Na partida entre Fluminense e Ponte Preta, nesta quarta-feira, às 19h30 (horário de Brasília), há apenas uma certeza: a de que o técnico Guto Ferreira, comandante da sensação do Campeonato Brasileiro, vestirá uma camisa amarela. Seria superstição? Alguma nova tendência fashion? Um desconto na loja? Ele mesmo explica. “A história é muito longa e vem da outra passagem…”, inicia Guto, em entrevista ao ESPN.com.br. O treinador conta que nunca gostou de usar coletes, mas vivia sendo obrigado pelos árbitros a colocar. Foi então que, antes do Paulistão de 2013, sua mulher teve uma ideia: por que não vestir uma cor pouco usada pelos times brasileiros? Ela olhou a tabela do Estadual, viu que apenas o Mirassol tinha uniforme amarelo e comprou uma camisa na mesma cor para o marido. Foi sucesso imediato e virou talismã. “A estreia da camisa foi contra o Corinthians, no Pacaembu, e vencemos por 1 a 0, gol do William, de pênalti. No jogo seguinte, foi 3 a 1 pra nós no dérbi contra o Guarani em pleno Brinco de Ouro”, recorda o treinador. Ao final do clássico, Guto foi intimado a continuar usando amarelo. “O André Dias [preparador de goleiros da Ponte] e o Marcos Vinicius [coordenador técnico], muito brincalhões, chegaram para mim e falaram: ‘É, Guto, você não vai mais tirar essa camisa, porque ela dá sorte’. Por pressão deles, continuei usando (risos). E deu certo, porque fizemos 16 partidas invictas, o melhor começo de Estadual da história do clube”, ressalta. Após conquistar o título do Torneio do Interior, Ferreira deixou a “Macaca” e foi para a Portuguesa. Passou ainda pelo Figueirense antes de retonar à Ponte Preta, em meio à Série B do ano passado. Ao voltar a Campinas, foi surpreendido pelo pedido dos torcedores. “Muita gente postou nas redes sociais: ‘Guto, seja bem-vindo junto com a camisa amarela (risos)’. O problema é que aquela camisa que eu usava sempre estava muito desbotada, um amarelo fraquinho, tinha virado quase pano de chão (risos)”, relembra. O jeito foi aposentar a camisa da sorte, mas sem trocar a cor. Por coincidência, em uma viagem para os Estados Unidos enquanto estava sem clube, o técnico se preveniu e arrematou uma bela polo amarela, que passou a ser utilizada na disputa da Segundona. E com o mesmo efeito da anterior. “Emendamos uma sequência de 13 partidas invictas na Série B e conseguimos o acesso. Aí na viagem que fiz pra Europa já trouxe uma camisa amarela nova, e quando fomos jogar contra o Orlando City na Flórida comprei mais duas (risos). Hoje são várias!”, revela. Guto garante, porém, que não acredita na história de “camisa da sorte”. “Eu não tenho nenhum tipo de superstição. Uso abrigo do time, camisa de qualquer cor. Mas esse lance do amarelo é um elo entre eu e a torcida, fortalece o nosso vínculo. Eu uso em respeito a eles”, assegura. Prestes a completar 100 jogos pela Ponte Preta, o treinador é tão querido pela torcida que recentemente viveu uma história que lhe marcou. Aconteceu antes do empate por 0 a 0 com o Goiás, no último dia 14. O comandante recebeu a visita de um torcedor de 86 anos, que ajudou a carregar tijolos durante a construção do estádio Moisés Lucarelli. O idoso mal conseguiu segurar as lágrimas. “Ele me deu um abraço, quase chorando, e veio agradecer o trabalho que a gente está fazendo pelo clube. Ele falou: ‘Continue assim que vamos longe’”, relata. Antes de ir embora, o apaixonado senhor ponte-pretano ainda deu um conselho. “Não tire nunca essa camisa amarela”. Fonte: ESPN
quarta-feira, 24 de junho de 2015
Por que o técnico da sensação do Brasileiro só usa camisa amarela?
