Além das parcelas pagas mensalmente, a gestão Rubens Guilherme Dantas no ABC já conseguiu perder – pelo menos – R$ 4 milhões para ex-jogadores que acionaram o clube na Justiça do Trabalho desde que ele se tornou presidente. O valor é relativo aos processos que já estão em “transitados em julgado”, ou seja, não cabem mais recursos ou acordos das partes envolvidas.
O levantamento foi apresentado na reunião mais recente do Conselho Deliberativo do clube para os dirigentes da atual gestão do Alvinegro, hoje encabeçada pelo deputado federal Rogério Marinho.
As ações trabalhistas são referentes a 15 jogadores que passaram pelo CT Alberi Ferreira de Matos desde 2010. Com o valor, a partir deste momento, imutável, a Justiça decidirá no próximo passo do processo as formas – e o tempo estipulado - de pagamento.
Quando negociou suas dívidas com os atletas através da Central de Apoio à Execução das Varas de Trabalho da Capital (Caex), a direção do Alvinegro queria evitar ter suas contas bloqueadas ou até bens penhorados pela Justiça. A situação, dessa vez, é mais delicada, já que não estão descartadas esse tipo de operação.
Em 2014, inclusive, o ex-zagueiro Ben-Hur, conseguiu uma medida desse tipo, quando bloqueou cerca de 500 mil que o ABC teria direito a receber por contrato com a Arena das Dunas.
Entre todos os atletas a receber neste momento, o maior valor devido pelo clube é para o atacante Washington: R$ 900 mil. O caso do atleta, inclusive, é o mais emblemático da atual gestão do Alvinegro.
Ex-jogador de Palmeiras, Ceará e Portuguesa, o atacante foi contratado pelo clube em janeiro de 2012 como principal reforço da temporada. O contrato dele valeria até o final de 2014, apesar dos 33 anos de idade.
Sete meses depois, no entanto, foi dispensado pela diretoria depois de já ter sido afastado do elenco principal. Um dia depois de ter sua saída anunciada, inclusive, ele chegou a ser barrado no CT quando foi buscar o material de trabalho.
O volante Makelele, que acumula duas passagens pelo Alvinegro, tem um valor a receber estipulado em R$550 mil, a segunda maior dívida.
Outro caso emblemático é o do zagueiro Flávio Boaventura, autor do gol do título Estadual deste ano em cima do Alvinegro e que atualmente defende as cores do América. O clube deve ao jogador R$ 300 mil.
As dívidas não são relativas apenas a jogadores que passaram pelo Alvinegro. O atacante Romarinho, atualmente titular da equipe de Sérgio China, está emprestado pelo Globo de Ceará Mirim ao clube da Rota Sol. Ele, criado nas categorias de base do Elefante, tem a receber do clube o montante de R$ 100 mil.
Jogadores vão pedir penhora de bens e bloqueio de renda
O chamado Ato Trabalhista, acordo que centraliza em uma conta judicial os pagamentos do clube para diversos credores, ainda gera dúvida e polêmica entre dirigentes, conselheiros e torcedores abecedistas.
Isso porque o que o clube conseguiu em junho deste ano foi negociar as dívidas que tinha com um grupo de atletas.
A esse grupo – formado por Bem Hur, Murilo, Carlinhos Santos, Basílio e Ricardo Oliveira – o clube paga por mês um total de aproximadamente R$ 70 mil.
Todavia, outros jogadores que também têm a receber valores do Alvinegro venceram suas batalhas judiciais contra o clube e, agora, querem ver a cor do dinheiro que lhe é de direito.
São pelo menos 15, todos defendidos pelo advogado Felipe Augusto, que também é presidente do Sindicato dos Atletas de Futebol Profissional do Rio Grande do Norte (Safern).
Ele explica que o Ato Trabalhista foi uma iniciativa do ABC para honrar seus compromissos, todavia que ele não abarca novas dívidas decretadas pela Justiça do Trabalho.
“O ABC se propôs a pagar esse valor mensalmente, mas não há decisão nenhuma que atraia o exequentes para isso. Nós (a defesa) jamais fomos chamados para dizer se aceitamos ou não esse acordo”, explica Felipe. “A Justiça não fixou esse valor em R$ 70 mil. O ABC foi que se propôs a pagar isso, mas os reclamantes jamais foram consultados”, completa.
Ele diz ainda que, ao contrário do que prega a diretoria do ABC, que nega a existência de uma dívida milionário em virtude de os processos “ainda estarem sendo julgados”, a dívida dos R$ 4 milhões é algo consolidado – e que vai para execução em breve.
“Esse cálculo o clube não pode mais discutir”, diz Felipe, que diz ainda que “a conta pode subir”, já que alguns jogadores continuam a recorrer. “Não tem como esses valores caírem, mas os jogadores ainda podem recorrer para buscar seus direitos”, afirma.
Também ao contrário do que comemora a diretoria, que afirma não ser possível ver o patrimônio do clube sendo comprometido em virtude das dívidas, Felipe Augusto reitera que, legalmente, o acordo conseguido em junho desse ano não desobriga o Alvinegro de ser penalizado pelas novas dívidas que surgem quase que mensalmente na Rota do Sol.
“A defesa pode pedir – e já está pedindo – a penhora de imóveis do clube e o bloqueio das rendas dos jogos do ABC”, dispara.
