Um novo estudo norte-americano envolvendo atletas
profissionais de lutas indica que essas pessoas sofrem lesões cerebrais
muito antes de os sintomas se manifestarem.
Em exames de ressonância
magnética, as mudanças físicas detectadas foram a redução no tamanho do
hipocampo e do tálamo dos cérebros dos lutadores com mais de seis anos
de atuação nos ringues. Essas partes do cérebro lidam com funções como a
memória e o estado de alerta.
O Estudo de Saúde Cerebral dos
Lutadores Profissionais, que vem sendo realizado há um ano pela equipe
do neurologista Charles Bernick, nos Estados Unidos, pesquisou 109
atletas. O trabalho aponta também que pequenas e repetidas concussões -
traumatismo na cabeça - podem ser tão ou mais perigosas que os chamados
nocautes.
Enquanto aqueles que haviam lutado por mais de seis
anos ainda não apresentavam diminuição nas funções cognitivas, os
lutadores com mais de 12 anos de carreira apresentavam problemas. Assim,
a equipe de Bernick concluiu que o intervalo entre a possibilidade de
detectar as lesões e os sintomas físicos provavelmente ocorre nesse
intervalo de seis anos.
útil. Para
neurologistas, é interessante identificar pela ressonância magnética um
distúrbio cerebral degenerativo antes de o paciente relatar problemas
cognitivos. A possibilidade pode ser útil para um grande leque de
atletas e soldados em combate, por exemplo, até outras pessoas que
tenham sido expostas a batidas repetidas na cabeça.
"É de
conhecimento geral que batidas repetidas na cabeça não fazem bem para a
pessoa. Mas ninguém sabe como sofrer as pancadas evolui para o
desenvolvimento a longo prazo de doenças degenerativas. Agora, temos
algum senso de continuidade", afirma Bernick.
Fonte/PrensaEscrita
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