Capitã da seleção brasileira e central do Sesi,Fabianafoi vítima de insultos racistas no duelo com Minas, na última sexta-feira, em Belo Horizonte, pela Superliga. O jogo terminou com a vitória das donas da casa. A atleta relatou que foi chamada de “macaca” por um senhor, que foi identificado e levado à delegacia. Fabiana fez um desabafo.
“Vivenciar isso é difícil e duro! Vivenciar isso na minha terra torna tudo pior! Ontem durante o jogo contra o Minas, um senhor disparava uma metralhadora de insultos racistas em minha direção. Era macaca quer banana, macaca joga banana, entre outras ofensas. Esse tipo de ignorância me atingiu especialmente, porque meus familiares estavam assistindo à partida. Ele foi prontamente retirado do ginásio pela direção do Minas Tênis Clube e encaminhado à delegacia”, postou Fabiana.
Clubes da capital comemoram 100 anos e tentam evitar zebras. Globo FC, Potiguar de Mossoró e Santa Cruz-RN aparecem como forças do interior nesta temporada
Dez equipes vão brigar pelo título do Campeonato Potiguar. Diferentemente do ano passado, os representantes do Rio Grande do Norte na Copa do Nordeste não foram beneficiados e participam do torneio desde a primeira fase. América-RN e ABC, que completam 100 anos em 2015, são os favoritos por terem maior poder de investimento. Em campo, porém, precisam redobrar as atenções para evitar surpresas. Natal ainda conta com mais dois representantes: o Alecrim, que também comemora seu primeiro centenário, e o Força e Luz, de volta à elite após 18 anos. De Mossoró, participam Baraúnas e Potiguar. Além deles, há ainda Palmeira de Goianinha, Santa Cruz-RN, Corintians de Caicó e o Globo FC, que é da cidade de Ceará-Mirim.
América-RN venceu o Globo FC na final do Campeonato Potiguar 2014 (Foto: Klênyo Galvão)
Em jogo estão três vagas para a Copa do Brasil e duas para a Copa do Nordeste de 2016, além de uma para a Série D de 2015. Por enquanto, a Federação Norte-rio-grandense só divulgou a tabela do primeiro turno. As datas do segundo turno serão definidas posteriormente, após a definição dos oito classificados.
O América-RN é o atual campeão e tenta manter a hegemonia sob o comando do técnico Roberto Fernandes, vencedor da competição em 2012 com o Mecão. O ABC, outra força da capital potiguar, é o maior campeão estadual com 52 títulos, mas não vence a competição desde 2011. O Potiguar de Mossoró foi o último campeão oriundo do interior, em 2013. O Globo FC, que participou pela primeira vez do torneio em 2014, sendo vice-campeão, busca a conquista inédita e aposta em uma pré-temporada que durou mais de dois meses.
Gilmar, recuperado de lesão, ganha nova chance no ABC (Foto: Frankie Marcone/Divulgação/ABC)
A torcida avisou durante a festa de apresentação do elenco: o estadual é obrigação. No ABC, jogadores e comissão técnica já incorporaram esta responsabilidade e estão focados neste objetivo para voltar à Copa do Nordeste, a qual não disputa desde 2013. O técnico Roberto Fonseca permaneceu no Alvinegro após salvar a equipe do rebaixamento na Série B, no ano passado. O grupo, porém, foi bastante reformulado para o ano do centenário. Também renovaram contrato o goleiro Gilvan, o zagueiro Suéliton e os volantes Daniel Amora, Michel Benhami e Marcel, além do atacante Alvinho. De reforços, chegaram o goleiro Saulo, ex-Sport; o lateral-direito Reginaldo, ex-Coritiba; os zagueiros Luizão, ex-Cruzeiro, e Leandro Amaro, ex-Palmeiras; o meia Sandro, ex-Bragantino; e os atacantes Fabinho Alves, ex-Chapecoense, e Kayke, ex-Flamengo. O Mais Querido também conta com a volta de Gilmar, recuperado de grave lesão no tendão de Aquiles.
