sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Ex-goleiro e atualmente preparador do Tufão tem ‘ganha pão’ diferente fora dos gramados


Guanair da Silva Conceição administra uma fábrica de papagaios de papel que vai de vento em popa, na Cidade Nova, Zona Norte de Manaus

Guanair exibe seus 'papagaios', fabricados com o que há de melhor no mercado
Guanair exibe seus 'papagaios', fabricados com o que há de melhor no mercado (Euzivaldo Queiroz)
Ser arrojado e voar sem limites sempre foram sonhos da vida do ex-jogador e hoje preparador de goleiros Guanair da Silva Conceição, 47. Este carioca de nascimento, que vai fazer 23 anos de Manaus, “voava” debaixo das traves quando atuava profissionalmente e, hoje, além de repassar sua experiência aos jovens do São Raimundo para este Campeonato Amazonense, administra uma fábrica de papagaios de papel que vai de vento em popa, na Cidade Nova, Zona Norte de Manaus.
“A paixão pelo papagaio vem desde a infância. Morei em morro no Rio de Janeiro e a única maneira de ganhar dinheiro era vendendo pipa. Chegando aqui, comecei a fazer umas para brincar com meu filho Guanair Júnior (de 18 anos, que é treinado por ele no Tufão da Colina). Como as pessoas queriam comprar, resolvi abrir uma fábrica no São Raimundo”, destaca. “Meu desejo era jogar no São Raimundo, e hoje sou preparador de goleiros. Isto é uma vitória”, complementa.

A fama de Guanair “voou” paralela ao seu desempenho em campo: quando chegou a Manaus após passagens por vários clubes cariocas, este profissional - que começou no Vasco da Gama - foi bicampeão Amazonense pelo Sul América (1992 e 1993). Era o caminho aberto para o que daria, nas suas contas, um total de 8 títulos estaduais. Ele atuou por Rio Negro, Nacional e também já foi preparador de goleiros no Fast e Penarol.
No ramo das pipas, Guanair encara do mesmo modo que quando debaixo das traves: profissional e com qualidade. Seus famosos papagaios levam um curioso carimbo de qualidade onde está conscientemente escrito “Da Guana Pipas informa: não solte pipas perto da rede elétrica”. Ele explica. “Me inspirei nas propagandas de cigarro do Ministério da Saúde”, conta o microempresário que é fã do tetracampeão Taffarel.
Outro destaque das pipas de Guanair: elas já estão até em um padrão moderno, sendo feitas com varas de fibra de vidro ao invés das tradicionais de naja ou as “talas” de buriti. “É um material melhor e não agride a natureza”, informa ele.
Além da fábrica em sua casa, ele também mantém uma loja na Cidade Nova. No atacado, cada pipa sai a R$1,20. No varejo, em média R$ 2. Se for do modelo “pipa arraia”, sai a R$ 3. Ficou interessado nas pipas do Guanair? É só ligar para o fone 99182-6405 e se informar com esta “Lenda do Barezão”.
Fonte/Craque

Nenhum comentário:

Postar um comentário