Com três vitórias em três jogos depois da Copa do Mundo - a última contra a Argentina - equipe do técnico Dunga tenta fechar a excursão pela Ásia em alta
Neymar e Robinho durante treinamento em Cingapura. Capitão
da seleção sente dores, mas está confirmado contra o Japão
(Rafael Ribeiro / CBF/Divulgação)
Segundo Dunga, um eventual tropeço diante dos japoneses poderia derrubar a confiança conquistada nos últimos jogos. Por isso, ele pede aos jogadores que mantenham a seriedada dos jogos anteriores. "Seleção brasileira tem de trabalhar em cima da qualidade e resultado. Se entramos sem concentração contra o Japão, tudo que fizemos contra a Argentina vai se perder porque virão críticas. Vão dizer que a seleção não é mais a mesma", afirmou o treinador, que se envolveu em uma discussão com jornalistas da TV Globo na entrevista desta segunda. Dunga e os atletas também reclamaram muito da condição do gramado, que estaria alto e cheio de falhas e areia.
O time brasileiro deve ter ao menos uma mudança em relação à equipe que bateu a Argentina: o zagueiro David Luiz deixou o clássico sul-americano machucado e deve ser substituído por Gil, do Corinthians. Neymar, que terminou o jogo contra a Argentina com as pernas bastante machucadas, está confirmado. "A cada jogo, Neymar parece que jogou contra um gato e sai todo arranhado", afirmou Dunga, em um raro momento de descontração. Após o treino desta segunda, Neymar passou pela zona mista do estádio e disse conhecer bem o adversário. “É uma grande equipe, rápida, que toca e marca, tem muita movimentação. Tem grandes jogadores, como o Honda e o Kagawa, temos de ficar de olho para não sermos surpreendidos." Kaká, que atuou com Keisuke Honda no Milan na última temporada, também citou o meia como a principal arma dos japoneses: “O Japão tem um time muito técnico e perigoso.".
Aguirre admite que as chances de a sua equipe vencer o Brasil são pequenas. O técnico mexicano prevê um Brasil ofensivo e diz que a chave do jogo de seu time passa pelo psicológico dos atletas. "O importante é entender que o Brasil terá mais posse de bola. É preciso jogar 100% concentrado e marcar nas oportunidades que tiver. Sem isso não há como vencer. Não acho que teremos mais do que três oportunidades, temos de marcar em todas.”

Brasil e
Argentina se enfrentam pelo Superclássico das Américas, no Ninho do
Pássaro, em Pequim - Heuler Andrey/Mowa Press/Divulgação
Os desafios de Dunga na volta à seleção
Resgatar a confiança do time
Em sua primeira lista, Dunga chamou apenas dez jogadores que
participaram da última Copa do Mundo. Todos eles, no entanto, ainda têm
bem vivas na memória as lembranças da derrota por 7 a 1 para a Alemanha
no maior vexame da história da seleção brasileira. Um dos candidatos a
receber a faixa de capitão do time de Dunga, o zagueiro David Luiz foi
um dos atletas que mais sofreram depois do massacre no Mineirão. Oscar e
Marcelo, outras referências do novo ciclo da seleção, também ficaram
marcados negativamente. A primeira missão de Dunga é elevar o moral
destes jogadores e, para isso, ele poderá usar a si mesmo como exemplo.
Após a Copa de 1990, ele se tornou o símbolo de uma geração fracassada.
Quatro anos depois, foi o capitão na conquista do tetracampeonato nos
Estados Unidos.Fonte/Estadão














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