Segundo o advogado, o que o Ato Trabalhista faz é gerenciar esses mecanismos para que, por exemplo, um mesmo bem (o estádio, por exemplo) não seja penhorado para dois ou mais fins diferentes.
Fonte/NovoJornal
O levantamento foi apresentado na reunião mais recente do Conselho Deliberativo do clube para os dirigentes da atual gestão do Alvinegro, hoje encabeçada pelo deputado federal Rogério Marinho.
As ações trabalhistas são referentes a 15 jogadores que passaram pelo CT Alberi Ferreira de Matos desde 2010. Com o valor, a partir deste momento, imutável, a Justiça decidirá no próximo passo do processo as formas – e o tempo estipulado - de pagamento.
Quando negociou suas dívidas com os atletas através da Central de Apoio à Execução das Varas de Trabalho da Capital (Caex), a direção do Alvinegro queria evitar ter suas contas bloqueadas ou até bens penhorados pela Justiça. A situação, dessa vez, é mais delicada, já que não estão descartadas esse tipo de operação.
Em 2014, inclusive, o ex-zagueiro Ben-Hur, conseguiu uma medida desse tipo, quando bloqueou cerca de 500 mil que o ABC teria direito a receber por contrato com a Arena das Dunas.
Entre todos os atletas a receber neste momento, o maior valor devido pelo clube é para o atacante Washington: R$ 900 mil. O caso do atleta, inclusive, é o mais emblemático da atual gestão do Alvinegro.
Ex-jogador de Palmeiras, Ceará e Portuguesa, o atacante foi contratado pelo clube em janeiro de 2012 como principal reforço da temporada. O contrato dele valeria até o final de 2014, apesar dos 33 anos de idade.
Sete meses depois, no entanto, foi dispensado pela diretoria depois de já ter sido afastado do elenco principal. Um dia depois de ter sua saída anunciada, inclusive, ele chegou a ser barrado no CT quando foi buscar o material de trabalho.
O volante Makelele, que acumula duas passagens pelo Alvinegro, tem um valor a receber estipulado em R$550 mil, a segunda maior dívida.
Outro caso emblemático é o do zagueiro Flávio Boaventura, autor do gol do título Estadual deste ano em cima do Alvinegro e que atualmente defende as cores do América. O clube deve ao jogador R$ 300 mil.
As dívidas não são relativas apenas a jogadores que passaram pelo Alvinegro. O atacante Romarinho, atualmente titular da equipe de Sérgio China, está emprestado pelo Globo de Ceará Mirim ao clube da Rota Sol. Ele, criado nas categorias de base do Elefante, tem a receber do clube o montante de R$ 100 mil.
Jogadores vão pedir penhora de bens e bloqueio de renda
O chamado Ato Trabalhista, acordo que centraliza em uma conta judicial os pagamentos do clube para diversos credores, ainda gera dúvida e polêmica entre dirigentes, conselheiros e torcedores abecedistas.
Isso porque o que o clube conseguiu em junho deste ano foi negociar as dívidas que tinha com um grupo de atletas.
A esse grupo – formado por Bem Hur, Murilo, Carlinhos Santos, Basílio e Ricardo Oliveira – o clube paga por mês um total de aproximadamente R$ 70 mil.
Todavia, outros jogadores que também têm a receber valores do Alvinegro venceram suas batalhas judiciais contra o clube e, agora, querem ver a cor do dinheiro que lhe é de direito.
São pelo menos 15, todos defendidos pelo advogado Felipe Augusto, que também é presidente do Sindicato dos Atletas de Futebol Profissional do Rio Grande do Norte (Safern).
Ele explica que o Ato Trabalhista foi uma iniciativa do ABC para honrar seus compromissos, todavia que ele não abarca novas dívidas decretadas pela Justiça do Trabalho.
“O ABC se propôs a pagar esse valor mensalmente, mas não há decisão nenhuma que atraia o exequentes para isso. Nós (a defesa) jamais fomos chamados para dizer se aceitamos ou não esse acordo”, explica Felipe. “A Justiça não fixou esse valor em R$ 70 mil. O ABC foi que se propôs a pagar isso, mas os reclamantes jamais foram consultados”, completa.
Ele diz ainda que, ao contrário do que prega a diretoria do ABC, que nega a existência de uma dívida milionário em virtude de os processos “ainda estarem sendo julgados”, a dívida dos R$ 4 milhões é algo consolidado – e que vai para execução em breve.
“Esse cálculo o clube não pode mais discutir”, diz Felipe, que diz ainda que “a conta pode subir”, já que alguns jogadores continuam a recorrer. “Não tem como esses valores caírem, mas os jogadores ainda podem recorrer para buscar seus direitos”, afirma.
Também ao contrário do que comemora a diretoria, que afirma não ser possível ver o patrimônio do clube sendo comprometido em virtude das dívidas, Felipe Augusto reitera que, legalmente, o acordo conseguido em junho desse ano não desobriga o Alvinegro de ser penalizado pelas novas dívidas que surgem quase que mensalmente na Rota do Sol.
“A defesa pode pedir – e já está pedindo – a penhora de imóveis do clube e o bloqueio das rendas dos jogos do ABC”, dispara.
Segundo o advogado, o que o Ato Trabalhista faz é gerenciar esses mecanismos para que, por exemplo, um mesmo bem (o estádio, por exemplo) não seja penhorado para dois ou mais fins diferentes.
Fonte/NovoJornal
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