Cascata volta ao América-RN em 2015 (Foto: Carlos Arthur da Cruz/Globoesporte.com)
Rebaixado para a Série C do Campeonato Brasileiro em 2014, o Mecão inicia a temporada com o objetivo de voltar a dar alegrias ao seu torcedor. Primeiro campeão estadual da "Era Arena das Dunas", o América-RN terá como casa o estádio construído para a Copa do Mundo e espera repetir a dose do ano passado. O treinador Roberto Fernandes segue à frente do time, mas solicitou reforços, já que terá que dividir as atenções com a Copa do Nordeste. Uma boa base foi mantida para o centenário - os zagueiros Cleber e Edson Rocha; os laterais Walber e Arthur Henrique; o volante Judson; e o atacante Max -, embora tenha perdido o volante Fabinho e o atacante Rodrigo Pimpão. Entre os contratados, destaque para o goleiro Busatto, ex-Icasa; o zagueiro Flávio Boaventura, ex-ABC; o volante Zé Antônio, ex-Paysandu; e o meia Thiago Potiguar, ex-Remo. A principal estrela rubra, porém, é um velho conhecido: Cascata, que terá sua terceira passagem pelo Mecão, e busca primeiro título com a camisa rubra. Alecrim
Anthoni Santoro comanda o Alecrim em 2015 (Foto: Jocaff Souza/GloboEsporte.com)
O Alecrim também completa 100 anos em 2015 e vislumbra uma temporada vitoriosa. Uma derrota por 6 a 0 na pré-temporada, porém, já gerou mudanças no elenco, às vésperas da estreia no estadual. Seis jogadores foram dispensados e o técnico Anthoni Santoro decidiu reajustar o plantel antes do início do Campeonato Potiguar em busca do título no ano do centenário do clube. O Verdão contratou reforços como o atacante Didi Potiguar, ex-Corintians e Santa Cruz-RN, e o volante Reinaldo, ex-Palmeiras, ABC e América-RN. A equipe deve mandar seus jogos no Estádio Ninho do Periquito, em São Gonçalo do Amarante, mas o local ainda passa por vistorias. Assim, o Alecrim, em acordo com a FNF, vai atuar no Estádio Iberezão, em Santa Cruz, nas duas primeiras partidas como mandante. Baraúnas
Paulo Moroni foi campeão com o Baraúnas em 2006 (Foto: Wilson Moreno/Gazeta do Oeste)
O Leão do Oeste recebeu uma punição do Tribunal de Justiça Desportiva e perdeu o mando de campo em cinco jogos devido a uma confusão que acabou com oito jogadores expulsos no clássico contra o Potiguar, no ano passado. Por isso, o Tricolor deixa o Nogueirão e vai atuar no Estádio Walter Bichão, em Macau, nas primeiras rodadas do Campeonato Potiguar. O time será comandado por Paulo Moroni, que foi campeão estadual com o próprio Baru em 2006. Para repetir este feito, o treinador conta com os gols do atacante Fabinho Cambalhota, ex-Potiguar e Treze, e o talento do meia Adham. Corintians-RN
Destaque do time na temporada é o zagueiro Márcio Costa (Foto: Divulgação/Corintians-RN)
Enfrentando grave financeira e sem apoio do poder público, o Corintians-RN demorou a confirmar participação no Campeonato Potiguar, o que só ocorreu após fechada uma parceria com empresários. O Galo do Seridó, que foi campeão estadual em 2001, tem como destaque o zagueiro Márcio Costa, de 41 anos. O defensor espera contribuir com sua experiência de ter passado por mais de 20 clubes, como o Corinthians, pelo qual levantou o troféu do Mundial da Fifa em 2000, além de ser campeão carioca pela dupla Flamengo e Fluminense. O Marizão, na cidade de Caicó, a 256 km de Natal, é o palco de jogos do Alvinegro. O estádio terá capacidade reduzida até que o governo do estado cumpra todas as adequações solicitadas pelo Corpo de Bombeiros. Força e Luz
Força e Luz utiliza estrutura do Globo FC, em Ceará-Mirim (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
Longe da elite do futebol potiguar desde 1997, o Força e Luz retorna à primeira divisão do estadual em 2015. O Forcinha mantém uma parceria com o Globo FC e, além de ter jogadores das categorias de base cedidos pelo clube de Ceará-Mirim, as equipes ainda compartilham de comissão técnica, uniformes, equipamentos, local de treinamento e também o Estádio Barretão, onde o Força e Luz mandará seus jogos. Uma das principais apostas do time natalense comandado por Ivanildo Freitas é o atacante Marciel. O goleiro Eridélson, ex-Santa Cruz-RN, é um dos mais experientes do grupo. Globo FC
Zagueiro Robson é o líder do Globo FC em busca do título inédito (Foto: Jocaff Souza)
Vice-campeão do Campeonato Potiguar de 2014, em seu primeiro ano de participação, o Globo FC chega carregado de expectativas para a disputa do torneio em 2015. Comandado pelo técnico Leandro Sena, a "Águia" tem como um de seus principais destaques o experiente zagueiro Robson, fechando a defesa do time tricolor. Aos 37 anos, o jogador chegou a atuar como treinador na temporada passada, durante a Série D do Campeonato Brasileiro. O clube tem estádio próprio - o Barretão, com capacidade para 10 mil torcedores, na cidade de Ceará-Mirim, na Grande Natal - e espera fazer dele um "caldeirão". Palmeira de Goianinha
