Lionel Messi, do Barcelona, comemora gol durante partida contra o Espanyol, em Barcelona, no dia 6 de janeiro de 2016© Fornecido por AFP Lionel Messi, do Barcelona, comemora gol durante partida contra o Espanyol, em Barcelona, no dia 6 de janeiro de 2016 O astro argentino Lionel Messi é o grande favorito ao prêmio da Bola de Ouro-2015, o que seria o quinto de sua carreira, deixando para trás os outros dois finalistas, o brasileiro Neymar e o português Cristiano Ronaldo, numa cerimônia realizada nesta segunda-feira em Zurique.
Após em ano de 2014 sem títulos a nível de clube e em que sentiu a decepção da derrota na final da Copa do Mundo no Brasil, Messi voltou a brilhar intensamente em 2015, colecionando troféus com o Barcelona.
Apesar de ter ficado com o vice-campeonato da Copa América, na qual a Argentina foi derrotada na final pelo Chile, Messi conquistou cinco títulos dos seis disputados com o Barça: Liga Espanhola, Copa do Rei, Liga dos Campeões, Supercopa europeia e Mundial de Clubes. Os catalães só vacilaram na Supercopa espanhola, perdida para o Athletic Bilbao.
Como de costume, o camisa 10 do Barça contribuiu em peso para o sucesso da equipe, anotando 43 gols em 38 jogos pelo Campeonato Espanhol, além de dar 18 assistências, e terminou como artilheiro da Champions (10 gols, empatado com CR7 e Neymar). Na final da maior competição de clubes, o argentino não balançou as redes, mas participou das jogadas dos três gols de sua equipe na vitória sobre a Juventus (3-1).

Na final da Copa do Rei (vitória por 3 a 1 sobre o Athletic Bilbao), Messi abriu o placar com uma obra de arte, driblando quatro marcadores antes de fuzilar o goleiro adversário. Com este gol, o argentino também disputará na segunda-feira o prêmio Puskas de gol mais bonito do ano.
Com estas credenciais, é difícil imaginar que Messi não leve a Bola de Ouro, voltando a vencer o prêmio depois dos quatro consecutivos que recebeu entre 2009 e 2012.
Cristiano Ronaldo (vencedor em 2008, 2013 e 2014) aspira empatar com Messi e vencer o prêmio pela quarta vez na carreira. O português voltou a apresentar números incríveis, chegando até a superar o rival argentino em número de gols marcados no ano (57 contra 53), mas deve ser vítima da temporada ruim do Real Madrid, que ficou a ver navios em termos de títulos.
- Luis Enrique e Guardiola ausentes -
Neymar certamente seria o favorito à Bola de Ouro se contasse apenas o desempenho da segunda parte da temporada, na qual o brasileiro carregou o Barcelona nas costas durante a ausência do lesionado Messi, em outubro e novembro.
Mas Messi nunca perdeu a majestade e receberá muitos dos votos dos treinadores e capitães das seleções nacionais e de um grupo de jornalistas especializados que compõe o eleitorado da premiação.
O craque brasileiro, de apenas 23 anos, não deve ficar com o prêmio nesta temporada, mas parece ser questão de tempo até que seja reconhecido como melhor jogador do mundo, juntando-se à lista de compatriotas que já tiveram essas honra: Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho e Kaká.
O grande ano do Barcelona deve fazer com que a cerimônia ganhe um toque bem catalão, já que Luis Enrique concorre ao título de melhor técnico, ao lado de Pep Guardiola e do argentino Jorge Sampaoli. Os dois treinadores espanhóis confirmaram previamente que não participarão da festa.
Neymar, do Barcelona, comemora gol durante partida contra o Granada, em Barcelona, no dia 9 de janeiro de 2016© Fornecido por AFP Neymar, do Barcelona, comemora gol durante partida contra o Granada, em Barcelona, no dia 9 de janeiro de 2016 A cerimônia ficará marcada pela situação complicada que vive a Fifa. Sepp Blatter, anfitrião do evento desde que a entidade se uniu em 2010 à revista francesa France Football para entregar um só prêmio ao melhor jogador do ano, sequer poderá pisar no Palácio do Congresso de Zurique, já que sua punição de oito anos por corrupção, imposta pela própria Fifa, não permite.
Em plena crise e sem credibilidade, a Fifa anunciou há alguns dias que não entregará o tradicional prêmio em que Blatter distinguia anualmente uma pessoa ou instituição por promover o crescimento do futebol no mundo.
Fonte/MSN