sexta-feira, 10 de junho de 2016

Dilema no meio: as opções de Dunga para o lugar do suspenso Casemiro


Sem volante do Real Madrid, técnico pode manter esquema e apostar no jovem Walace ou alterar formação da equipe e torná-la mais ofensiva - e vulnerável

Primeiro, Luiz Gustavo pediu dispensa por problemas pessoais. Agora, Casemiro está suspenso por ter recebido dois cartões amarelos. Achar um volante para proteger a zaga não tem sido tarefa fácil para Dunga. Para o jogo contra o Peru, no domingo, o treinador precisará encontrar nova solução para o setor. 
A alternativa mais simples é a manutenção do esquema que a Seleção tem utilizado. No 4-1-4-1 de Dunga, Casemiro virou o homem de proteção da zaga. Sem ele, Walace é o substituto imediato – Rodrigo Caio, convocado como zagueiro, é outro que pode exercer a função. Mas a juventude e relativa inexperiência dos dois, apostas para a seleção olímpica, pode fazer com que o treinador procure outra solução. 
Walace Dunga Brasil Seleção (Foto: Rafael Ribeiro / CBF)
Dunga orienta Walace durante jogo contra o Haiti: volante é opção para o lugar de Casemiro (Foto: Rafael Ribeiro / CBF)
Ao longo da preparação para a Copa América, Dunga testou o Brasil em outros dois esquemas: o 4-4-2 e o 4-2-3-1. Em ambos, Elias e Renato Augusto formaram a dupla responsável por proteger a zaga. Nenhum dos dois volantes tem a marcação como característica. Se, por um lado, oferecem mais qualidade técnica no ataque, podem deixar a defesa mais desguarnecida, como aconteceu em alguns momentos contra o Haiti. 
Na goleada por 7 a 1 sobre os haitianos, Dunga deu pistas do que planeja para substituir Casemiro. Primeiro, tirou o volante do Real Madrid e colocou Lucas Lima. O time se montou no 4-2-3-1. Depois, foi a vez de Walace entrar no lugar de Elias – o esquema se manteve, mas o jovem do Grêmio reforçou a marcação. 
Confira as alternativas de Dunga:
campinho Brasil Seleção (Foto: GloboEsporte.com)
Brasil em sua formação habitual com Dunga: Walace entraria no lugar do suspenso Casemiro (Foto: GloboEsporte.com)
Manutenção do esquema
Se prosseguir com o 4-1-4-1, Dunga não mexe na estrutura tática do time, o que é proveitoso para uma equipe que vive recomeçando e ainda busca identidade. Neste caso, o favorito à vaga é Walace. 
O volante do Grêmio tem 21 anos, é titular absoluto na equipe gaúcha e agrada bastante a Dunga. Foi convocado para o lugar de Luiz Gustavo e estreou com a camisa da Seleção contra o Haiti. Tem bom passe, sabe iniciar jogadas, mas é primeiro volante e tem como ponto forte a marcação. 
Além disso, o biotipo de Walace é parecido com o de Casemiro: tem boa estatura e é forte, o que facilita nas bolas aéreas e possibilita que se mexa o mínimo possível nas bolas paradas da Seleção. 
campinho Brasil Seleção (Foto: GloboEsporte.com)
O plano B de Dunga: Lucas Lima à frente para armar o jogo (Foto: GloboEsporte.com)
Ousadia
Dunga ensaiou usar Elias e Renato Augusto como volantes algumas vezes. A dupla conta com entrosamento dos tempos de Corinthians e sabe coordenar bem as investidas no ataque e a permanência na defesa. 
Caso essa seja a opção, a tendência é que Lucas Lima entre na vaga de Casemiro e atue à frente dos dois volantes. 
Centralizado, com liberdade para se movimentar e pensar o jogo, o camisa 10 da Seleção fica confortável para desenvolver seu futebol. A equipe fica mais ofensiva. Desta forma, o time jogou a maior parte do segundo tempo contra o Haiti. 
Este, até agora, tem sido o plano B de Dunga para a Seleção nos jogos da Copa América, em situações que o treinador julga ser necessário mudar o estilo da equipe. 
campinho Brasil Seleção (Foto: GloboEsporte.com)
Formação em 4-4-2 é opção: foi testada contra o Panamá, em Denver (Foto: GloboEsporte.com)
Dupla de ataque
A Seleção pode ser ainda mais ofensiva. Em vez de Lucas Lima, Dunga pode optar por mais um atacante para fazer companhia a Jonas Contra o Panamá, Hulk foi o escolhido. Agora, porém, a tendência é que, se o treinador fizer essa opção, Gabriel tenha mais chances de entrar em campo. 
Com dois atacantes, o Brasil pode aumentar a pressão na saída de bola adversária e gerar mais jogo por dentro no ataque. Por outro lado, perde um jogador no meio, o que pode atrapalhar a posse de bola, ainda mais sem ter um volante de marcação. 
Improviso
São opções que ainda não foram testadas, mas não podem ser descartadas. Rodrigo Caio se firmou como zagueiro no São Paulo, mas atuou diversas vezes como volante. Na própria Seleção, fez sua estreia atuando nesta função contra o Panamá. Sua polivalência, aliás, é o que lhe torna favorito a uma das vagas na equipe olímpica. 
Dunga também pode manter o esquema, mas reorganizar as peças. Assim, Elias ou Renato Augusto recuariam para proteger a zaga, e um meio-campista entraria na linha de quatro jogadores. Entretanto, esta é uma zona sem especialistas – tanto Lucas Lima quanto Ganso precisariam se adaptar a uma nova função para render o esperado. 
Fonte: ge



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