Thaise será a preparadora física do Palmeira de Goianinha - RN (Foto: Reprodução/Facebook)
Após vencer a luta contra o rebaixamento no estadual do ano passado, o Palmeira está hoje sob o comando do técnico Roderlei José Pachani, que revelou o atacante do Chelsea e da seleção espanhola, Diego Costa. O Verdão aposta nas categorias de base para compor o novo elenco e formalizou parceria com o Jabaquara, de Santos. Como curiosidade, o clube conta com a única preparadora física mulher da competição, Thaise Yamamoto. A profissional é natural de Santos, tem 22 anos e tem sua primeira experiência no Nordeste. A equipe manda seus jogos no Estádio Nazarenão, em Goianinha, a 54 km de Natal. Potiguar de Mossoró
Wassil Mendes sonha com primeiro título estadual da carreira (Foto: Marcelo Diaz/Divulgação)
O Potiguar de Mossoró será comandado por um dos treinadores mais rodados no Rio Grande do Norte, mas que ainda busca o seu primeiro título, Wassil Mendes. O "Time Macho" foi campeão estadual pela última vez em 2013 e conta com a volta de dois heróis desta conquista: o goleiro Santos, que defendeu dois pênaltis na decisão contra o América-RN, e o meia Radames. Além da dupla, o Alvirrubro terá força do volante Ricardo Baiano, campeão potiguar em 2012 pelo América-RN e vice-campeão em 2014 pelo Globo FC. O Estádio Nogueirão, em Mossoró, liberado pelo Corpo de Bombeiros após reforma, será a casa do Potiguar. Santa Cruz-RN
Higor César foi eleito o melhor treinador do Potiguar 2014 (Foto: Augusto Gomes)
Comandado por Higor César, vice-campeão estadual no ano passado com o Globo FC e eleito o melhor técnico da competição, o Santa Cruz-RN sonha com o título inédito do Campeonato Potiguar. Com um time praticamente todo renovado, o Tricolor do Trairi espera surpreender os favoritos ABC e América-RN e, para isso, conta com o retorno do goleiro Marcello Galvão à equipe. Também contratou o experiente lateral-esquerdo Renatinho Carioca, ex-ABC e Baraúnas, e o meia Moisés, revelado pelo ABC, além do atacante Rael, ex-Globo FC. O Iberezão, na cidade de Santa Cruz, é o estádio utilizado pela equipe.
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Regulamento
Os dois turnos serão disputados por pontos corridos. No primeiro turno, chamado de Copa Cidade do Natal, os 10 clubes se enfrentam em jogos de ida. Nesta fase, os dois piores classificados se enfrentam em dois "jogos da morte". O perdedor deste confronto será rebaixado para a segunda divisão. A curiosidade é que os atletas que disputarem a primeira fase pelos dois clubes eliminados no primeiro turno poderão se transferir para as outras equipes que continuam na disputa.
No segundo turno, denominado Copa Rio Grande do Norte, as oito equipes melhores colocadas se enfrentam para decidir o título. Caso o mesmo time conquiste os dois turnos, será o campeão estadual. Se houver dois clubes como campeões do primeiro e segundo turnos, haverá a final com dois jogos, e o melhor colocado em todo o campeonato terá o mando de campo da segunda partida.
Fonte/GloboEsporte
Dirigente reconta sua trajetória à frente da FNF e entra em rota de colisão com o poder público por falta de apoio ao futebol do RN
A garagem do número 2017 da Rua Marcílio Furtado é uma área aberta que permite ao passante ver o que está abrigado nela. Qualquer transeunte não daria a menor importância para qual veículo foi jogado sob o sol causticante de uma manhã de janeiro, não fosse o fato de haver uma ambulância acomodada nesse espaço da casa, que não é um hospital. Encarado mais de perto, observa-se no carro de socorro um brasão em vermelho e verde, sobre os quais se sobressai o branco da sigla FNF (Federação Norte-riograndense de Futebol). “Estaria também o futebol potiguar na UTI?”, pensei antes de entrar. José Vanildo comanda Federação com “´punhos de marketing” (Foto: Divulgação)Ao comprar o veículo, o atual presidente da federação, José Vanildo, foi considerado um senil, conforme seu próprio relato. “O presidente da comissão nacional de antidoping veio aqui e me chamou de louco. Em outros cantos não tem. Vou comprar um ônibus e agora dizem que eu endoidei de vez”. Há cinco anos à frente da FNF, o cartola implementou mudanças de modernização e demitiu “vinte e tantos funcionários”.
