sábado, 19 de dezembro de 2015

Ex-dirigentes são condenados após escândalo sexual

Alceu Bueno e Robson Martins recorrem em liberdade da decisão de prisão em regime fechado

Escândalo estourou sobre ex-vereador, que era principal articulador de ações pró-futebol na Câmara Municipal (Foto: Divulgação)
O ex-vice-presidente executivo da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Alceu Bueno, foi condenado nessa quinta-feira (17) a oito anos e dois meses de prisão, em regime fechado, pelos crimes de exploração sexual de vulnerável.
Além dele, o ex-presidente do Operário, Robson Martins - que já se envolveu em caso parecido anteriormente - pegou 9 anos e 4 meses, também em regime fechado, pelos crimes de extorsão, mas foi absolvido do crime de associação para o crime por falta de provas.
Bueno e Martins estão envolvidos no caso de exploração sexual de menores que abalou Campo Grande recentemente. Houve, inclusive, vazamento de imagens de Bueno com uma adolescente em um quarto. Ainda cabe recurso sobre a decisão, e ambos acusados permanecem em liberdade até o veredito final.
Cartolas tiveram participação ativa no futebol estadual
Martins foi eleito presidente do Operário em 2003, após desistência do candidato opositor, Orlando Silvestre Filho. Já Bueno, antes de chegar à Câmara e à FFMS, Bueno foi o último presidente do Taveirópolis antes do fechamento e um dos articuladores da fundação do Novoperário, em 2010.
Vereador desde 2013, Alceu Bueno abdicou do cargo (assim como Martins fez há quase 10 anos, sob mesma acusação) por causa do escândalo. Martins, fingindo querer ajudar Bueno, acabou usando a situação para extorqui-lo.
A mesma prática foi adotada contra o ex-deputado estadual Sérgio Assis, que foi condenado a seis anos de prisão em regime semiaberto. Assis também recorreu e seguirá em liberdade.
'Operadores' também foram condenados e já estão presos
O Marcelo Ivo de Oliveira, da 7ª Vara Criminal de Competência Especial de Campo Grande, também julgou os "operadores" do esquema de exploração sexual.
O acusado Fabiano Otero foi condenado a 11 anos e 11 meses de reclusão, em regime fechado, pelos crimes de extorsão, exploração sexual de vulnerável, corrupção de menores, associação para o crime e tráfico de menor para fins de exploração sexual.
Sua pena seria de 23 anos e 10 meses de reclusão, mas foi diminuída pela metade em razão do réu ter efetuado acordo de colaboração premiada.
Já Luciano Pageu foi condenado a 21 anos, 7 meses e 20 dias de reclusão, em regime fechado, pelo pelo cometimento dos crimes de exploração sexual de vulnerável, corrupção de menores, associação para o crime e por dois crimes de extorsão.
Fonte/MSEsporte

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