quarta-feira, 1 de agosto de 2012

ABC em julgamento pesado hoje à noite no STJD

O ABC entra em campo nesta terça-feira, dia 31 de julho, diante do Goiás, pela 14ª rodada da Série B. Já na quarta, dia 1° de agosto, quem entra em campo é o jurídico do clube, para se defender de denúncias no STJD. Em pauta está o volante Guto, o preparador de goleiros Wlamyr, além do próprio clube, que responderá pelo arremesso de uma lata de refrigerante em campo. A sessão de julgamentos começa às 18h, na Terceira Comissão Disciplinar.
A partida entre ABC e Vitória, realizada no ultimo dia 7, foi bem agitada. Segundo relato do árbitro Wagner Reway, Guto, do time de Natal, foi expulso aos 43 minutos do segundo tempo. Consta na súmula que o atleta calçou o adversário em uma jogada de contra-ataque. Ainda segundo o árbitro, antes de deixar o gramado, Guto foi até ele e disse: “Você é um covarde”.
Não satisfeito, ao término da partida, o jogador entrou em campo e foi na direção do árbitro para questionar a expulsão, o que rendeu denúncia com base nos artigos 250 (ato desleal) e 243-F (ofender alguém em sua honra), ambos do CBJD. Pelo primeiro ato, o meia pode receber suspensão de até três jogos. Já no segundo, a punição é mais severa e Guto pode receber multa de até R$ 100 mil, além de suspensão de um a seis jogos.
Gandula, preparador de goleiros e clube também em pauta
O gandula Fábio Romero Damião também está em pauta. Wagner relatou que “o mesmo jogou a bola nas costas do jogador adversário… percebi que o ato foi intencional e podendo causar possíveis problemas e o expulsei”. Fábio responde por “conduta contrária à disciplina”, descrita no artigo 258 do CBJD, e pode receber gancho de 15 a 180 dias.
Já o preparador de goleiros do ABC, Wlamyr Ney Machado, foi até a equipe de arbitragem ao final da partida dizendo: “vocês são safados”, e em seguida se dirigiu ao quarto árbitro: “você é aquele safado que fica lá fora”. Ainda na súmula consta que o preparador de goleiros fez gestos na tentativa de incitar a torcida a protestar contra a arbitragem.
O preparador de goleiros responderá a três artigos: 213-II (invadir o campo) e 243-F (ofender a honra) e 243-D (incitar publicamente a violência). Pela invasão, o preparador pode ter que desembolsar até R$ 100 mil. Já pelos demais, a punição é de multa de até R$ 100 mil, além de suspensão por até 720 dias pela segunda infração, e mais seis jogos pela ofensa.
O clube também não se livrou de denúncia. O árbitro relatou o arremesso de uma lata de refrigerante no gramado, o que gerou denúncia por infração ao artigo 213-III do CBJD, por “deixar de prevenir o lançamento de objetos em campo”.
Além disso, de acordo com o Regulamento Geral da Competição, só podem permanecer no banco de reservas o técnico, preparador físico, massagista e o médico da equipe, porém, o preparador de goleiros estava no banco. Por isso, o clube foi enquadrado também no artigo 191 III (deixar de cumprir o regulamento da competição) do CBJD. A punição para ambas as denúncias é de multa de R$ 100 a R$ 100 mil.
Fonte/ Justiça Desportiva

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