“A federação historicamente era tratada de forma paternalista e de pouco investimento em recursos humanos, administrativo. Isso não era novo porque acompanhava a inércia dos filiados. A federação atual procurou se modernizar, oferecer estrutura de capacitação”, enumerou o presidente. Das glórias que relatou, contudo, a maior é o investimento em marketing, sobre o qual José Vanildo fala com o mesmo entusiasmo de uma criança que acabou de ganhar um brinquedo e ainda não sabe direito como mexer. “É pra isso que eu tenho Alan”, disse em referência ao jornalista e diretor da agência de marketing esportivo 10 Sports, Alan Oliveira.
Se por um lado ele não sabe exatamente como funciona, por outro procura meios para fazê-lo porque sabe que há retorno. Ao longo da conversa de quase uma hora e meia, encadeou sob seu bigode as palavras “marketing”, “produto” e “divulgação” vinte e uma vezes. “O marketing é o segredo. É por isso que eu elogio meu bigode. Você tem que conjugar o verbo marquetear em todos os tempos”, explanou antes de uma pausa dramática, depois da qual completou gaiatamente: “Eu tô foda hoje! Tô um típico heterossexual ativo”.
Falta combinar com mais empresários, no entanto, que o futebol potiguar é um produto no qual vale a pena investir. Até lá, a cartela de parceiros permanece com 10 nomes: Pitú, Fetronor, 10sports, Fecomércio, Salesiano, Garra, Esporte Interativo, Ster Bom, Penalti e Sparta. O nome de maior peso, a Chevrolet, largou o apoio ao futebol potiguar e de outros estados. Quem ficou, teve o anonimato fiscal garantido por José Vanildo, que não quis comentar quem paga quanto para ter sua marca exibida nos estádios. “Não tenho ideia de quanto é movimentado”.
Atualmente, uma placa de publicidade custa a um cliente R$ 30 mil. Se quiser duas nos estádios, há um pacote por R$ 45 mil. Se mais lhe convier, o pacote é definido pela periodicidade de exibição e quantidade de anúncios. Se todos os 10 nomes da atual cartela pagarem o valor mínimo, há uma receita com publicidade na ordem de R$ 300 mil, mesmo valor que a federação desembolsou na quinta-feira (29) para pagar a arbitragem pelas 84 partidas do estadual deste ano. Zé Vanildo não possui oposição entre dirigentes de clubes (Foto: Wellington Rocha)“Os empresários inteligentes investem no futebol. O futebol é bancado por empresário. E 99% não são daqui. E sabe por que eles são de fora? Porque eles são burros. Porque eles são ignorantes. A Pitú quando investe aqui é porque futebol não tem futuro. A Chevrolet quando investe aqui é porque o futebol é uma porcaria, sim porque ele está jogando dinheiro fora. O Salesiano quando investe é porque o futebol aqui não é sério. Claro que não é isso. É porque eles sabem o valor que o futebol tem para divulgação com a marca deles”, protesta o dirigente ironicamente. Zé Vanildo, como também é conhecido, atribui ao “ranço cultural contra o futebol” a resistência, sobretudo dos empresários locais, em investir “no meu produto futebol”. Algo menos subjetivo pode ajudar a entender o distanciamento.
A transmissão do futebol na maior emissora do país cai anualmente. Para transmitir os jogos da primeira divisão, elite do futebol que não tem um time do Rio Grande do Norte, a Globo tem patinado nos 15 pontos de audiência em pleno domingo, muito distante da glória atingida na década de 1990, quando uma final chegava a marcar mais de 50 pontos na audiência. E não estamos considerando que os times associados à FNF jogam, via de regra, com transmissão de emissoras fechadas, com audiência não conhecida pelo público. Para completar, na semana que passou, um estudo da consultoria Pluri apontou a edição 2015 do campeonato potiguar com seu pior valor de mercado dos últimos quatro anos. Guru
O jornalista Alan Oliveira mal tinha saída do marketing do ABC, em 2011, quando Zé Vanildo o convidou para assumir os trabalhos de mídia à frente da federação. O convite tinha razão de ser: havia pressão dos dirigentes dos clubes para que a imagem do futebol potiguar fosse vendida de maneira proveitosa e sob a batuta de Alan e da 10 Sports, houve uma campanha que deixou o ABC com 10 mil associados em seis meses. De pronto, o jornalista aceitou o convite.
