou na reta final. A equipe brasileira voltou a cair de rendimento e acabou perdendo a parcial, que estava praticamente em suas mãos. Os erros de ataque e recepção, o principal defeito da seleção até aqui voltaram a aparecer.
A alegria e a empolgação das brasileiras voltaram no início do terceiro set. Cada ponto era muito comemorado e isso foi desestabilizando o time russo, que passou a errar novamente na recepção. E desta vez o time não teve a queda de rendimento e conseguiu voltar à frente do placar.
O domínio brasileiro sumiu no começou do quarto set. Desde o primeiro ponto, as russas cresceram na partida e abriam consideravelmente a diferença graças aos erros bobos da seleção. O Brasil chegou a melhorar na parcial e voltou a equilibrar o jogo dentro de quadra. A seleção conseguiu tirar uma diferença de sete pontos.
Toque dos técnicos – A Rússia tinha problemas de recepção ao longo de toda a competição e o técnico José Roberto Guimarães falou abertamente sobre isso. Não atoa, o Brasil forçou muito o saque explorando os erros de passes russos. Do outro lado, Marichev Yuri optou por deixar Gamova no banco de reservas, sua entrada em quadra foi sempre perigosa para o Brasil, mas ela passou boa parte do duelo de fora.
Melhor – Jaqueline: A empolgação da jogadora dentro de quadra foi algo assustador. Ela melhorou muito seu desempenho na recepção de saques, fez pontos de ataque e de bloqueio e ainda provocou as russas tentando desiquilibrar as adversárias.
Pior – Scherban: A recepção da jogadora russa foi o ponto explorado pelo Brasil que chegou a sacar até 11 vezes em sua direção em um único set. E ela mostrou o motivo da tática brasileira ao dar passes complicados em muitos lances.
Para lembrar
Empolgação. Era nítida a vontade brasileira de vencer a cada jogo. Mais do que nunca, as brasileiras gritavam e comemoravam a cada ponto na partida. Os de bloqueios eram os mais festejados.
Tela azul. Quem nunca ficou irritado ao ver seu computador desligar e aparecer apenas uma tela azul? Desta vez quem sofreu com isso foi a organização do Mundial que viu seu telão travar.
Provocação. Jaqueline deu uma cutucada nas russas após marcar um ponto na rede. Ela fez um gesto de "vem" para as adversárias e viu Koselheva balançar negativamente a cabeça.
Primeiro set. A atuação quase perfeita do Brasil ficou evidente na pontuação. Das 10 atletas que estiveram em quadra, oito pontuaram. Apenas Camila Brait, que não pode atacar, e Fabiola passaram a parcial em branco.
Fonte/Uol
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