"Sou inocente, um atleta que deu glória a seu país", afirmou via Skype o ex-jogador
A Justiça do Panamá suspendeu nesta segunda-feira (19) a ordem de prisão internacional contra o ex-jogador de futebol colombiano Freddy Rincón, um dos acusados no julgamento de seu compatriota e suposto traficante internacional de drogas, Pablo Rayo Montaño, no país centro-americano.
O juiz Fernando Basurto suspendeu o “alerta vermelho internacional que implicava que ele não poderia se transferir de um país para o outro porque seria capturado”, declarou aos jornalistas o advogado de Rincón, Víctor Orobio.
Orobio explicou que, além da suspensão da ordem de captura internacional, a defesa tinha solicitado ao juiz “que revogasse a prisão preventiva que o Panamá lhe ditou há nove anos”, o que não ocorreu.
“De todas as formas, o fato de o juiz ter aceitado suspender o alerta vermelho internacional representa para mim uma conquista muito importante”, porque Rincón “é totalmente inocente no caso”, acrescentou o advogado.
No último dia 6, teve início uma audiência plenária na qual o juiz ouviu o depoimento de vários dos 65 envolvidos no caso, entre eles Rincón, que no último dia 16 disse através de uma videoconferência pela internet que era inocente e que perdeu “muito” em nível mundial por causa do processo.
“Sou inocente, um atleta que deu glória a seu país”, afirmou via Skype o ex-jogador, que defendeu Palmeiras, Corinthians, Santos, Cruzeiro, Napoli e Real Madrid, ao terminar a fase de provas da audiência pelo caso, segundo informou naquele dia o Órgão Judicial do Panamá.
Nas investigações, Rincón é citado como suposto proprietário da empresa Nautipesca no Panamá, junto com Rayo Montaño, que teria sido utilizada pelo último como fachada para traficar entorpecentes para os Estados Unidos.
Em sua defesa, o ex-jogador – que participou de três Copas do Mundo e três Copas Américas com a seleção de seu país – afirmou que apenas investiu e que jamais foi “dono da Nautipesca”.
Rayo Montaño foi detido no Brasil em 2006, onde permanece, durante uma operação internacional coordenada pelos Estados Unidos e da qual participaram Brasil, Colômbia, Panamá, Costa Rica, Venezuela, Equador e México.
Segundo as autoridades americanas, a organização de Rayo Montaño transportava em média 20 toneladas de cocaína por mês da Colômbia e da Venezuela para os Estados Unidos e a Europa. No Panamá, Rayo Montaño contava com uma ampla infraestrutura para suas atividades.
No Panamá, é acusado dos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, entre outros.
Fonte: Terra
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