No campeonato do ano seguinte, o fiasco publicitário parecia iminente. Apenas um cliente havia comprado uma placa nos estádios para a divulgação. O preço na época era R$ 20 mil por placa posta no estádio e a empresa tinha a marca exibida durante todo o estadual. Depois de três meses de trabalho, o estadual de 2012 foi aberto com 12 clientes, com uma receita mínima de R$ 240 mil.
Foi daí em diante que o marketing se tornou a obsessão do presidente da FNF. As ações cujos resultados terminassem em mídia espontânea para o futebol logo eram prontamente acolhidas. Foi na esteira desse pensamento que se desenvolveram a escolha da mascote e da musa da competição, que atrai a macharada toda para votar e mobiliza um sem fim de contas no Facebook e Whatsapp. Plano comercial foi lançado no mês de novembro (Foto: Elias Medeiros/Divulgação)Afinado com o discurso do presidente, o marketing da federação quer atrair o empresariado local. Com um olho nas receitas publicitárias e outro nos estádios cheios, pretende apresentar um projeto que credencia a revenda de ingressos para o estadual, ficando a critério do empresário fixar o preço que desejar. Pela proposta de Alan, 10% de todos os ingressos serão destinados a esse projeto. “Zé na verdade é um grande amigo. Ele me dá apoio para tudo”, comentou Alan Oliveira, rejeitando a pecha de guru do presidente guiado pelo marketing. Governo
Dos atores que encenam contra o futebol, na visão de Zé Vanildo, nenhum é tão bom como o poder público, contra quem ele não mede críticas. “Eu nunca recebi uma dedada, uma cutucada de governo. O governo aqui historicamente exclui com o argumento pífio, argumento bufa, com a história de que – faz voz de criancinha – futebol é profissional. É profissional e tem que ser mesmo. Onde o governo coloca a mão para gerir quebra”.
Para ele é vergonhoso que o gestor público não invista na área. “Você já pensou se o governo investisse em futebol? Era um escândalo. A CBF é o maior escândalo do Brasil – reclinei-me na cadeira achando que ele iria falar sobre os desmandos na confederação, mas a linha de pensamento foi outra – porque mexe com a emoção do torcedor. Na hora em que a mão do governo tocasse ali, criava um ministério com num sei quantos cargos. Aí não ia funcionar. Funciona hoje porque funciona como uma coisa privada. Esse argumento de que futebol é feio é de quem tá do outro lado da cadeira”.
Remonta ao governo de José Agripino o último gesto que o Estado teve pelo futebol potiguar, na lembrança de Zé Vanildo. Fiquei inclinado a questionar se a Arena das Dunas não era uma contribuição, mas ele levou a conversa para Pernambuco: “Lá, 75% de quem vai o estádio é pelo Todos com a Nota. Há uma campanha tributária e o torcedor entra de cara nesse projeto que acaba definitivamente com a história de dar dinheiro ao futebol”.
Perguntei por que diabos o governo deveria investir em algo que é essencialmente privado. O presidente da FNF me fitou perplexo, como se eu tivesse, sei lá, acabado de cuspir na imagem de Nossa Senhora. “Da mesma forma que ele investe nos hotéis. Os hotéis são investimento essencialmente privado. Sabe quando o governo investe lá fora? Qual o maior evento do Brasil? Futebol! Do Rio Grande do Norte? Futebol! É o futebol e isso gera emprego e renda. Até pouco tempo ninguém sabia quem era Goianinha, hoje é nome nacional. Até pouco tempo ninguém sabia quem era Ceará-Mirim, e hoje é referenciado no Brasil porque tem um estádio que gera divulgação nacional com o Globo”, esbravejou o dirigente. Agora quem estava perplexo era eu. Levamos o assunto para alguns meses atrás. José Vanildo é visto, vez ou outra, à beira do gramado (Foto: Wellington Rocha)Uma constatação do trade turístico é que a propalada divulgação de Natal com a Copa do Mundo de Futebol não gerou o retorno prometido para o turismo com o material midiático. Diante da afirmação de que Ceará-Mirim foi catapultada do nada para a glória nacional por causa do Globo, confrontei o presidente com o caso concreto de Natal. O que se disse sobre o trade turístico é impublicável.