Na partida entre Fluminense e Ponte Preta, nesta quarta-feira, às 19h30 (horário de Brasília), há apenas uma certeza: a de que o técnico Guto Ferreira, comandante da sensação do Campeonato Brasileiro, vestirá uma camisa amarela. Seria superstição? Alguma nova tendência fashion? Um desconto na loja? Ele mesmo explica. “A história é muito longa e vem da outra passagem…”, inicia Guto, em entrevista ao ESPN.com.br. O treinador conta que nunca gostou de usar coletes, mas vivia sendo obrigado pelos árbitros a colocar. Foi então que, antes do Paulistão de 2013, sua mulher teve uma ideia: por que não vestir uma cor pouco usada pelos times brasileiros? Ela olhou a tabela do Estadual, viu que apenas o Mirassol tinha uniforme amarelo e comprou uma camisa na mesma cor para o marido. Foi sucesso imediato e virou talismã. “A estreia da camisa foi contra o Corinthians, no Pacaembu, e vencemos por 1 a 0, gol do William, de pênalti. No jogo seguinte, foi 3 a 1 pra nós no dérbi contra o Guarani em pleno Brinco de Ouro”, recorda o treinador. Ao final do clássico, Guto foi intimado a continuar usando amarelo. “O André Dias [preparador de goleiros da Ponte] e o Marcos Vinicius [coordenador técnico], muito brincalhões, chegaram para mim e falaram: ‘É, Guto, você não vai mais tirar essa camisa, porque ela dá sorte’. Por pressão deles, continuei usando (risos). E deu certo, porque fizemos 16 partidas invictas, o melhor começo de Estadual da história do clube”, ressalta. Após conquistar o título do Torneio do Interior, Ferreira deixou a “Macaca” e foi para a Portuguesa. Passou ainda pelo Figueirense antes de retonar à Ponte Preta, em meio à Série B do ano passado. Ao voltar a Campinas, foi surpreendido pelo pedido dos torcedores. “Muita gente postou nas redes sociais: ‘Guto, seja bem-vindo junto com a camisa amarela (risos)’. O problema é que aquela camisa que eu usava sempre estava muito desbotada, um amarelo fraquinho, tinha virado quase pano de chão (risos)”, relembra. O jeito foi aposentar a camisa da sorte, mas sem trocar a cor. Por coincidência, em uma viagem para os Estados Unidos enquanto estava sem clube, o técnico se preveniu e arrematou uma bela polo amarela, que passou a ser utilizada na disputa da Segundona. E com o mesmo efeito da anterior. “Emendamos uma sequência de 13 partidas invictas na Série B e conseguimos o acesso. Aí na viagem que fiz pra Europa já trouxe uma camisa amarela nova, e quando fomos jogar contra o Orlando City na Flórida comprei mais duas (risos). Hoje são várias!”, revela. Guto garante, porém, que não acredita na história de “camisa da sorte”. “Eu não tenho nenhum tipo de superstição. Uso abrigo do time, camisa de qualquer cor. Mas esse lance do amarelo é um elo entre eu e a torcida, fortalece o nosso vínculo. Eu uso em respeito a eles”, assegura. Prestes a completar 100 jogos pela Ponte Preta, o treinador é tão querido pela torcida que recentemente viveu uma história que lhe marcou. Aconteceu antes do empate por 0 a 0 com o Goiás, no último dia 14. O comandante recebeu a visita de um torcedor de 86 anos, que ajudou a carregar tijolos durante a construção do estádio Moisés Lucarelli. O idoso mal conseguiu segurar as lágrimas. “Ele me deu um abraço, quase chorando, e veio agradecer o trabalho que a gente está fazendo pelo clube. Ele falou: ‘Continue assim que vamos longe’”, relata. Antes de ir embora, o apaixonado senhor ponte-pretano ainda deu um conselho. “Não tire nunca essa camisa amarela”. Fonte: ESPN
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