sexta-feira, 4 de maio de 2012

Lutador tem lesões cerebrais antes de manifestar sintomas

 Um novo estudo norte-americano envolvendo atletas profissionais de lutas indica que essas pessoas sofrem lesões cerebrais muito antes de os sintomas se manifestarem.
Em exames de ressonância magnética, as mudanças físicas detectadas foram a redução no tamanho do hipocampo e do tálamo dos cérebros dos lutadores com mais de seis anos de atuação nos ringues. Essas partes do cérebro lidam com funções como a memória e o estado de alerta.

O Estudo de Saúde Cerebral dos Lutadores Profissionais, que vem sendo realizado há um ano pela equipe do neurologista Charles Bernick, nos Estados Unidos, pesquisou 109 atletas. O trabalho aponta também que pequenas e repetidas concussões - traumatismo na cabeça - podem ser tão ou mais perigosas que os chamados nocautes.

Enquanto aqueles que haviam lutado por mais de seis anos ainda não apresentavam diminuição nas funções cognitivas, os lutadores com mais de 12 anos de carreira apresentavam problemas. Assim, a equipe de Bernick concluiu que o intervalo entre a possibilidade de detectar as lesões e os sintomas físicos provavelmente ocorre nesse intervalo de seis anos.

útil. Para neurologistas, é interessante identificar pela ressonância magnética um distúrbio cerebral degenerativo antes de o paciente relatar problemas cognitivos. A possibilidade pode ser útil para um grande leque de atletas e soldados em combate, por exemplo, até outras pessoas que tenham sido expostas a batidas repetidas na cabeça.

"É de conhecimento geral que batidas repetidas na cabeça não fazem bem para a pessoa. Mas ninguém sabe como sofrer as pancadas evolui para o desenvolvimento a longo prazo de doenças degenerativas. Agora, temos algum senso de continuidade", afirma Bernick.

Fonte/PrensaEscrita

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