“Esse argumento de ficar ao lado dos poderosos hoteleiros é muito mais fácil do que ficar ao lado do time pequeno, do time do interior”, diz o presidente da FNF. Em que pese o discurso carregado contra o poder público, ele não nega que gostaria ter a parceria. Certa vez, na esteira do sucesso do projeto Futebol em Tom Maior, ele procurou a Fundação José Augusto para pedir apoio à iniciativa. “E sabe o que me disseram? Que futebol não se enquadra em cultura. Vou começar a dar o c* vê se se enquadra em cultura”. Histórico
Aos 62 anos (para revelar a idade ele me perguntou se eu não era um heterossexual ativo), José Vanildo da Silva fez carreira no direito antes de chegar ao futebol. Advogado e procurador da Câmara Municipal de Natal teve a presidência da FNF gestada no encontro entre futebol e legislação, na década passada.
Então conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil, ele foi indicado pela OAB para ser o representante da instituição no Tribunal de Justiça Desportiva, estrutura criada pela Confederação Brasileira de Futebol à semelhança do Judiciário comum. Uma vez instalado como membro, Zé Vanildo mirou a presidência e a alcançou.
Em 2005, uma intervenção destituiu Nilson Gomes da presidência da FNF, foi quando o jornalista Alexandre Cavalcanti, então deputado estadual, disputou o cargo, com Zé Vanildo como vice-presidente. Dois anos depois, Cavalcanti se afastou da federação por motivos de saúde, e Zé Vanildo reina com orbe, coroa e cetro desde então. Para esta reportagem, não foi localizada uma viva alma que pudesse ser contraponto à Zé Vanildo. É um presidente sem oposição.
“No começo da administração, eu achava que não ia dar certo porque ele era muito… Eu não gostava. Mas agora ele reconhece mais as dificuldades dos clubes do interior. Depois ele viu melhor o que era administrar uma federação e viu os direitos que os clubes tinham. Acho que ele deve ir por aí do jeito que ele tá”, comentou o único potencial insurgente contra Zé Vanildo, Lobão Filho, dirigente do Corithians de Caicó. Recentemente, ele se valeu da ajuda da federação para inscrever o time no campeonato. Dirigente espera por crescimento do futebol do RN (Foto: Alberto Leandro)Pai de cinco filhos e avô de três netos, a figura do presidente é conhecida por ser extrovertido. Dê-lhe um palco, ele faz seu show. À reportagem, deixou baixar o espírito de Tim Maia e fez uma performance fiel do cantor, com direito a trejeitos e tudo mais. Quando cantou o último acordo de “Me dê motivo”, contorceu-se na cadeira e passou a imitar o deputado Agnelo Alves.
Fiquei chocado com a fidelidade da encenação, tivesse fechado os olhos e deixado apenas os ouvidos atentos, poderia jurar que se tratava do pai do prefeito Carlos Eduardo. “Por isso, certa vez, assumi a bancada do programa na Rádio Globo. Agnelo ficou chocado enquanto eu me passava no rádio por ele”, rememorou.
O triunfo de Zé Vanildo na federação, abriu caminhos na cúpula nacional do futebol. O dirigente também se credenciou a um posto na CBF. Atualmente, ele integra a comissão de compras. A única reclamação que faz sobre a Confederação é que acha que deveria ser mais justa a divisão de receitas gerada no campeonato. Se para ele essa é a única objeção à CBF, para o público em geral não. O farto noticiário sobre corrupção na cúpula da cartolagem não passou sem comentários para Vanildo, que preferiu trazer o assunto para a realidade local.
“Eu tenho a convicção de que a média do entendimento do torcedor potiguar favorece a federação daqui. Ele acredita na federação, tanto é que estou estudando pedir uma pesquisa para avaliar isso e vê a questão de como o torcedor enxerga essas questões”, revelou Zé Vanildo. Boca miúda
Recentemente, a CBF passou a pagar R$ 15 mil aos presidentes das federações estaduais mensalmente. Em tempo: são tais presidentes que elegem o dirigente da confederação. Zé Vanildo acha um acinte tratar o tema dessa perspectiva.
“Eu tenho cargo na CBF, não recebo nenhum centavo da federação de futebol. Sou procurador, advogado, tenho escritório e minha vida. Não posso avaliar os outros”, iniciou em tom de protesto. Mas o senhor tem uma opinião sobre essa mesada, insisti. “Meu projeto não é esse. Meu projeto é brigar pelo marketing, pela Chevrolet, buscar patrocínios nacionais. Um dirigente ganha muito bem da CBF. Esse valor atribuído aos presidentes estaduais são ridículos”.
