quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Árbitro acusado de roubo, ganha processo contra presidente do Vasco


Dinamite afirmou que seu time foi ‘roubado’ pelo árbitro Wagner dos Santos Rosa em partida contra o Flamengo disputada em 2012 no Engenhão
Acusado pelo presidente do Vasco, Roberto Dinamite, de ter favorecido o Flamengo em clássico disputado em abril de 2012 no Engenhão, partida válida pela Taça Rio, o árbitro Wagner dos Santos Rosa (foto) entrou com uma ação contra o dirigente vascaíno.
Entenda
Em abril de 2012, jogaram Vasco e Flamengo no estádio do Engenhão em partida valida pela sétima rodada da Taça Rio. Os rubro-negros venceram por 2x1, a partida foi tumultuada após o apito final, o árbitro foi cercado por jogadores do Vasco e ouviu que teria prejudicado o time em favor do Flamengo seguido de muitos empurrões e tentativas de agressões. No tumulto, o árbitro não mostrou cartão vermelho pra ninguém, mas relatou a expulsão de cinco jogadores da equipe cruz-maltina: Rodolfo, Eduardo Costa, Diego Souza, Fágner e Felipe Bastos. 

A bronca vascaína foi pela não marcação de um pênalti sobre Thiago Feltri quando a partida estava empatada em 1 a 1. O lateral-esquerdo alegou ter sido tocado pelo zagueiro Welinton. O lance, porém, foi duvidoso. Feltri projetou o corpo e se jogou. O árbitro estava perto do lance e mandou a jogada seguir.

Irritado, Dinamite acusou Rosa de ter intencionalmente colaborado para a vitória dos Rubro-Negros.
"Não podemos ser ‘roubados’ como fomos na partida de hoje", afirmou o dirigente à imprensa na época.
Os xingamentos e acusações do dirigente viraram processo de numero 0249095-90.2012.8.19.0001, movido pelo árbitro contra Carlos Roberto de Oliveira, mais conhecido como Roberto Dinamite.

Segundo a inicial do processo redigida por Giulliano Bozanno, advogado de Wagner Rosa, Dinamite denegriu a honra em várias matérias jornalísticas, quando afirmou que o árbitro 'estava mal intencionado´ e ´roubou o Vasco´, imputando-lhe uma atitude caluniosa, criminosa e ofensiva. O árbitro pediu a retratação por órgão de imprensa nacional, além de indenização a título de danos morais.
Para a defesa de Dinamite, o exercício da profissão de árbitro de futebol, enseja maior exposição à mídia, uma vez que o futebol desperta sentimentos que ´a razão desconhece´, que Wagner Rosa estava ciente quando escolheu a profissão, e que tais estímulos negativos não ensejam danos morais, os quais sequer foram comprovados.
Em uma primeira audiência, não houve conciliação.
Em decisão ocorrida no ultimo dia 27 de setembro de 2014, o juiz da 38ª Vara Cível do Rio de Janeiro, Ricardo Cyfer, considerou a ação parcialmente procedente e condenou Roberto Dinamite a pagar ao árbitro o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) por danos morais, acrescidos de juros, além das despesas processuais e honorários advocatícios arbitrados em 10% sobre a condenação.
Fonte/ApitoNacional

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