A mesada contestada não foi o único assunto delicado. Em meio a uma entrevista pontuada pelos termos de marketing e mídia, não deixei de dar voz aos questionamentos corriqueiros que repórteres de esportes fazem à boca miúda: O senhor não paga a nenhum jornalista para falar bem da federação? O telefone tocou.
“Alan Kardec [Alan Oliveira]! Estou dando uma entrevista aqui, falando da maior empresa de marketing do Brasil, a… como é seu nome? Dinarte, decididamente heterossexual ativo. Tá aqui me fazendo um bocado de pergunta com emboscada, mas eu tô botando pra f…, do jeito que você me ensinou. Sim… É aquele assunto que eu tive. Esse assunto quem resolve sou eu e você, o dele a gente resolve como queremos. Captou? É, é, é verdade. Dinarte está mandando um abraço” – Não mandei abraço nenhum – “Onde paramos?” Na mesada a jornalistas. Ele negou peremptoriamente, e emendou com uma história.
“Fui dar uma entrevista, fui fazer uma conferência, porra, eu sou foda, sou tampa de furico, na Paraíba. E lá acham interessante meu jeito de administrar. Aí na Paraíba, me disseram assim: ‘presidente, aqui, dizem que a presidente afastada dava dinheiro para jornalistas. E você?’. Respondi que isso é uma pergunta que eu devia mandar você tomar no c…! Mas tomar no c… no futebol é simbolismo. Isso não é agressão”, levando meu heterossexualismo ativo aos risos.
Fonte/Dinarte Assunção
A Caixa Econômica Federal (CEF) sorteou, na noite deste sábado (31), as dezenas do concurso 1.674 da Mega-Sena. O sorteio foi realizado em Rio das Ostras, Rio de Janeiro, e o valor do prêmio era de R$ 7,5 milhões. Nenhum apostador acertou as seis dezenas. A estimativa de prêmio para o próximo concurso é de R$ 30 milhões.
Veja as dezenas sorteadas: 22 – 30 – 42 – 50 – 58 - 59.
A quina teve 49 apostas ganhadoras e o prêmio para cada uma delas é de R$ 47.493,31. A quadra teve 2994 apostas ganhadoras, cada uma delas com direito a R$ 1.110,39.
Fonte/NoMinuto
Goleiro Santos, campeão em 2013
Para esta temporada, o alvirrubro mossoroense aposta na experiência do técnico Wassil Mendes, que acredita que o alvirrubro tem condições de brigar pelo título. O único desfalque para a partida de hoje deve ser o meio-campista Radames.
Goleiro Santos foi campeão estadual com o Potiguar no ano de 2013 – Foto Ednilto Neves
Goleiro Santos foi campeão estadual com o Potiguar no ano de 2013 – Foto Ednilto Neves
Ramon Nobre – Da Redação
Buscando o seu terceiro título estadual, o Potiguar inicia sua caminhada no certame local na noite de hoje, às 18h, quando enfrenta a equipe do América, no estádio Arena das Dunas, em Natal.
Para esta temporada, o alvirrubro mossoroense aposta na experiência do técnico Wassil Mendes, que acredita que o alvirrubro tem condições de brigar pelo título. “Temos uma equipe boa. Mas temos que ver durante a competição, no desenrolar, se a equipe está com condição. Às vezes a gente pensa uma coisa e é outra. É uma equipe que não deve aos adversários. Eu acho que o Globo é a única equipe que saiu na frente por ter um time entrosado, mas o restante está todo mundo do mesmo nível. Vamos tentar fazer um bom jogo no domingo e sair com o resultado positivo que é importante”, analisou o técnico alvirrubro.
Sobre a parte física, o técnico do time príncipe acredita que o grupo está bem. “Fisicamente a equipe está bem. O Alan (preparador físico) fez um trabalho muito bom. A gente ficou sem o Nogueirão e isso aí dificultou, mas mesmo assim fizemos dois jogos-treino e dois amistosos e acredito que a equipe está bem”, disse.
O único desfalque para a partida de hoje deve ser o meio-campista Radames, que não teve o seu nome publicado no Boletim Informativo Diário (BID), da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a tempo. Com isso, Wassil deve mandar a campo a equipe que terminou o coletivo da sexta-feira passada: Santos; Rafinha, Erivaldo, Alexandre e Alexandre Gonçalves; Lima, Ricardo Baiano, Pedro Ivo e Jean Allison; Cleiton e Dudu.
Jogadores acreditam em bom jogo no Arena das Dunas
Apesar da dificuldade de enfrentar o América logo na estreia do Campeonato Estadual, o meio-campista do alvirrubro, Jean Alisson acredita em um bom jogo contra o time natalense. “A gente sabe que a responsabilidade é sempre do América ou do ABC, mas a nossa equipe também é experiente, com jogadores acostumados a jogar contra time grande, disputar títulos, e o pensamento da gente é ir lá e fazer um bom jogo”, falou.
Outro destaque da pré-temporada do Potiguar, o zagueiro Alexandre Henrique afirmou que o alvirrubro irá respeitar o América, mas que terá que impor o ritmo na partida.
“A gente vem trabalhando há um tempo já à parte física. Acredito que já estamos em condições plenas de atuar, e atuar bem. Agora vamos procurar focar diante do América para conseguir um bom resultado, logicamente respeitando, mas impondo sempre o ritmo”, disse.
Já o goleiro Santos garantiu ao torcedor alvirrubro muita determinação. “Estou mais experiente. Espero poder dar o meu melhor para ajudar o Potiguar nesse campeonato estadual de 2015. Estou trabalhando bem. O torcedor pode esperar muita garra e determinação de todos os jogadores. Temos que honrar sempre essa camisa”, frisou.
Thiago Potiguar fica fora da estreia do América-RN
O meia Thiago Potiguar não poderá atuar na estreia do América-RN na temporada 2015. O nome do jogador não foi publicado na edição de sexta-feira passada do BID, o que seria necessário para ele poder atuar na partida contra o Potiguar de Mossoró, hoje. Os volantes Maguinho e Marcus Vinícius, e o lateral Magalhães também não foram regularizados e ficam fora das estreia do Alvirrubro.
Thiago Potiguar foi destaque em praticamente todos os amistosos e jogos-treino que o Mecão disputou durante a pré-temporada. Ele já havia falado na briga por uma vaga no time titular do Mecão.
Fonte/RamonNobre
Sem poder atuar no Estádio Nogueirão, por estar cumprindo uma punição, o Tricolor terá que mandar a partida no Estádio Walter Bichão, no município de Macau.
Paulo Moroni preferiu não dar brechas ao adversário sobre escalação que irá mandar a campo – Foto Alcivan Costa
O Baraúnas inicia, na tarde de hoje, às 17h, a sua caminhada em busca do seu segundo título estadual. Sem poder atuar no Estádio Nogueirão, por estar cumprindo uma punição após uma confusão envolvendo jogadores no clássico Potiba do ano passado, o Tricolor terá que mandar a partida no Estádio Walter Bichão, no município de Macau.
Além de atuar distante do seu torcedor, o Tricolor mossoroense terá como adversário logo na primeira rodada uma verdadeira pedra na ‘chuteira’. O Globo vem treinando a mais tempo do que os adversários e no ano passado, em quatro jogos que disputou contra o Baraúnas, não perdeu nenhum. Foram dois empates e duas vitórias para a equipe de Ceará-Mirim, que na decisão da Copa F.N.F, ficou com o título sobre o Baraúnas, em pleno Estádio Nogueirão.
Para a partida de logo mais, o técnico do Baraúnas, Paulo Moroni, prefere não dar pistas sobre a escalação que irá mandar a campo. “Dentro daquilo que foi treinado, a gente já tem uma visão geral, logicamente que temos uma equipe na cabeça, mas não é uma apenas, são duas ou três, porque depende do jogador se escalar e é o que estou esperando. No futebol não existe titularidade absoluta”, disse o técnico Tricolor.
Apesar de não revelar o time, Moroni deve mandar a campo a base utilizada nos treinamentos: Érico; Everaldo, Emerson, Nildo e Daivid; Lano, Odair e Adham; Fabinho Cambalhota, Tavares e Adriano (Binha). Responsabilidade
O técnico Paulo Moroni cobrou à diretoria do Baraúnas desde a sua chegada ao clube a contratação de um meio-campista. O pedido só foi atendido nesta semana, quando a diretoria do Tricolor anunciou a chegada de Dunga, vindo do futebol pernambucano.
Sem poder atuar por não estar ainda inscrito na competição, a responsabilidade no meio de campo recai sobre Adham, que vem no elenco Tricolor desde a Série D do ano passado. O jogador garante estar 100% focado para ajudar o Baraúnas.
“Estou 100% focado. Venho trabalhando forte nos treinos físicos, nos próprios jogos treinos me dedicando para tentar chegar ao meu máximo, mas a gente sabe que isso só vai acontecer no decorrer do campeonato. Estou bem focado para que a gente possa fazer um bom campeonato, ser campeão e eu vou buscar ser um dos melhores meias do campeonato”, disse.
Fonte/RamonNobre
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